terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Informe MS



 

Respeito ao ciclo de fome e saciedade das crianças pequenas ajuda no desenvolvimento

Data de publicação: 30/01/2023


Responsáveis devem estar atentos aos sinais de cada fase, oferecer alimentos saudáveis e respeitar as restrições recomendadas pelo Ministério da Saúde



Alimentos ultraprocessados estão relacionados a doenças do coração, hipertensão, diabetes, entre outras. (Foto: divulgação/internet)

 

Crianças muito pequenas nem sempre verbalizam suas vontades e necessidades, mesmo assim, expressam por meio de sons, choro, risadas, movimentos com as mãos, com a cabeça e outros. Quando o assunto é alimentação, os responsáveis precisam estar atentos a esses sinais, não só para identificar fome, como a saciedade, indicadores importantes para o processo de aprendizagem da criança e seu pleno desenvolvimento.

No caso dos recém-nascidos, o próprio bebê costuma demonstrar fome - abre a boca virando a cabeça como se estivesse buscando o peito, fica inquieta, coloca as mãos na boca e, por último, chora. Já o momento de satisfação pode ser percebido com a recusa do leite materno. A partir dos seis meses, quando a criança começa a receber outros alimentos, os sinais variam acompanhando o crescimento infantil.

Aos 6 meses de idade
Nesta idade, a criança deve começar a receber três refeições diárias. Não há regra sobre qual refeição iniciar primeiro. O importante é que, ao completar sete meses, ela já esteja recebendo a quantidade recomendada, sejam elas: lanche da manhã, almoço, lanche da tarde ou jantar.

Sinais de fome: chora e se inclina para frente quando a colher está próxima, segura a mão da pessoa que está oferecendo a comida e abre a boca.

Sinais de saciedade: vira a cabeça ou o corpo, perde interesse na alimentação, empurra a mão da pessoa que está oferecendo a comida, fecha a boca, parece angustiada ou chora.

Entre 7 e 8 meses de idade
À medida que a criança cresce, desenvolve outras habilidades, como sentar sem apoio, aceitar alimentos com consistência mais firme ou em pequenos pedaços. Nesta etapa, é importante oferecer quatro refeições: almoço, jantar e dois lanches contendo fruta.

Sinais de fome: inclina-se para a colher ou alimento, pega ou aponta para a comida.

Sinais de saciedade: come mais devagar, fecha a boca ou empurra o alimento, fica com a comida parada na boca sem engolir.

Entre 9 e 11 meses de idade
A partir dessa idade, a criança começa a fazer movimentos de pinça com a mão, o que permite que ela segure pequenos alimentos, leve a colher à boca e, além disso, seus dentinhos devem permitir que ela mastigue melhor os alimentos mais rígidos. Todas essas ações devem ser estimuladas pelo cuidador, incluindo a mastigação.

Sinais de fome: aponta ou pega nos alimentos, fica excitada quando vê a comida.

Sinais de saciedade: come mais devagar, fecha a boca ou empurra o alimento, fica com a comida parada na boca sem engolir.

Entre 1 e 2 anos de idade
Grandes mudanças ocorrem a partir de um ano. Uma delas é a redução da velocidade do ganho de peso. Entre o primeiro e o segundo ano de vida, a criança ganha entre 2,5 a 3 kg ao longo de todo o ano. Nesta fase, ela aprende a falar e já consegue pedir os alimentos de sua preferência, controla melhor a colher e segura o copo com as duas mãos, desenvolvendo a capacidade de se alimentar sozinha.

Sinais de fome: combina palavras e gestos para expressar vontade por alimentos específicos, leva a pessoa que cuida ao local onde os alimentos estão, aponta para eles.

Sinais de saciedade: balança a cabeça, diz que não quer, sai da mesa, brinca com o alimento.

Tipos de alimento
Outra preocupação da família está relacionada à qualidade dos alimentos ofertados às criança. Alimentos in natura como frutas, legumes, verduras, grãos, raízes e tubérculos, feijões, carnes, ovos, cereais, água própria para consumo e o leite materno devem ser a base alimentar a partir dos seis meses de idade.

Deve-se evitar oferecer alimentos processados - submetidos a alguma modificação, como limpeza, remoção de partes indesejáveis, divisão, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento ou processos semelhantes. Esses e os ultraprocessados estão relacionados a doenças do coração, hipertensão, diabetes, obesidade e câncer e não devem ser oferecidos à criança, assim como devem ser evitados pelos adultos.

Alimentos com adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer outra substância ao alimento original, não devem ser oferecidos para crianças menores de dois anos.

 

 

Por Fran Martins/Ministério da Saúde

Informe MS



 

Diversidade: no Dia Nacional da Visibilidade Trans, Saúde reafirma importância de intensificar ações contra discriminação

Data de publicação: 30/01/2023


Na terça (31), webinário vai discutir saúde, respeito e inclusão social; evento será transmitido ao vivo


O objetivo é promover debate sobre os desafios e perspectivas para a ampliação do acesso às estratégias de prevenção em serviços de saúde (Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Um marco na história do movimento contra a transfobia e pelos direitos humanos. No dia 29 de janeiro de 2004, o Ministério da Saúde organizou, em Brasília (DF), um ato nacional para lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. Tendo em vista a trajetória dessa população, que foi e continua sendo uma das mais vulnerabilizadas, sofrendo todo tipo de estigma e discriminação, é fato que o cenário impacta diretamente no acesso aos bens e serviços de saúde. Nesse contexto, no Dia Nacional da Visibilidade Trans, a Pasta reafirma a importância de se intensificar ações em defesa da pauta.

