segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Informe MS



 

Balanço 2021: Ministério da Saúde destina R$ 25,4 bilhões para a atenção primária

Data de publicação: 27/12/2021


O aumento no número de equipes de saúde foi de 16%; os profissionais (de agentes comunitários a médicos) atuam em mais de 50 mil Unidades Básicas de Saúde


Foto: Myke Sena/MS

Busca de informações, consultas de rotina, exames básicos e atualização da carteira vacinal: essas são algumas das atividades realizadas na Atenção Primária (APS). A principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu o investimento de R$ 25,4 bilhões do Ministério da Saúde em 2021.

Para o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, é primordial investir nesse nível do SUS, que atende cerca de 17 milhões de cidadãos por mês. “Não faltam evidências de que sistemas de saúde com uma atenção primária fortalecida conseguem os melhores resultados, pois ela é capaz de resolver a maior parte das questões de saúde, diminuindo a carga dos serviços especializados e, assim, reduzindo o custo”, explica.

Câmara também destaca que a atenção primária conta com mais de 50 mil Unidades Básicas em todo país. “A Atenção Primária está presente em todos os municípios do País. É por meio da APS que todos têm acesso ao Sistema Único de Saúde”, complementa.

A Atenção Primária, no entanto, vai além das Unidades Básicas de Saúde, carinhosamente chamadas de “postinhos” por muitos brasileiros. A área encerra o ano com:

 

Atendimentos de equipes de saúde da Atenção Primária e inauguração de UBS em Manaus (montagem - fotos: arquivo assessoria de comunicação Saps)

 

Neste ano, atendendo a um pleito de mais de 2 mil municípios, o Ministério da Saúde destinou R$ 688 milhões para ampliar a APS. Com o montante, todas as solicitações de credenciamento foram atendidas, e a APS passou a contar com mais 7,6 mil equipes (sendo 1.759 equipes de Saúde Bucal), um incremento de 16%, e 13 mil agentes comunitários de saúde. Já o Programa de Revitalização de Unidades Básicas de Saúde por meio do trabalho de pessoas privadas de liberdade (PRAPS), instituído em julho, destinou R$ 30 mil para cada UBS revitalizada.

Também merece destaque o Programa Saúde na Hora, que habilitou mais 373 unidades de saúde (além da 2.079 que já estavam habilitadas) para funcionar com horário estendido por meio de um custeio mensal extra. Assim, elas podem operar no período noturno, durante o almoço e, opcionalmente, aos fins de semana, ampliando o acesso da população aos serviços. “Os desafios são grandes, mas conseguimos expandir e aprimorar a cobertura para a população este ano, e em 2022 não será diferente”, assegura o secretário Raphael Câmara.

Enfrentamento da Covid-19

O segundo ano da pandemia foi desafiador para o Brasil e exigiu diversas medidas, inclusive na atenção primária. Em janeiro, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), abriu um edital do Mais Médicos para o Brasil específico para Manaus, que enfrentava um momento crítico. Foram chamados 108 médicos para trabalhar nas UBS no enfrentamento da Covid-19, investindo R$ 1,3 milhão por mês.

Em março, a pasta ainda lançou um crédito extraordinário de R$ 1,7 bilhão para a APS. Parte desse recurso foi destinado a ações no âmbito da assistência e do provimento de profissionais, como o chamamento público do 23º ciclo do Projeto Mais Médicos para o Brasil, que ofereceu 2.904 vagas; além da prorrogação do edital do 19º ciclo, que estendeu a permanência de 2.626 médicos por mais 12 meses, em aproximadamente 1.130 municípios.

Também foram destinados R$ 574 milhões em repasses federais para credenciar mais de 2,7 mil estabelecimentos de saúde como centros comunitários e de atendimento à covid-19. Nos últimos dois anos, a pasta repassou aos municípios e ao Distrito Federal R$ 7,6 bilhões para reforçar a assistência no primeiro nível de atenção, tanto para atendimento de casos de síndrome gripal quanto para a retomada das consultas de rotina, como o acompanhamento dos pacientes crônicos.

Novidade

O ano marcou o lançamento do primeiro edital do Programa Médicos pelo Brasil, que vai substituir gradativamente o Mais Médicos. O certame convidou os 5.233 municípios elegíveis para manifestar interesse no programa, que prevê, para 2022, a oferta de 5 mil vagas para médicos em diversas regiões do País, com foco em áreas remotas, de alta vulnerabilidade e difícil provimento – ao longo dos próximos anos, o número de profissionais contratados pode chegar a 21 mil.

O Médicos pelo Brasil é executado pela Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), responsável pela seleção e metodologia do programa. Entre os diferenciais, o médico selecionado, após especialização em medicina de família e comunidade, passa a ser efetivo da agência com contrato CLT e expectativa de carreira.

