sexta-feira, 30 de julho de 2021

Informe MS



Ministério da Saúde lança campanha para incentivar o aleitamento materno no Brasil

Data de publicação: 29/07/2021


O intuito é estimular a amamentação até os 2 anos ou mais da criança e, de forma exclusiva, nos primeiros seis meses do bebê


Crédito: Myke Sena

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos. Para informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar, o Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira (29) a campanha "Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”.

O objetivo da iniciativa é informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de Covid-19. A publicidade será veiculada em sites, redes sociais e páginas da internet no período de 30 de julho a 15 de agosto.

Na abertura do evento, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, enfatizou o papel do Ministério no incentivo ao aleitamento materno. "Cabe a gente, como Governo Federal, fortalecer cada vez mais essa iniciativa para que todas as mães possam amamentar. Amamentar é preciso. Só assim teremos uma geração mais forte e resistente", disse Câmara.

A representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross, informou que nas regiões das Américas, menos da metade das crianças mamam na primeira hora de vida. De acordo com ela, isso faz diferença na continuidade da amamentação porque desenvolve o movimento mais correto de sucção e ajuda a criar um vínculo entre a mãe e o bebê. "Também temos que nos perguntar por que só quatro em 10 crianças no mundo tem aleitamento materno só nos primeiros seis meses. Precisamos criar políticas públicas que orientem e incentivem a amamentação para aumentarmos nossos índices”, afirmou.

Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil. Atualmente, a Pasta repassa R$ 18,2 milhões para os Hospitais Amigos da Criança por ano, que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. Hoje, o país tem 301 Hospitais Amigos da Criança em todos os estados e Distrito Federal.

O Brasil também conta com 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Com essa ampla rede, em 2020, cerca de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno e até junho de 2021, 92 mil doadoras já arrecadaram 111,4 mil litros.

Em 2020, a Pasta investiu R$ 16,9 milhões, em caráter excepcional, na proteção e apoio ao aleitamento materno e na alimentação complementar adequada para crianças menores de dois anos na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), da Atenção Primária à Saúde.

Números revelam que os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9% para 45,7% quando se compara o período de 1986 até 2020. Também é possível observar grande evolução da prevalência de aleitamento materno continuado no primeiro ano de vida, passou de 30%, em 1986, para 53,1%, em 2020.

Por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A prática protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.

Fizeram parte da mesa principal da cerimônia a coordenadora geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Janini Selva Ginani; o secretário de Estado de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo; o diretor do Conasems, Geraldo Reple; o representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luciano Santiago; e o secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto.

Informações da Ascom / MS


Informe MS

 



Saps finaliza rodada de encontros com especialistas para enfrentamento da mortalidade materna frente à pandemia

Data de publicação: 28/07/2021


Mais de 8 mil profissionais de saúde participaram das discussões de casos clínicos. Gestão da APS reforça importância de uma rede conectada de boas práticas na atenção obstétrica no País


Ao longo de quatro meses, de março a julho deste ano, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS) realizou, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 159 encontros diários e regionalizados com médicos e enfermeiros. O objetivo foi apoiar a tomada de decisão dos profissionais de saúde na assistência às gestantes e puérperas acometidas pela covid-19 e demais intercorrências obstétricas ameaçadoras à vida materna.

Mais de 8 mil profissionais de saúde puderam experimentar um ambiente de diálogo e aprendizado com gestores e especialistas na busca de soluções e alternativas para a redução da mortalidade materna no contexto da pandemia, abordando casos clínicos na Atenção Primária e na hospitalar. “Aprendemos nessa troca entre universidades, especialistas, gestores e profissionais de saúde a importância da constituição de uma rede conectada de boas práticas na atenção obstétrica, para compreender as peculiaridades do Sistema Único de Saúde (SUS) de dimensão continental, frente ao desafio de enfrentarmos a mortalidade de gestantes e puérperas no País”, destacou o Dr. Antônio Braga Neto, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes/Saps/MS).