Por meio do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, o Ministério da Saúde é pioneiro no diálogo e na construção de respostas com ações de enfrentamento ao HIV e demais agravos de saúde, na busca da sensibilização da sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero.

Como expresso na Constituição Federal, a saúde deve ser compreendida a partir de uma concepção ampliada e garantida como direito de todos(as) e dever do Estado. É nesse sentido que as políticas públicas de saúde devem considerar conceitos de gênero, orientação social, raça/cor e etnia, por exemplo, como elementos de diversidade e dos direitos humanos.

Webinário
Ao pensar em ações de enfrentamento ao HIV, tuberculose, hepatites virais e outras IST, considera-se que o cuidado das pessoas trans deve estar em consonância com a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, que também é fruto de uma política universal do SUS.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde reúne, na próxima terça-feira (31), a população trans e não-binária, trabalhadores(as) da saúde e outros segmentos da sociedade civil, como academia e gestores, para o “Webinário alusivo ao Dia Nacional da Visibilidade Trans: saúde, respeito e inclusão social”. O evento será transmitido ao vivo, entre 14 e 17 horas. Entre as participações previstas, estão:

- Representantes dos ministérios da Saúde e dos Direitos Humanos;

- Alícia Kruger, consultora de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), como moderadora;

- Tatianna Meireles Dantas de Alencar, analista técnica de Políticas Sociais do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (SVSA/MS), palestrante com o tema “Desafios para ampliação do acesso da população trans às estratégias de prevenção combinada ao HIV no SUS”;

- Emília Moreira Jalil, pesquisadora doutora do Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz, palestrante com o tema “A experiência do INI/Fiocruz na condução de estudos de PrEP para a população Trans”;

- Ariadne Ribeiro, oficial para Comunidades, Gênero e Direitos Humanos-UNAIDS, como mediadora;

- Além de debatedores da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), Rede Nacional de Pessoas Trans (REDTRANS), Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (FONATRANS), Rede de Pessoas Trans Vivendo com HIV/Aids (RNTTHP), Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), Liga TransMasculina João W. Nery e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

O objetivo é promover debate sobre os desafios e perspectivas para a ampliação do acesso às estratégias de prevenção em serviços de saúde, considerando que ainda persistem altos índices de discriminação, acolhimento inadequado, ausência de políticas públicas e programas específicos voltados ao combate ao preconceito.

 

Clique para acompanhar ao vivo.

 

Por Bianca Lima/Ministério da Saúde 

Informe MS



 

Menopausa marca processo de mudanças físicas e mentais

Data de publicação: 30/01/2023


Mesmo com a chegada dessa fase, a mulher deve manter o acompanhamento ginecológico


Para muitas mulheres, a chegada do climatério provoca irregularidades menstruais, hemorragias ou escassez no fluxo (Foto: divulgação/internet)

 

A menopausa é o período que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos, marca o fim da fase reprodutiva feminina, e é o tema que encerra a série especial "Saúde Menstrual". A menopausa é definida pela ausência de menstruação (amenorreia) por 12 meses consecutivos e é determinada de forma retroativa, representando o término, permanente, da menstruação.

Antes, porém, ocorre o climatério, momento que antecede a menopausa. Diversas mudanças físicas ocorrem nessa passagem. O conhecimento dos sinais e sintomas permite cuidados individualizados, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar nos anos seguintes Quando esse processo ocorre antes dos 40, é classificado como precoce.

Em geral, os óvulos que a mulher vai liberar ao longo da vida já estão presentes no corpo feminino desde o nascimento. Essa reserva é usada da primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa). As mulheres não formam novos folículos ao longo da vida e quando todos eles morrem, os ovários chegam ao fim da sua vida útil. Nessa etapa, as concentrações dos hormônios femininos — estrogênio e progesterona — caem de forma permanente.

Quando o assunto são os sinais, para muitas mulheres, a chegada do climatério provoca irregularidades menstruais, hemorragias ou escassez no fluxo. Já a chegada da menopausa propriamente dita, podem trazer outros sintomas, tais como:

Ondas de calor ou fogachos, com episódios súbitos de sensação de calor no rosto, pescoço e na parte superior do tronco. Geralmente, vêm acompanhados de vermelhidão no rosto, suores, palpitações no coração, vertigens e cansaço muscular;

Manifestações como, dificuldade para esvaziar a bexiga, dor, perda de urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor na penetração e diminuição da libido;

Aumento da irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia;

Alterações no vigor da pele, dos cabelos e das unhas, que ficam mais finos e quebradiços;

Alterações na distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar mais na região abdominal;

Perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia;

Risco aumentado de doenças cardiovasculares.

Mesmo com a chegada da menopausa, a mulher deve manter o acompanhamento ginecológico regularmente. Além disso, alguns hábitos podem auxiliar na qualidade de vida, tais como manter o peso adequado, uma alimentação saudável, rica em cálcio e vitamina D e pobre em gorduras saturadas, evitar o uso de cigarros e consumo de álcool ou cafeína, praticar atividades físicas regularmente, além de práticas integrativas e complementares.