Promoção da saúde

Neste ano, o Ministério da Saúde lançou o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, para incentivar hábitos mais saudáveis e melhor qualidade de vida. Cerca de 70 pesquisadores da área da atividade física e da saúde, assim como técnicos do ministério e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), participaram da elaboração do documento, que aborda diversos contextos, grupos e ciclos de vida. O guia traz recomendações sobre a quantidade, a intensidade e os exemplos de atividades aeróbicas, de força e de equilíbrio.

Em maio, R$ 1 bilhão foi investido na Atenção Primária para combater a má nutrição em crianças menores de 7 anos e gestantes do programa Bolsa Família; reforçar a atenção a idosos; e fortalecer as equipes de assistência à saúde que atendem povos e comunidades tradicionais. Também houve investimento de R$ 23 milhões em ações de alimentação e nutrição em mais de 1.170 municípios brasileiros, tendo como base a Política Nacional de Alimentação e Nutrição 2021 (PNAN).

O Ministério da Saúde também tratou da obesidade infantil e destinou R$ 90 milhões para a campanha “Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!”; instituiu da Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), que busca articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios; e elaborou a portaria que ofereceu incentivo financeiro federal a cidades de até 30 mil habitantes que apresentaram prevalência de obesidade entre crianças menores de 10 anos superior a 15% em 2019, para que promovessem ambientes mais saudáveis.

Cuidado materno-infantil

Uma das prioridades da atual gestão é oferecer acesso e saúde de qualidade para gestantes, puérperas e recém-nascidos. Por isso, a Saps destinou R$ 247 milhões às ações que contribuíram para fortalecer a identificação precoce, o monitoramento de gestantes e puérperas com síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave e com suspeita ou confirmação de covid-19. Também incluiu suporte ao distanciamento social àquelas que não tinham condições para realizar o isolamento domiciliar; e qualificou as ações de atenção ao pré-natal odontológico realizadas na APS.

Outros R$ 6,7 milhões foram destinados a exames de pré-natal, contemplando 4.090 municípios. A iniciativa faz parte da Rede Cegonha, estratégia da pasta que assegura os cuidados necessários com mulheres e crianças que buscam atendimento no SUS. O valor incluiu novos exames no pré-natal, como cultura de bactérias para identificação (urina), hemoglobina, ampliação do ultrassom obstétrico para 100% das gestantes; além de exames adicionais para gestantes de alto risco, como contagem de plaquetas e ultrassom obstétrico com doppler.

Confira outros resultados da APS:

  • Mais de 20 oficinas do Programa Previne Brasil, atual modelo de financiamento da Atenção Primária, nos estados brasileiros e no Distrito Federal;
  • Curso de Terminologias em Saúde na Atenção Primária à Saúde: capacitação on-line e gratuita para os profissionais das UBS no registro de dados, em parceria do Ministério da Saúde com a UFMG;
  • Destinação de R$ 1 milhão para a assistência em saúde integral aos profissionais que atuam nas estradas brasileiras, no âmbito da APS, destinados a 34 municípios e Distrito Federal, onde há Pontos de Parada e Descanso (PPD) para os motoristas;
  • Repasses de R$ 899 milhões a Centros Comunitários de Referência e Centros de Atendimento para o Enfrentamento da Covid-19;
  • Lançamento da Versão 4.1 do e-SUS APS com PEC, para que os profissionais de saúde possam acessar as informações do paciente registradas ao longo da Rede de Atenção à Saúde (RAS), como histórico clínico e de vacina, resultados de exame laboratorial para a covid-19, medicações, atendimentos e internações hospitalares;
  • Lançamento da Força Pré-Natal do SUS, para reforçar as ações de enfrentamento da morbimortalidade materna no País, em especial no contexto da covid-19, com a capacitação de 700 equipes de Saúde da Família no Amazonas;
  • R$ 1,7 milhão para reforçar o atendimento bucal nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do SUS;
  • Investimento de R$ 8,2 milhões em equipamentos para as equipes de saúde bucal;
  • Reformulação das normas para a operacionalização da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) pactuados em Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite – CIT, e o repasse mensal é de R$ 11 milhões;
  • Habilitação de 371 municípios para receberem R$ 2,8 milhões para Laboratórios de Próteses Dentais;
  • Investimento de R$ 14 milhões em navio para assistência às populações ribeirinhas no Amapá e no Pará;
  • Repasse de R$ 14 milhões aos municípios interessados na ampliação do acesso aos serviços de saúde e qualificação da atenção integral à saúde de adolescentes em atendimento socioeducativo;
  • R$ 2,8 milhões em incentivo financeiro federal de custeio aos municípios e Distrito Federal com equipes de Consultório na Rua;
  • Realização de debates e webinários para os profissionais do Mais Médicos para o Brasil;
  • Habilitação de obras para a construção de 53 novos polos do Programa Academia da Saúde, com aporte de R$ 6,9 milhões, além de liberação de recursos de custeio para manutenção dos polos, no valor de R$ 49,9 milhões;
  • Adesão do Brasil à Iniciativa HEARTS, estratégia internacional coordenada pela Opas/OMS para a melhoria da saúde cardiovascular a partir da Atenção Primária, e lançamento da Estratégia de Saúde Cardiovascular (ECV) para a APS, com incentivo de R$ 8 milhões;
  • Lançamento das linhas de cuidado da hipertensão arterial, diabetes mellitus e tabagismo;
  • R$ 79 milhões para o Programa Saúde na Escola, cujas adesões envolvem 5.422 municípios, 97.389 escolas públicas de educação básica e mais de 23 milhões de estudantes.