Para o médico, o combate à mortalidade materna e suas causas proximais - hemorragia, hipertensão e infecção - para além daquelas determinadas pela covid-19, constitui uma das principais metas da atual gestão. “Conseguimos discutir centenas de casos de gestantes acometidas por covid-19, muitas internadas em unidades de terapia intensiva, cuja discussão com painel de especialistas permitiu ajuste de condutas”, pontuou.

Como resultado desse trabalho, será atualizado o Manual de Recomendações para a Assistência à Gestante e Puérpera frente à Pandemia de Covid-19, durante a próxima reunião da Câmara Técnica de Mortalidade Materna, publicada por meio de portaria, prevista para agosto.

Balanço

Em todo o período de quatro meses, apenas um dia não houve encontros, devido à cerimônia realizada na Unifesp com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os encontros contaram com a participação de professores que fazem parte do GT do Ministério da Saúde para a elaboração do manual, além de duas colegas da Universidade de São Paulo (USP). Confira como foi a capacitação em números:

  • 16 professores

  • 159 encontros diários

  • Média de participantes em cada sessão: 53 pessoas

  • Média geral do público presente: 8.480 pessoas

  • Maior parte do público composta por médicos e enfermeiros

  • Encontros diários de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h, com duração de aproximadamente 1 hora

  • 155 vídeos postados no canal do YouTube (todas as gravações das sessões tira-dúvidas estão disponíveis aqui)

  • Total de visualizações dos vídeos: 5.177

  • Total de pessoas inscritas no canal: 797

Casos clínicos

Para a Dra. Rosiane Mattar, professora titular de obstetrícia da Unifesp e coordenadora do grupo de trabalho responsável pela elaboração do manual, foi muito enriquecedor aprender sobre a realidade de diferentes locais do Brasil. “Mesmo discutindo casos que já aconteceram, foi muito interessante conhecê-los, porque estamos mais preparados para tomar decisões em futuros casos”, defendeu.

Um dos médicos responsáveis por apresentar um caso clínico foi o residente de ginecologia e obstetrícia Dr. Matheus Borges, que trabalha no Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, Alagoas. No dia 16 de julho, ele trouxe a história de uma paciente “que lutou pela vida e muito nos ensinou”: trata-se de uma gestante de 25 anos, obesa, IG 28 semanas, admitida com diagnóstico confirmado de covid-19 por teste rápido e sintomas gripais. No exame físico obstétrico, não apresentava alterações, ausência de dinâmica uterina, BCG 142bpm, tônus uterino normal. Evoluiu com piora clínica e necessidade de suporte de O2 crescente sob Máscara de Hudson, sendo optado por interrupção da gestação e IOT. “Infelizmente o RN veio a óbito após 48h de vida. A puérpera, em contrapartida, teve boa evolução clínica, tolerou extubação e recebeu alta após 18 dias de internamento na unidade”, contou.

Para ele, a pandemia desolou muitas famílias, mas ao menos trouxe para a saúde um aprendizado que será útil no futuro. E as apresentações dos casos foram importantíssimas para definir o melhor manejo, orientações quanto aos fluxos de atendimento, abordagem inicial - desde a manifestação dos primeiros sintomas até a internação da mulher - além de esclarecimentos sobre a melhor conduta e o momento para a realização do parto e cuidados e a essas pacientes de acordo o quadro clínico. “A troca de experiências com diversos profissionais da área foi de extrema importância. Agradeço pela oportunidade e gostaria de dizer que estarei presente nos próximos eventos do Ministério”, comentou.

Em todos os encontros, o manual foi insistentemente divulgado. “Nós divulgamos o link para download e mostramos páginas do material que eram importantes para a assistência”, contou a Dra. Rosiane Mattar, que também recomendou aos participantes que assistissem as vídeoaulas disponíveis no canal da Saps no Youtube, principalmente o vídeo da técnica de pronação para gestantes. “Além disso, nós falamos muito das vacinas para a covid-19, incentivando os colegas a realizarem a vacinação das gestantes”, afirmou.