 

Relembre!
Para ler novamente a série especial completa, acesse os links:

 

 

Por Fran Martins/Ministério da Saúde


Informe MS

 



Saúde Menstrual: conheça os impactos físicos do processo de ovulação

Data de publicação: 30/01/2023


Hormônios liberados durante o ciclo ovariano influenciam na densidade óssea, na saúde do coração, no metabolismo, dentre outras áreas


Em mulheres com ciclo menstrual regular, a ovulação ocorre 14 dias depois do início da menstruação (Foto: divulgação/Internet)


Desde o início desta semana, a série "Saúde Menstrual" orienta sobre os cuidados relacionados à menstruação, as doenças mais comuns envolvendo ciclos irregulares, como identificar possíveis sinais de alerta e quando procurar ajuda médica. Na publicação de hoje, será abordado o processo de ovulação e as implicações para o funcionamento do organismo feminino.

A ovulação é uma das etapas do ciclo ovariano e ocorre quando o óvulo está maduro e é liberado do folículo. Chegando às trompas, segue até o útero da mulher, onde recebe níveis de estrogênio e progesterona, hormônios que desempenham papel que vai muito além da fertilidade. Eles interferem na densidade óssea, na saúde do coração, no metabolismo, na qualidade do sono e na saúde mental.

Em mulheres com ciclo menstrual regular, a ovulação ocorre 14 dias depois do início da menstruação. Conforme a ovulação se aproxima, o corpo aumenta a produção de estrogênio. Isso causa o espessamento do revestimento do útero, o que ajuda a criar um ambiente apropriado para o espermatozoide. Com o estrogênio elevado, ocorre também o aumento repentino do hormônio chamado luteinizante (LH), que causa a liberação do óvulo maduro do ovário, o que ocorre de 24 a 36 horas após o aumento de LH.

O óvulo liberado sobrevive 24 horas após a ovulação e, se não for fecundado, o revestimento do útero será descartado com a menstruação. Após 28 dias, geralmente, a menstruação começará novamente marcando o início do próximo ciclo menstrual.

Durante a ovulação, é comum que a mulher sinta alguns sintomas, como dor leve na parte inferior do abdômen, aumento da temperatura corporal imediatamente ao acordar e mudança na textura do muco vaginal. Essa alteração não indica o dia exato da ovulação, mas sim, um período que se estende de, aproximadamente, um dia antes até um dia depois dela. O muco apresenta uma consistência mais fluida, de cor clara e é quando a mulher tem uma sensação maior de lubrificação. Existem testes rápidos adquiridos em farmácias que identificam o período de ovulação, a partir do perfil hormonal, testando uma amostra de sangue retirada durante a fase lútea.

Os ciclos de ovulação iniciam, juntamente, com a menarca, entre 11 e 16 anos, e seguem até a menopausa, que geralmente ocorre entre 45 e 55 anos. Entretanto, fatores como o uso de métodos contraceptivos hormonais, que bloqueiam a ovulação, podem influenciar nesse período. A própria gravidez ou gestação também bloqueia a ovulação, assim como as demais etapas do ciclo menstrual. Além disso, a amamentação e algumas condições de saúde, fatores ambientais ou internos, dieta ou mudanças nos exercícios físicos podem também alteram a fase ovulatória.

 

Ministério da Saúde



Informe MS

 



Atenção Primária em pauta: em reunião do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, ministra Nísia reafirma diálogo permanente

Data de publicação: 30/01/2023


Titular da pasta defendeu uma visão ampla de política de Estado


O secretário da Atenção Primária à Saude, Nésio Fernandes, compos a mesa da evento (Foto; Walterson Rosa-MS)

 

Ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, nesta quarta-feira (25), da reunião da Diretoria Executiva do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com os presidentes dos Conselhos de Secretarias Municipais (Cosems). No encontro, a ministra reafirmou a importância de manter um diálogo permanente para a construção de políticas públicas para os próximos meses.

“Nossa maior diretriz no Ministério da Saúde, ao lado do fortalecimento do SUS, será recuperar o diálogo entre todos os entes da federação, construir uma agenda comum, trabalhar com uma visão ampla de política de Estado num país tão diferente do ponto de vista das desigualdades sociais, mas também no aspecto das imensas diferenças entre as regiões brasileiras, estados e municípios. Vamos buscar consensos, sem perder de vista essa grande diversidade”, afirmou a ministra Nísia.

Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e secretário municipal de Saúde de Pacatuba/CE, declarou que estão "animados para trabalhar cada vez mais no enfrentamento à desinformação, com campanhas fortes de vacinação e mobilização dos trabalhadores do SUS”.

Ministério da Saúde


Fonte: - Autor(es): -


Informe MS


 



Saiba quais as principais doenças causadas por um ciclo menstrual irregular

Data de publicação: 30/01/2023


Alterações na frequência, mudanças no fluxo, cólicas intensas e outros sintomas podem ser indícios de problemas


Cólicas intensas, por exemplo, podem ser sinais de que há algo errado no ciclo menstrual (Foto: divulgação/ web)


a terceira publicação da série "Saúde Menstrual", saiba quais são as principais doenças causadas por um ciclo menstrual irregular, quais os sintomas e quando procurar um médico. Anteriormente, foram abordados tópicos como: o que é a menstruação, quais as características, as diferenças entre ciclo e fluxo menstrual, e as fases do ciclo do endométrio.