 

 

Ministério da Saúde

Informe MS




Ministério da Saúde seleciona instituições de ensino para formação de quadro de residentes na APS

Data de publicação: 24/12/2021


Selecionados poderão estagiar na APS desenvolvendo ações para a ampliação e a resolutividade dos serviços do SUS 


A Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) divulga o Chamamento Público nº XX, que visa selecionar instituições de ensino que ofertem programas de residência multiprofissional nas áreas de atenção primária para formação de quadro no Ministério da Saúde. Ao todo, serão 22 (vinte e duas) vagas destinadas a profissionais que terão a missão de fortalecer a resolutividades dos serviços ofertados pelo SUS à população brasileira.
 
As vagas serão distribuídas entre o Departamento de Saúde da Família (Desf), com 15 (quinze) vagas; o Departamento de Promoção da Saúde (Depros), com 5 (cinco) vagas; e a Coordenação-Geral de Monitoramento e Avaliação da Atenção Primária (CGMATP), com 2 (duas) vagas.
 
Para participar, as instituições devem estar cadastradas regularmente no Ministério da Educação (MEC) e ofertar programas de residência, preferencialmente, nas seguintes áreas: 
 
•    Residência multiprofissional em Saúde da Família
•    Residência uniprofissional em Saúde da Família e Comunidade
•    Residência de Medicina e Família e Comunidade
•    Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva
•    Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Primária
•    Residência Multiprofissional em Assistência Farmacêutica
•    Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva
•    Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde
•    Residência da Gestão da Atenção Básica/Primária
•    Residência em Saúde Pública
 
Credenciamento das instituições 

O prazo para as organizações se credenciarem vai até 23h59 do dia 31 de dezembro de 2021. Para isso, é necessário enviar ofício ao MEC, que também precisa ser encaminhado aos endereços de e-mail residencia.saps@gov.br e npdi.gabsaps@gmail.com. 

O resultado do processo de seleção das instituições será publicado no Diário Oficial da União e no portal da Saps (https://aps.saude.gov.br/). 

Seleção de residentes

As instituições homologadas deverão enviar a lista de residentes interessados em concorrer às vagas de estágio eletivo/optativo na Saps e as documentações no período de 18 a 31 de janeiro de 2022, às 23h59 (horário oficial de Brasília-DF). 

O resultado da classificação dos residentes também será disponibilizado no DOU e no portal da SAPS (http://aps.saude.gov.br), após análise de recursos apresentados.

A previsão para acolhimento dos residentes aos setores é 4 de abril de 2022. 

Confira todas as informações no edital


Informe MS




Saúde disponibiliza instrumento para avaliação e perícia técnica de pacientes com transtorno mental em conflito com a lei

Data de publicação: 23/12/2021


Orientações do documento se baseiam nas melhores evidências e na Política Nacional de Saúde Mental


 

Os Serviços Residenciais Terapêuticos são estratégias de desistintucionalização voltadas para pessoas com transtornos mentais em condições de acentuada vulnerabilidade.

Foto: Prefeitura Municipal de Viçosa/Divulgação

O Ministério da Saúde torna público o instrumento Modelo para Avaliação dos Riscos Psicossociais e de Violência aplicável à pessoa com transtorno mental em conflito com a lei, com o objetivo de garantir os direitos humanos fundamentais de todos os conviventes de Serviços de Residências Terapêuticas (SRT).

O documento é voltado para as equipes multiprofissionais e de saúde mental na avaliação e perícia técnica de pacientes egressos de hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP), em medida de segurança, com indicação de desinternação e encaminhamento para SRT. A medida busca dar subsídios para a decisão dos gestores e dos operadores do direito e qualificar o acesso à saúde mental da pessoa que apresenta graves riscos psicossociais e de violência.