A série de encontros

Nomeada Encontro de Especialistas: Discussão de Casos Clínicos de Gestantes e Puérperas com Covid-19, a iniciativa foi possível a partir de uma parceria com a Universidade de São Paulo (Unifesp) para a realização de encontros virtuais, regionais e gratuitos. Para a identificação e seleção dos casos, o MS contou com o apoio das coordenações estaduais de saúde da mulher para a articulação com os hospitais e maternidades, juntamente com todos os técnicos da Coordenação da Saúde da Mulher (Cosmu/Dapes/Saps). 

As propostas discutidas no encontro seguiram estes critérios: apresentação do caso; antecedentes e fatores de risco; dados do pré-natal; dados do parto; dados de anestesia; dados do RN; dados do puerpério; dados do óbito; dados da atenção hospitalar; e relato da família.

Além de levar casos clínicos de sua prática e explorar particularidades, os profissionais envolvidos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas como os especialistas (como verificar se os exames solicitados estavam adequados e realizar a avaliação de vitalidade fetal).

Para baixar o manual, clique aqui.



quarta-feira, 28 de julho de 2021

Notícias

A Gerência de Vigilância das Arboviroses da SEVS/SES-PE divulga o boletim epidemiológico das arboviroses referente às SE 27 e 28 de 2021.

Boletim SE 27

Boletim SE 28

Notícias

 Divulgamos o Boletim Epidemiológico Multitemático Nº 27 / 2021, que apresenta os seguintes temas:

  • Mortalidade de pessoas com albinismo: análise dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, Brasil, 2010 a 2020
  • Vigilância epidemiológica do sarampo no Brasil – semanas epidemiológicas 1 a 26 de 2021.

Notícias

    A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga a publicação dos Fluxogramas para Manejo Clínico das Infecções Sexualmente Transmissíveis. 


    Os Fluxogramas para Manejo Clínico das IST são produto de um trabalho conjunto entre diversas áreas técnicas do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/SVS/MS), no intuito de oferecer informações atualizadas segundo evidências científicas no âmbito das IST. O conteúdo do material abrange cuidado, prevenção, diagnóstico, tratamento e vigilância das IST, HIV/aids e hepatites virais. Os assuntos são apresentados em forma de quadros e fluxogramas de fácil acesso e consulta, a fim de organizar e sintetizar os principais temas no auxílio a gestores e profissionais de saúde que atuam no cuidado de pessoas com vida sexual ativa sob risco de infecção por IST, além do manejo clínico das pessoas com diagnóstico de sífilis e outras IST, HIV/aids e hepatites virais. O documento já se encontra publicado e disponível no site do departamento: http://www.aids.gov.br/

    Os serviços aos quais o documento se destina, abrangem toda a Rede de Assistência com foco em atendimento ambulatorial, como Unidades de Atenção Básica e Centros de Testagem e Aconselhamento. No entanto, o material pode ser utilizado em diversos serviços da rede de atenção primária/Atenção Básica e serviços especializados e Centros de Testagem e Aconselhamento, conforme
avaliação de coordenações municipais e estaduais de vigilância em IST, HIV/aids e hepatites virais.

    Mais informações que se tornarem necessárias façam contato pelo e-mail diretoriadcci@aids.gov.br e pelos telefones (61) 3315-7738/7739.





sexta-feira, 23 de julho de 2021

Informe MS




MS quer promover ações de equidade em saúde em parceria com universidades

Data de publicação: 23/07/2021


Chamamento da pasta pretende selecionar soluções tecnocientíficas, com foco em Atributos da Atenção Primária à Saúde


O Ministério da Saúde (MS) abriu, nesta quinta-feira (22), edital que irá selecionar, até o dia 06/08, projetos propostos por instituições de ensino superior para fortalecer ações de Equidade em Saúde no país. As propostas de capacitação, de pesquisas e de estudos que abordem soluções tecnicocientíficas, por meio de análises, inquéritos e cursos devem também promover os Atributos da Atenção Primária.