Para algumas mulheres, a menstruação apresenta características incomuns, com ciclos irregulares, diferentes texturas, coloração e intensidade. Ao identificar possíveis sinais de alerta, é necessário que um ginecologista seja consultado para avaliar o ciclo menstrual, assim como os sintomas. Cólicas intensas, por exemplo, podem ser sinais de que há algo errado.

Entre as principais doenças que estão relacionadas a um ciclo menstrual irregular estão:

Sangramento Uterino Anormal (SUA)
A doença é caracterizada por um sangramento anormal, seja na sua regularidade, no volume, na frequência ou na duração, em mulheres que não estão grávidas. A abordagem das pacientes deve ser feita considerando a faixa etária, pois as causas principais do SUA variam quando se trata de adolescentes, mulheres em fase de vida reprodutiva ou no período climatérico. Para o diagnóstico, é preciso primeiro determinar a origem da alteração, que pode ser ocasionada por lesões anatômicas na estrutura do útero, como também por causas não estruturais.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
É um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela presença de cistos no ovário e que pode causar de problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como obesidade e infertilidade.

Endometriose
É uma alteração no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que revestem o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e a sangrar. Os sintomas podem incluir dor abdominal, sangramento nas fezes, massa abdominal palpável, cólicas menstruais, diarreia ou prisão de ventre, dor para evacuar ou urinar, dor na relação sexual, entre outros.

Leiomiomas/Miomas
São tumores uterinos benignos formados por tecido muscular. Acometem as mulheres, principalmente, na fase reprodutiva. As causas são desconhecidas, mas seu crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa. Geralmente causam sangramento uterino anormal, dor e pressão pélvica, sintomas urinários e intestinais, bem como complicações gestacionais.

Pólipos uterinos
São lesões benignas que podem causar problemas relacionados à menstruação e à fertilidade. Elas acontecem devido ao crescimento do tecido do endométrio. Alguns sintomas são: irregularidade nos períodos menstruais, normalmente com aumento do fluxo, sangramentos vaginais entre menstruações e após as relações sexuais, dor, que aumenta durante o período menstrual, além de dificuldade de engravidar.

Sinequias (vulvares ou uterinas – Asherman)
São pontes de tecido cicatricial que formam barreiras no interior do útero ou vulva. O problema é decorrente, sobretudo, de traumas e intervenções cirúrgicas no local e representa um obstáculo para a fertilidade feminina. Podem causar cólicas e desconforto durante o ciclo menstrual.

Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
É uma infecção que atinge os órgãos reprodutores femininos. É geralmente transmitida durante a relação sexual, quando bactérias se propagam da vagina para o útero, para as tubas uterinas ou para os ovários. Dentre os sintomas estão: dor pélvica, corrimento vaginal, dor durante a relação sexual, menstruação irregular, dor ao urinar, febre, fadiga e vômitos.

Hipogonadismo
Mau funcionamento das gônadas, que são os ovários nas mulheres, onde a produção de estrogênio e progesterona acabam sendo inibidas. Geralmente causa falta de energia, perda de massa muscular, diminuição da libido, diminuição ou desaparecimento completo dos pelos corporais, problemas de fertilidade e ganho de gordura.

É possível observar, ainda, doenças como a coagulopatias, doenças hemorrágicas que alteram a capacidade de coagulação do sangue, causando sangramentos prolongados e excessivos. Além disso, podem ocorrer neoplasias, tumores que ocorrem pelo crescimento anormal do número de células.

Estão relacionadas também a um ciclo menstrual irregular, alterações hormonais, uso de medicamentos, infecções e inflamações, estresse e estilo de vida. Além desses, outros fatores também podem interferir no ciclo menstrual e toda a alteração deve ser investigada. Por isso, ao identificar o menor sinal de alerta, é fundamental buscar um médico especialista e de confiança.


 

Por Fran Martins/ Ministério da Saúde

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Informe MS



 

Trabalho de parteiras é reconhecido pelo SUS

Data de publicação: 24/01/2023


Recentemente, o Ministério da Saúde restituiu a estratégia Rede Cegonha, que preconiza atendimento humanizado para todas as mulheres no SUS


Foto: Reprodução da internet

Em comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e localidades isoladas, onde, muitas vezes, o acesso aos serviços públicos é limitado, os profissionais de saúde contam com um importante reforço para o cuidado da mulher e da criança: as parteiras tradicionais. Lembradas neste dia 20, por ocasião da data de comemoração nacional, a atuação dessas mulheres fortalece a rede de autocuidado comunitário, que auxilia na redução da mortalidade. Um conhecimento tradicional que, atualmente, ganha novos contornos com o estímulo ao parto humanizado.

Muito antes da universalização do serviço pelo Sistema Único de Saúde, em 1988, as parteiras percorriam o interior do país ajudando mães e bebês. Um trabalho reconhecido e valorizado pelo Ministério da Saúde que, ao longo das décadas, buscou a acolhida e a colaboração de quem tem por ofício a promoção da saúde.

Em 2011, com o lançamento Rede Cegonha, do governo federal, a Pasta incluiu o trabalho das parteiras tradicionais como elemento de saúde comunitária. Isso porque, o cuidado integral da mulher precisa considerar a vivência e o estímulo aos vínculos de segurança. Laços que, muitas vezes, são construídos com parteiras que, além do atendimento de porta em porta, buscando gestantes, também atuam em comunidades, como explica a presidente da Federação das Parteiras Tradicionais do Maranhão, Marina Santos Nascimento, 83 anos.

Parteira há 64, ela diz que parou de contar em quantos nascimentos ajudou quando chegou ao bebê de número mil. Moradora de São Luís, ela explica que o trabalho precede o parto e é feito em visitas regulares às gestantes, acompanhamento no pré-natal e com longas conversas de orientação sobre saúde e cuidado com o bebê que está a caminho. “Se a mãe quiser ir no hospital, levamos, assim como se surgir qualquer problema. Se não, fazemos o parto em casa mesmo. Trabalhamos com ribeirinhas, quilombolas, quebradeiras de coco. É uma responsabilidade muito séria, porque estamos sempre lidando com duas vidas”, diz.

Foto: TV Brasil

Atualmente, a federação do Maranhão conta com cerca de cinco mil parteiras. Em reuniões, Marina promove cursos e treinamentos. Ela mesma conta que participou de formações ministradas pela secretaria de saúde do estado e, inclusive, de uma capacitação em Brasília feita pelo governo federal, em 2016. “O que a secretaria padroniza, eu sigo. Aqui é muito organizado”, garante Marina.

Ao longo de anos de serviço, ela não tem planos de se aposentar e justifica: “a primeira vez que vi um parto, tomei um susto grande, mas quando o rosto do bebê apareceu, eu vi que era a coisa mais linda. A minha maior felicidade é quando uma criança nasce nas minhas mãos. Eu sempre penso que é mais um brasileiro eu ajudei a nascer”, orgulha-se.

Reconhecimento

Para fomentar a qualificação das parteiras, além de cursos e formações para essas colaboradoras da saúde, foi lançado, em 2012, o "Livro da parteira tradicional", com informações didáticas sobre gestação, saúde da mulher e do bebê, além do transcurso do parto e em que momentos é necessário buscar o suporte médico hospitalar. O Ministério da Saúde reconhece essa atuação que percebe o caráter familiar e íntimo do nascimento, nas diferentes regiões brasileiras.

Recentemente, a nova gestão da Pasta, comandada pela Ministra Nísia Trindade, reinstituiu a Rede Cegonha, estratégia reconhecida internacionalmente por garantir atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres no SUS. Com ele, os governos municipal, estadual e federal devem respeitar as necessidades de todas as mulheres, inclusive, daquelas que são assistidas pelas parteiras.

Ascom/MS


Informe MS

 



Ministério da Saúde vai acelerar recrutamento de profissionais para distritos indígenas

Data de publicação: 23/01/2023


Medida busca sanar desassistência em saúde; Dsei Yanomami tem apenas 5% das vagas ocupadas pelo programa Mais Médicos


Com a grave crise de saúde encontrada em território Yanomami, o Ministério da Saúde estuda agora acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais, tanto formados no Brasil como no exterior, para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei) de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami.

A medida é uma das ações da Sala de Situação, criada nessa sexta-feira (20), para apoiar ações de enfrentamento à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami.

“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.

Segundo o secretário, com o edital único, quando esgotarem as vagas para brasileiros, aquelas remanescentes automaticamente irão para os brasileiros formados no exterior. Persistindo a vacância, as vagas irão para estrangeiros que queiram participar, de modo que haja um processo mais célere. A ideia é otimizar o trabalho e suprir o atendimento nos distritos indígenas.

A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) está garantindo recursos para um edital em andamento, em que há 77 médicos alocados em Dsei. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado já a partir desta semana, contemplando a necessidade da saúde indígena.

O Programa Mais Médicos (PMM) é parte de um amplo esforço do governo federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Abandono

Desde a última segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde se encontram na região Yanomami, território indígena com mais de 30 mil habitantes. O grupo se deparou com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição acentuada, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que a situação no território é semelhante a uma epidemia.

“No caso da saúde, nós definimos que essa situação é uma emergência sanitária, de importância nacional, semelhante a uma epidemia. É isso que precisa ficar claro. Isso significa que a missão do SUS, com a Funai e vários eixos, é trabalhar pra fazer primeiro o diagnóstico da situação”, afirmou.

No local, os indígenas serão assistidos por ações do protocolo de abordagem de desnutrição aguda, inclusive com acompanhamento de pessoas que estejam em recuperação.

Ascom/MS



Informe MS



 

Governo federal sanciona lei que considera ACS e ACE como profissionais de saúde

Data de publicação: 20/01/2023


Trata-se de um passo importante para fortalecer o SUS e valorizar os agentes comunitários e de combate a endemias, que atuam mais próximos à realidade da população


Foto: Julia Prado/MS

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, nesta sexta-feira (20), o Projeto de Lei nº 1.802, de 2019, que fortalece a atenção básica à saúde, estabelecendo direitos e valorizando a importância dos profissionais que atuam na ponta, próximos à realidade da população. A medida ajusta a legislação e define que agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) são profissionais de saúde. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da cerimônia de assinatura.