Elaborado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS/MS), por meio do Departamento de Saúde da Família (Desf/Saps/MS), o edital quer identificar iniciativas que beneficiem públicos específicos e em vulnerabilidade social nos territórios, como populações ribeirinhas e pessoas em situação de rua. A ação será realizada mediante Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado com o MS. 

As propostas devem ser aplicáveis em ações de Promoção da Equidade e devem seguir oito (8) projetos temáticos orientadores que contribuam para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS). São eles: 
 
Projeto 01 - Atenção Integral à Saúde da População Quilombolas;
Projeto 02 - Atenção Integral à Saúde da População Cigana;
Projeto 03 - Atenção Integral à Saúde da População Negra;
Projeto 04 - Atenção Integral à Saúde da População Ribeirinha;
Projeto 05 - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei (PNAISARI);
Projeto 06 - Atenção Integral à Saúde da População Albina;
Projeto 07 - Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Serviços de Atenção Primária à Saúde;
Projeto 08 - Curso para o Fortalecimento dos Atributos da APS.
 
Além da definição de metas, para cada um dos temas devem ser atribuídos resultados esperados e definidos públicos específicos, entre outros marcadores. Instituições federais brasileiras de ensino superior devem estar atentas aos dispositivos legais para estabelecimento de parceria formal com o MS, tais como os previstos no Decreto nº 10.426, de 16 de julho de 2020, e nas leis n. º 8666/1993nº 14.133/2021 e suas alterações. 

Acesse a íntegra do edital aqui.
 
Estão aptos para atenderem ao chamamento: a) instituições pública federal de ensino superior e pesquisa; b) instituições pública federal de estudos, pesquisas e desenvolvimento; c) empresas públicas integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e que executem atividades de pesquisa em ciência, tecnologia ou inovação. 

Uma única instituição pode submeter proposta para dois ou mais projetos temáticos. 

Processo transparente

A iniciativa do edital torna mais transparente o processo de busca por iniciativas acadêmicas que contribuam para a elaboração de políticas no setor, além de ampliar a participação de estabelecimentos de ensino federal do Brasil e possibilitar mais igualdade à seleção.

Com relação aos critérios para Pontuação e Julgamento das Propostas de Projetos serão avaliados Plano de Trabalho e Metodologia (Máximo de 40 pontos) e Experiência da Equipe Técnica (Máximo de 60 pontos). Saiba os detalhes acessando a íntegra do edital.

De acordo com o cronograma do chamamento as  etapas de análise, seleção e julgamento das propostas devem ser concluídas até 13/08/2021

O termo de Referência (TR) que disciplinará o desenvolvimento de ações de cada projeto selecionado está fundamentado na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Além de elaborar metodologia, o TR tem o propósito de executar prestação de serviços técnicos nos campos da pesquisa, estudo e capacitação com os temas da política.

As dúvidas sobre o edital deverão ser enviadas para o endereço eletrônico: coge@saude.gov.br ou pelo telefone (61) 3315-8851.

As propostas de projetos devem ser enviadas em formato impresso (em papel), na modalidade de Carta Registrada, via companhia de correio para o seguinte endereço: 

Secretaria de Atenção Primária à Saúde- SAPS

Departamento de Saúde da Família - DESF/SAPS
A/C: Renata Maria de Oliveira Costa – Diretora do DESF
Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º andar, Ed. Sede Ministério da Saúde - CEP: 70.058-900

 


Informe MS



 

Qual o papel do agente comunitário de saúde na pandemia?

Data de publicação: 22/07/2021


Profissional é o elo entre o cidadão e a UBS. Conheça detalhes desse trabalho na entrevista com o ACS paranaibense Altivani Leite de Souza


Crédito: Arquivo pessoal.

portaria nº 44, publicada na última quarta-feira (21) no Diário Oficial da União, credenciou 13.415 novos agentes comunitários de saúde (ACS) no Brasil. A medida, que abrange 929 municípios e atende uma demanda de gestores, terá um impacto orçamentário de R$ 124 milhões em 2021 e de R$ 270 milhões em 2022. Isso demonstra o reconhecimento do Ministério da Saúde a esses profissionais, tão importantes para o bom funcionamento da Atenção Primária (APS) no Brasil.

Durante a coletiva de anúncio da portaria, o secretário da APS, Raphael Câmara, destacou a atuação dos agentes, e comentou que eles “têm um papel fundamental” para a saúde. Eles compõem as equipes das unidades básicas de saúde (UBS), que seguem, hoje, um modelo de atenção fundamentado na assistência multiprofissional em saúde da família. Nesse contexto, é o ACS o responsável por fazer visitas domiciliares e buscar agravos na área onde trabalha, reportando à UBS de referência.

Na prática, o trabalho do ACS vai muito além do “resumo” acima, sendo que o alcance de suas funções depende, também, dos gestores. E com a pandemia, a importância do profissional para a sociedade ficou muito mais evidente. Quem explica melhor tudo isso é Altivani Leite de Souza, que trabalha como agente comunitário de saúde no município sul-matogrossense de Paranaíba há 21 anos e topou compartilhar com a Saps suas experiências e reflexões. Confira a entrevista abaixo:

O que faz um agente comunitário de saúde? 

O ACS trabalha com informações na área. Por exemplo: orienta mulheres sobre o parto, explicando que o parto normal é mais seguro; estimula o pré-natal e o teste rápido, para evitar a sífilis congênita, além do teste do pezinho; faz palestras nas escolas, ensina sobre a importância do uso de preservativos, de como cuidar da casa para não proliferar o mosquito da dengue e reduzir os casos de leishmaniose, etc. Nosso trabalho engloba, também, a busca ativa de pacientes e o apoio a comunidades vulneráveis e discriminadas, como prevê a Lei nº 13.595

Qual a importância desse profissional para a APS?

É necessário enxergar todas as dimensões da Atenção Primária, que vão além da parte ambulatorial, inclusive para dialogar com as políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). O agente comunitário trabalha com dois alicerces práticos, que são a promoção e a prevenção da saúde, o que não era o foco antes da Constituição de 1988. A mudança no conceito de saúde após a criação do SUS pretende, como a gente diz, o completo bem-estar físico, social e mental, sendo o ACS extremamente necessário para essa construção.

Quais são os principais desafios enfrentados pelos ACS no dia a dia?

O agente comunitário de saúde é visto por boa parte da população e até mesmo por alguns gestores como um “faz tudo” dentro da unidade de saúde: o entregador de receitas, encaminhamentos e medicamentos, o substituto da portaria e aquele que pode atender o telefone. Porém, essa visão é limitada. É claro que se o paciente não tem condições de ir até o posto, a gente leva o que ele precisar em casa, mas não é só isso. O agente que é colocado para cumprir apenas esse tipo de função, sendo que parte delas nem competem a ele, não está utilizando todo o seu conhecimento e não está sendo bem aproveitado pela unidade. Além disso, para que o profissional seja valorizado, também é necessário tomar cuidado com o excesso de carga de trabalho. O ACS não é descartável.

No contexto da pandemia, qual é o papel do ACS?

Nós fazemos a busca ativa das pessoas para a vacinação, combatendo, inclusive, notícias falsas, que desestimulam e criam medo das vacinas, principalmente na população mais carente de informação. Então, cuidamos desse fluxo, organizando as chamadas de pacientes para vacinar, já que temos acesso aos telefones das pessoas da área e aos horários em que elas são encontradas, para chamá-las nos momentos adequados. Nenhum outro profissional tem todas essas informações à mão. No pós-covid, o ACS também é fundamental para identificar pessoas e sequelas, principalmente as que não conseguem se locomover até a unidade, e dependem do nosso trabalho. Além das consequências próprias da doença, também identificamos famílias em condição de vulnerabilidade social e casos de fome. Para que tudo isso se concretize com qualidade, as gestões precisam fazer um bom aproveitamento do ACS, deixando-o o máximo de tempo possível em campo e compreendendo a importância do profissional na detecção de dados relevantes para a saúde do município, como os impactos reais da doença nas localidades - porque cada município tem uma realidade e consequências diversas. Naqueles que já tinham certa dificuldade com relação a emprego e renda, por exemplo, a covid-19 provavelmente afetou mais a população. Com relação aos que morreram pela doença, é importante ter uma perspectiva de quem são essas pessoas, onde estão essas famílias e como estão lidando com isso. Com um bom direcionamento do ACS, é possível trazer esses dados para as unidades de saúde e, assim, estruturar a APS de acordo com essas informações.