“Eu quero testemunhar aqui, na frente de todos e todas que são agentes de saúde desse país, aos meus queridos e queridas mata mosquitos […] Parabéns pela conquista de vocês. […] A luta é que faz a lei e sem luta, a gente não conquista nada”, ressaltou o presidente Lula.

“Neste momento, sentimos a força do SUS e destaco o papel dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, que podem acompanhar mais de perto, das casas, dos territórios, contribuindo para atenção básica de saúde. Lembro o papel deles e a importância dessa sanção da lei. Nesse momento, em que se considera que o trabalho dos agentes se configura como profissão, deixo o compromisso do Ministério da Saúde, com o presidente Lula, de cuidado não somente com a saúde, mas também com os trabalhadores que cuidam da saúde”, disse a ministra Nísia.
 
Dezenas de profissionais também estiveram no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). No país, são 265 mil agentes comunitários, que atuam no campo da Saúde da Família, na prevenção de doenças e na promoção da saúde em ações domiciliares, comunitárias, individuais e coletivas. Além deles, outros 61 mil profissionais de combate às endemias atuam na vigilância epidemiológica e ambiental, na prevenção e controle de doenças e na promoção da saúde.
 
A legislação anterior, fruto de Medida Provisória elaborada no primeiro mandato do presidente Lula, regulamentava a atuação dos ACSs e ACEs, com todas as suas atribuições especificadas. O PL assinado nesta sexta é mais um passo essencial na garantia de direitos, ao estabelecer que estes agentes são profissionais de saúde, sublinhando seu papel fundamental na dinâmica da Saúde da Família e do Sistema Único de Saúde (SUS). O PL, de iniciativa do deputado federal Afonso Florence (PT/BA), havia sido condenado em 2022, quando o Ministério da Saúde propôs o veto integral à proposta.
 
Como profissionais de saúde, os agentes passam a ter o direito de acumulação de cargos públicos, assegurado pelo art. 37 da Constituição Federal apenas para os profissionais da Educação e da Saúde. Cada agente hoje em atividade no país tem seu salário pago, integralmente, com recursos transferidos pelo Governo Federal – em 2022, foram empenhados R$ 7,8 bilhões. Para 2023, está prevista a destinação de R$ 9,9 bilhões (o que representa um aumento de 27%) para o fortalecimento do trabalho de atenção básica à saúde.

Ascom/MS


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Informe MS

 



Em retomada do Mais Médicos, Ministério da Saúde publica ciclos e resultado de edital

Data de publicação: 18/01/2023


A iniciativa compõe uma das ações previstas pela pasta para ampliação e melhorias na política nacional de provimento


Após conhecer os resultados da apuração, o profissional deve estar atento aos calendários do Mais Médicos para 2023 (foto: divulgação/PT)

 

O Ministério da Saúde anuncia nesta quarta (18) a retomada dos editais de provimento profissional, com definição dos cronogramas referentes ao 26º e 27º ciclos do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMM). Em relação ao 27º ciclo, os profissionais médicos de todo o território nacional alocados no Mais Médicos podem acessar tanto o resultado final do reprocessamento de vagas como seu o cronograma, que prevê atividades previstas de 18 de janeiro a 15 de março de 2023.

O órgão destaca que a necessidade de reprocessamento do resultado final ocorreu em função de falha identificada em 2022.

A pasta também resolveu dar prosseguimento ao 26º ciclo, lançado em julho de 2022, ao publicar cronograma e definir etapas para confirmação de interesse na alocação pelo candidato e na validação e homologação pelo gestor do Distrito Sanitário Indígena (DSEI). Nesse ciclo, os eventos começam a partir do dia 30 de janeiro e vão até 15 de março de 2023.

Após conhecer os resultados da apuração, o profissional deve estar atento aos calendários de cada ciclo e cumprir as atividades propostas para cada período, como o de interposição e análise de recurso CRM e a confirmação do interesse na alocação. 

As vagas do programa são voltadas a profissionais graduados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no País. 


Em virtude de problemas técnicos na página oficial do Mais Médicos, os resultados estão disponíveis no site da APS.

Acesse os seguintes documentos:

Cronograma do 26º ciclo do Mais Médicos

Cronograma do 27º ciclo do Mais Médicos

Resultado do reprocessamento do 27º ciclo

Comunicado aos profissionais sobre a falha no processamento

Acesse e confira outros editais do programa.

 

Também pode ler: Mais Médicos: sai resultado final sobre escolha do local de atuação

 

Por Mônica Olis/CCOM-Saps
 


Informe MS



 

Últimos dias: acesso ao e-Gestor será somente pelo gov.br a partir de 1 de fevereiro

Data de publicação: 18/01/2023


Sistema eletrônico utilizado por gestores da Atenção Primária atualizará forma de login para pessoas físicas para quem acessa via CNPJ, não há alterações


Imagem: Pixabay

Para aprimorar a segurança no acesso aos sistemas da atenção primária, o e-Gestor passou a contar com uma nova forma de autenticação em outubro do ano passado: utilizando o usuário e a senha do gov.br. Após alguns meses de adaptação, o acesso antigo será desativado no dia 31 de janeiro, e apenas o gov.br será utilizado.

Para quem ainda não aderiu ao novo formato, o passo a passo é o seguinte:

  1. Ao acessar o e-Gestor AB e clicar em "Acesso Restrito", a nova página de login será aberta, e, então, será necessário clicar em "Entrar com gov.br"
  2. Informe seu CPF e a senha já cadastrados no gov.br
  3. Se ainda não tiver uma senha, a própria plataforma gov.br mostrará como criar seu cadastro
  4. Depois de acessar com o novo formato, o usuário será direcionado à página do e-Gestor AB com todos os perfis já existentes.

Inicialmente serão aceitos os acessos com o selo de confiabilidade do gov.br nível Bronze, mas futuramente, algumas funcionalidades estarão disponíveis somente no nível Prata ou superior. Desta forma, certifique-se de adequar seu cadastro para níveis mais confiáveis.

Vale ressaltar que o acesso de pessoa jurídica com a senha do Fundo Municipal / Estadual de Saúde permanece sem alterações, utilizando o CNPJ e a senha de acesso já cadastrados. Em caso de dúvidas, acesse aqui.

CCOM/Saps/MS


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Informe MS



 

Ministério da Saúde revoga portarias que contrariam diretrizes do SUS e sem pactuação com estados e municípios

Data de publicação: 16/01/2023


Revogação considera sugestões feitas durante a transição


Foto: Walterson Rosa/MS

O Ministério da Saúde publicou, nesta segunda-feira (16), a revogação de portarias assinadas pela gestão passada. O objetivo é extinguir, por exemplo, políticas contrárias às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), como as exigências que dificultavam o acesso ao Farmácia Popular.

Todas essas ações anuladas não haviam sido pactuadas com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A falta de transparência, diálogo e definições conjuntas entre União, estados e municípios é totalmente contrária aos preceitos básicos do SUS, que determinam uma gestão compartilhada do sistema de saúde brasileiro.

As revogações também consideram as sugestões feitas pelo grupo de trabalho da saúde estabelecido durante a transição de governo, em dezembro do ano passado. O grupo foi formado por uma ampla representação de ex-ministros, pesquisadores, especialistas em saúde e da sociedade científica, que debateram os retrocessos da última gestão e os desafios para retomar a qualidade da saúde pública.

"Uma das prioridades da nossa gestão é restabelecer o bom relacionamento e o diálogo interfederativo. Por isso, conversamos com o Conass e Conasems, pois é sempre importante que, ao revogar uma medida, não exista um vazio que deixe o gestor desprovido. Essas revogações envolvem medidas sem base científica, sem amparo legal, que contrariam princípios do SUS", ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao falar sobre o assunto em uma coletiva de imprensa na última terça-feira (10).

A obrigatoriedade de apresentação de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos do programa Farmácia Popular também foi revogada. A avaliação é que essa medida, que também não foi pactuada com estados e municípios, pode dificultar o acesso de parte da população aos medicamentos.

Ainda entre as revogações, estão as portarias que promoveram retrocessos nos cuidados da saúde reprodutiva e sexual das mulheres e sugeriram ações e manobras que são consideradas violência obstétrica, com alterações na caderneta da gestante. Essa portaria também não foi pactuada na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), onde são discutidas todas as medidas e políticas públicas de saúde entre os representantes dos entes federativos. Dessa forma, fica instituída novamente a Rede Cegonha, programa reconhecido internacionalmente por garantir atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres no SUS.

A portaria que instituiu o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil sem a participação do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e sindicatos que representam as categorias da saúde também foi abolida. A pasta deve avaliar um novo ato que contemple todos esses representantes para ampliar o diálogo com a sociedade.

Ascom/MS


Informe MS



 

Médico sanitarista Nésio Fernandes assume a Secretaria de Atenção Primária à Saúde

Data de publicação: 16/01/2023


O novo secretário traz grande experiência em saúde pública e quer garantir o acesso com integralidade do cuidado, ampliando o escopo da APS


Foto: Walterson Rosa/MS

O médico sanitarista Nésio Fernandes de Medeiros Junior assume a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) do Ministério da Saúde. O novo secretário conta com longa trajetória na saúde pública, com experiência na área de Saúde Coletiva, principalmente nas temáticas de saúde da família e comunidade, formação médica, educação permanente em saúde, inovação tecnológica, ciência de dados, software livre, gestão da saúde e hansenologia.

Em 2019, foi nomeado secretário de Saúde do Espirito Santo (ES), onde permaneceu até 2022, sendo um dos principais responsáveis pelas medidas de enfrentamento adotadas pelo Estado durante a pandemia da covid-19. No curso de sua gestão foram implementadas estratégias de fortalecimento e modernização do SUS com a criação do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação e a Fundação de Inovação em Saúde – iNova-Capixaba. Por meio dos programas de inovação e formação em serviço no Espírito Santo foram implementadas estratégias de ampliação e fortalecimento da APS, das residências em saúde, da gestão municipal, da regulação territorial, da vigilância em saúde e o SAMU foi implantado em 100% dos municípios.

Entre 2022 e 2023, também foi eleito por unanimidade como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Saúde (Conass). De 2016 a 2018, Nésio Fernandes se destacou à frente da Secretaria de Saúde de Palmas (TO) e, ao longo de sua carreira profissional, foi presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, além de ter integrado o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ente 2016 e 2018, como membro de Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho.