Como o trabalho do ACS pode ser ainda melhor e beneficiar mais os brasileiros?

Primeiramente, investindo cada vez mais na Atenção Primária, que é a porta de entrada do cidadão no SUS, e deve ser tratada por toda a sociedade com a devida importância. Depois, incentivando gestões participativas, que entendam o potencial e o papel do agente comunitário nos territórios e tenham uma visão para além das atividades ambulatoriais. E como a covid-19 ainda é uma realidade, ressalto a importância do cuidado contínuo com a segurança sanitária dos ACS, pois antes de estar nos hospitais e nas unidades de saúde, o vírus circula nos bairros e comunidades, onde nós estamos.


Informe MS




Ministério da Saúde libera mais de R$ 688 milhões para ampliação de serviços na atenção primária

Data de publicação: 22/07/2021


Todas as 2.003 solicitações para o credenciamento de equipes custeadas pelo Ministério da Saúde foram atendidas


Para atender ao pleito de mais de 2 mil municípios que pediram o reforço para o custeio de suas equipes de saúde, de agentes comunitários e de Unidades de Saúde da Família (USF), o Ministério da Saúde publicou três portarias liberando recursos para essa finalidade. Somados, o financiamento desses serviços pode chegar a R$ 688 milhões em 2021.

Para aprimorar e ampliar a cobertura de equipes de saúde bucal, saúde da família, atenção primária e agentes comunitários, o ministério credenciou mais de 7,6 mil equipes e 13 mil agentes comunitários de saúde. Para o ano que vem, a previsão é que mais R$ 1,59 bilhão sejam destinados para as ações.

Foto: Walterson Rosa/MS

"A assistência adequada começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com as equipes de Saúde da Família e absolutamente todos os integrantes dessas equipes exercem ações estratégicas, desde o agente comunitário de saúde até o médico da saúde da família.

Portanto, o governo tem envidado esforços para alocar cada vez mais recursos e dar condições para que os municípios possam levar políticas públicas de qualidade, capaz de atender os brasileiros", disse o ministro Marcelo Queiroga.

Para que o investimento se converta em benefícios para o cidadão é importante que as prefeituras façam a adesão aos programas. Após o credenciamento pelo ministério, o município tem seis meses para implantar o serviço e receber o custeio dos repasses federais. Apenas neste ano, foram liberados mais de R$ 280 milhões em incentivos financeiros.

“As solicitações dos municípios foram integralmente atendidas pelo Ministério da Saúde. Todos os pedidos foram deferidos e isso é muito importante para o trabalho conjunto entre União, estados e municípios", disse o secretário de Atenção Primária à Saúde no ministério, Raphael Câmara.

Até o momento, no contexto da pandemia de Covid-19, o Governo Federal já disponibilizou aproximadamente R$ 7 bilhões em crédito extraordinário para a atenção primária. A previsão é que os investimentos cheguem a R$ 10 bilhões até o fim do ano.

Dentre os recursos já liberados, foram destinados R$ 105 milhões para equipes de atenção primária prisional; R$ 526 mil para Unidades Odontológicas Móveis; R$ 6 milhões para equipes de Consultório na Rua; R$ 4 milhões para equipes de saúde da família ribeirinha; R$ 9 milhões para Unidade Básica de Saúde Fluvial; e mais d R$ 156 milhões para o Programa Informatiza APS.

 


Portarias

Divulgamos as seguintes portarias:

Portaria Nº 1608

Descredencia equipes de Saúde Bucal - eSB com ausência de registro no Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde - SCNES.

Portaria Nº 44

Credencia municípios e Distrito Federal a fazerem jus à transferência dos incentivos financeiros federais de custeio referentes aos Agentes Comunitários de Saúde.

Portaria Nº 45

Credencia Municípios e Distrito Federal a fazerem jus a transferência dos incentivos financeiros federais de custeio referentes às equipes de Saúde da Família - eSF e equipes de Atenção Primária - eAP.

Portaria Nº 46

Credencia Municípios a receberem incentivos financeiros de custeio referentes às equipes de Saúde Bucal - eSB.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

Notícias

Não percam!! Hoje!!


Prezados,


Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços (CGDEP) tem o prazer de convidar para a 10ª sessão do Ciclo de Estudos da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) de 2021 que terá como tema central “Estratégias de Enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis e a Agenda 2030”.

O evento ocorrerá na quarta- feira, dia 21/07/2021, das 15h00 às 17h00, em formato virtual.


Ciclo de Estudos “Estratégias de Enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis e a Agenda 2030”

Data: 21/07/2021
Horário: 15 às 17h


Sessão em tempo real por meio do link:
 http://mediacenter.aids.gov.br

O cartaz de divulgação está disponível para download no botão abaixo, contamos com seu apoio para ampla divulgação.

BAIXE AQUI O CARTAZ PARA DIVULGAÇÃO 



Perguntas em tempo real via WhatsApp: (61) 99854-0553
(somente mensagem de texto sempre identificando o nome e a instituição)
E-mail para dúvidas e perguntas em tempo real: ciclodeestudos.svs@saude.gov.br


Iniciativa:
Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços - CGDEP
Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde - DAEVS
Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS
Ministério da Saúde - MS
(61)3315-3893/3714


Notícias

É hoje!! Não Percam!!

Webpalestra: Política Estadual da Saúde da Mulher com ênfase na Mulher Negra

Data: 21-07-2021 

Horário: 14h

Link de transmissão: Telessaude/SESPE 

Para melhor visualização clique na imagem.


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Notícias

Webpalestra: Saúde do homem e o acesso à Atenção Primária à Saúde
.
Data: 20-07-2021
.
Horário: 14h00min 
.
Link de transmissão: Telessaude SESPE 

Para melhor visualização clique na imagem.


Notícias

Agenda Semanal das Webpalestras ao Vivo para Profissionais e Estudantes da Área de Saúde
.
Programe-se para assistir no dia e hora marcadas 
.
Ambiente Virtual de Aprendizagem - NET SES/PE

Para melhor visualização clique na imagem.


Notícias

 Logo 

BOLETIM ESPECIAL JULHO - 2021

 
  Placeholder 
 

#APSForte no SUS – Experiências do SUS no combate à Covid-19 são homenageadas pela Opas e Ministério da Saúde


Profissionais da saúde que atuam no primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção Primária à Saúde, foram homenageados pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil e pelo Ministério da Saúde por inovarem no combate à Covid-19. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (16/07), de forma virtual, e reuniu 19 autores das experiências de excelência selecionadas pela iniciativa APSForte no SUS, no combate à pandemia de Covid-19. Ao todo, foram inscritas 1.731 experiências, destas 1.471 foram aprovadas e 261 também receberam menção honrosa pelas atividades executadas (confira aqui).

Para Socorro Gross, representante da Opas no Brasil, os trabalhos reconhecidos servem de referência para outros municípios e são verdadeiramente um laboratório de inovação. “A saúde se constrói desde a comunidade. Por isso, vencer obstáculos, demonstrar inovação e manter a linha de cuidado e atendimento da atenção primária são muito importantes para um país tão grande como o Brasil”, ressaltou. Por vídeo, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou o esforço e o trabalho de cada uma das experiências que participaram da APSForte. “O reconhecimento desse trabalho é valoroso para cada profissional que lutou na ponta, para os pacientes e para a sociedade como um todo. O SUS é patrimônio de todos os brasileiros”, defendeu Queiroga.