Durante sua gestão em Palmas, intensificou o processo de incorporação de tecnologias da informação na atenção básica, especializada e na vigilância em saúde e recebeu reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) por sua atuação na gestão da atenção à saúde e nos cuidados com a hanseníase.

Ainda em sua administração, levou a atenção básica a uma cobertura de 100% e descentralizou os serviços de diversas especialidades médicas e multifuncionais cobrindo todas a atenção primária com equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). O sanitarista também implementou os serviços do Programa Consultório na Rua na capital tocantinenses e inaugurou centros de referências de alto padrão e excelência.

Especialista em Medicina Preventiva e Social (2020) e em Administração em Saúde (2021), Nésio Fernandes foi titulado e certificado pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde.

Graduado em 2012 pela Escola Latino-americana de Medicina, em Cuba, e revalidado no Brasil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2014, o médico sanitarista também possui quatro pós-graduações: um curso de especialização em atenção Básica em Saúde (2014 e 2015) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e três pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo: Aperfeiçoamento em Aperfeiçoamento em Gestão de Programas de Residência Médica no SUS (2014); Gestão de Programas de residências médicas no SUS (2014 e 2015) e Aperfeiçoamento em Processos Educacionais em Saúde (2014 - 2015).

Ascom/MS


Informe MS



 

Combate ao racismo: ministras debatem redução de desigualdades no acesso à saúde

Data de publicação: 13/01/2023


Na reunião, Nísia Trindade e Anielle Franco também alinharam políticas para a saúde da mulher e dos moradores das periferias


Fotos: Walterson Rosa/MS

Como combater o racismo e impedir que isso seja fator determinante no acesso à saúde de qualidade e igualitária para todos os brasileiros. Esse foi o tema de reunião realizada nesta sexta-feira (13) entre a ministra da Saúde, Nisia Trindade, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, que debateram o Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e o Projeto Saúde em Territórios, Favelas e Periferia.

“O governo não pode estar isolado dos movimentos sociais. O Brasil hoje tem novas formas de movimentos sociais de protagonismo que foram atacadas nos últimos anos. Nossa papel agora é de reconstrução”, disse Nísia.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acrescentou que é necessário pensar em ações urgentes e, sobretudo, concretas. “Quando ainda hoje entro na [comunidade] Maré, no Rio de Janeiro, e vejo a precariedade por lá, desde aos serviços de saúde até acesso à informação, vejo que o desafio de desenvolver políticas públicas é ainda maior”.

Entre os eixos discutidos pelas ministras para o enfrentamento das desigualdades, estão:

- Incentivar os gestores a investirem em ações para as populações mais vulneráveis;
- Incluir a política nos planos de gestão dos sistemas;
- Incluir o tema racismo no processo de educação permanente;
- Fomentar a realização de estudos e pesquisas;
- Investir na qualidade dos sistemas de informação e qualificar a assistência;
- Enfrentar o racismo institucional e as estruturas burocráticas do Estado.

A reunião também contou com a participação de representantes de organizações de movimentos negros e pela saúde das mulheres que cobraram atualizações, orçamento e efetividade das políticas de equidade e igualdade.

“Fazer igualdade racial é muito difícil porque requer discussões sobre poder. A igualdade não se trata só de oferecer as mesmas coisas para todos, mas ainda de reconhecer a humanidade entre nós”, afirmou Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola.

“Queremos implementar a política de saúde à população negra a partir da sua marca: a política tem força de lei”, disse Luís Eduardo Batista, representante da coordenação de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde.

Entre as autoridades presentes na reunião, estavam o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, e o secretário de Saúde Indígena, Ricardo Weibe.

Ascom/MS

Informe MS



 

Curso gratuito de cuidado farmacêutico na Atenção Básica tem inscrições abertas até 23 de janeiro

Data de publicação: 13/01/2023


Aulas acontecem entre março e outubro e têm como público-alvo farmacêuticos que atuam na APS. Programa online é fruto de parceria Proadi-SUS


A segunda edição do curso Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica: Aplicação do Método Clínico está com inscrições abertas. O objetivo é fornecer fundamentos teóricos e práticos para que profissionais da assistência farmacêutica da Atenção Primária à Saúde (APS) possam desenvolver o raciocínio clínico e atuar sobre os problemas relacionados à farmacoterapia.

Em formato online, gratuito e com 120 horas de duração, o curso abrange:

  • O cuidado farmacêutico no contexto do sistema de saúde;
  • Competências dos farmacêuticos para o cuidado farmacêutico;
  • Método clínico: acolhimento e coleta de dados;
  • Método clínico: avaliação e identificação dos problemas relacionados à farmacoterapia;
  • Método clínico: plano de cuidado, monitoramento e avaliação das metas estabelecidas.

As aulas (síncronas e assíncronas) começam no dia 1º de março e terminam em 3 de outubro deste ano. A capacitação é resultado de uma parceria entre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

Embora o curso seja voltado a farmacêuticos da APS do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais da atenção especializada e hospitalar também podem preencher as 500 vagas. Inscreva-se aqui até dia 23 de janeiro às 14h (horário de Brasília).
 

CCOM/Saps/MS