 
  Placeholder 
 

E-Book APS Forte no SUS – no combate à pandemia de Covid-19


A publicação APS Forte no SUS – no combate à pandemia de Covid-19 reúne as vivências e ferramentas utilizadas pelas 19 experiências de excelência, traz o registro fotográfico dos profissionais de saúde de saúde e também um vídeo de cada autor selecionado. O registro visa contar os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde desde a implantação da experiência, no ano passado, quando deflagrada a pandemia de Covid-19.

A publicação, com cinco capítulos, descreve a metodologia desenvolvida nas duas fases da iniciativa APS Forte no SUS e traz o retrato das 1.471 experiências aprovadas, com dados sobre o panorama geográfico, distribuição por Unidades da Federação, a origem dos práticas e os temas mais concorridos. Também há um capítulo com o levantamento qualitativo das experiências aprovadas. Os resultados da iniciativa foram analisados pelos pesquisadores Michelle Fernandez e Renato Tasca. Por fim, a publicação registra o nome da experiência e o autor das 261 práticas que recebem Menção Honrosa.


APSREDES

Lote 19 – Avenida das Nações

SEN – Asa Norte, DF – 70312-970

Email:apsredes@gmail.com

twitter facebook

Notícias

Atenção profissionais de saúde! Estão abertas as inscrições para a Mostra Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde em Tempos de Pandemia, realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) com a participação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

A iniciativa tem como objetivo identificar, incentivar e premiar as experiências em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde no âmbito do SUS para o enfrentamento da pandemia da COVID-19, implementadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES) no período de março de 2020 a junho de 2021.

Podem participar gestores, técnicos e trabalhadores de saúde das SES, além de instituições públicas e/ou privadas sem fins lucrativos, desde que as experiências tenham sido inscritas pelas respectivas secretarias.

Acesse aqui o edital.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto.

Participe e ajude a valorizar a força dos trabalhadores do SUS!

Informe MS



Experiências do SUS no combate à covid-19 são homenageadas pela Opas e Ministério da Saúde

Data de publicação: 16/07/2021


Diversos projetos inovadores apresentaram propostas de melhoria para a anteção primária à saúde


Profissionais da saúde que atuam no primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção Primária à Saúde, foram homenageados pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil e pelo Ministério da Saúde por inovarem no combate à covid-19. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (16), de forma virtual, e reuniu 19 autores das experiências de excelência selecionadas pela iniciativa APSForte no SUS, no combate à pandemia de covid-19. Ao todo, foram inscritas 1.731 experiências; dessas, 1.471 foram aprovadas e 261 receberam menção honrosa pelas atividades executadas (confira aqui).

Por vídeo, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou o esforço e o trabalho de cada uma das experiências que participaram da APSForte. “O reconhecimento desse trabalho é valoroso para cada profissional que lutou na ponta, para os pacientes e para a sociedade como um todo. O SUS é patrimônio de todos os brasileiros”, defendeu Queiroga.

“Os trabalhos desenvolvidos nos municípios brasileiros nos deram muito orgulho em atuar pela atenção primária no País”, ressaltou Raphael Câmara Parente, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. Para Rodrigo Lacerda, representante do Conasems, essas iniciativas demonstram a capilaridade e a capacidade do Sistema Único de Saúde para todos os brasileiros.

Foto: Walterson Rosa / MS

Já para Socorro Gross, representante da Opas no Brasil, os trabalhos reconhecidos servem de referência para outros municípios e são verdadeiramente um laboratório de inovação. “A saúde se constrói desde a comunidade. Por isso, vencer obstáculos, demonstrar inovação e manter a linha de cuidado e atendimento da atenção primária são muito importantes para um país tão grande como o Brasil”, ressaltou.

O diretor de Sistemas e Serviços de Saúde da Opas/OMS, James Fitzgerald, ressaltou a importância da APS no enfrentamento da pandemia.  “A pandemia requer ações rápidas para sua mitigação. As experiências da APS Forte são importantes nesse sentido”, enfatizou.

Experiências de excelência

As 19 experiências de excelência estão divididas em cinco categorias temáticas, apenas para ilustrar um percurso em todas as ações que profissionais e gestores da APS de todo o Brasil realizam visando a uma APS Forte.