Para o coordenador-geral de Saúde Mental do MS, Rafael Bernadon, participar da decisão de autorização de desinternação e definição do encaminhamento para cada paciente é um ato de extrema responsabilidade, que leva em consideração o dever do Estado de assegurar a segurança e os direitos sociais de forma coletiva e individual, tendo em vista princípios de integridade e dignidade humana.

“Não se pode associar de maneira arbitrária e direta um risco aumentado de violência às pessoas que tenham passado por internação em hospitais forenses, por isso a importância desse instrumento para fornecer orientações seguras e adequadas para a correta estratificação e identificação de uma parcela minoritária de pacientes que podem reunir maior número de fatores de risco, exigindo conduta diferenciada”, destacou.

Acesse o conteúdo da nota técnica na íntegra aqui.

Conheça os SRT

Os Serviços de Residência Terapêutica (Tipo I e II) são moradias assistidas, de natureza permanente, sob a responsabilidade de serviços comunitários. Os candidatos a abrigamento em SRT devem ser pessoas com transtornos mentais com acentuada vulnerabilidade, sem suporte social e econômico e sem vínculos familiares ou com vínculos frágeis.

Rede de Atenção Psicossocial

Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é um instrumento para o cuidado integral à saúde mental da população brasileira. Pela diversidade dos estabelecimentos e serviços, as diretrizes e princípios da RAPS estão ancorados nos direitos humanos, e a execução de ações acontece via meios intra e intersetoriais, em redes capilarizadas nos territórios.

A rede se apoia na Política Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, que nacionalmente organiza as ações de promoção da saúde mental, prevenção de agravos, assistência e cuidado, bem como reabilitação e reinserção das pessoas com transtornos mentais, muitos dos quais envolvem, por exemplo, problemas com o uso de álcool e outras drogas. A política é fundamentada pela Lei Federal nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental no Brasil, e pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em suas diversas tipologias e portes; os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os ambulatórios multiprofissionais, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento (UAs), os leitos de saúde mental nos hospitais gerais, leitos de psiquiatria nos hospitais especializados e nos hospitais-dia.


Informe MS




Saiba o que muda no e-SUS APS com a nova versão do SCNES

Data de publicação: 23/12/2021


Gestores deverão obrigatoriamente atualizar o CNES a partir da competência de 11/2021


Foto: arquivo EBC

A versão 4.3.20 do SCNES já está disponível e seu uso será obrigatório a partir da competência 11/2021. Esta versão ajusta o consumo de informação relacionado ao botão “Obter CNS” no Cadastro de Profissional, corrige o preenchimento do CNS dos profissionais pelo arquivo de aplicação Profissionais Brasil e desativa a exportação de críticas para o Datasus.

Com a atualização, o CNS dos profissionais que iniciam por 9 ou 8 ou 2 passarão a utilizar o CNS iniciado por 7, considerado o CNS principal, que já consta na base do Cartão Nacional de Saúde.

Devido a essa alteração, os municípios e o Distrito Federal deverão se atentar à correta atualização do XML do CNES e ao preenchimento dos dados de identificação dos profissionais no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e na Coleta de Dados Simplificada (CDS) da estratégia e-SUS APS, além dos sistemas próprios ou de terceiros.

Além disso, também será feita a higienização dos CNS dos profissionais no Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB). Assim, serão considerados todos os CNS cadastrados por CPF, garantindo que não haja prejuízo nos relatórios e indicadores de saúde.

Passo a passo

Após a atualização para a versão 4.3.20 do SCNES, os municípios e o Distrito Federal deverão seguir os seguintes passos:

1) Atualizar o CNES

2) Baixar o novo arquivo XML do CNES

3) Importar o arquivo XML do CNES no PEC e-SUS APS

4) Informar aos profissionais sobre o número do CNS utilizado para os sistemas e-SUS APS




Portaria Nº 2.573

Suspende na competência financeira agosto de 2021 a transferência de incentivos financeiros das equipes e serviços da Atenção Primária, com irregularidades no cadastro de profissionais no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).

Acesse a portaria na íntegra clicando aqui

Portaria Nº 2.564

Habilita o Estado, Município ou Distrito Federal a receber recursos financeiros de capital destinados à execução de obras de ampliação.

Acesse a portaria na íntegra clicando aqui.

Portaria Nº 2.468

Altera a Portaria de Consolidação GM/MS no 06, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.

Acesse a portaria na íntegra clicando aqui.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Informe MS

 



MS credencia municípios para atuação de novos Agentes Comunitários de Saúde

Data de publicação: 21/12/2021


Secretário de Atenção Primária à Saúde assinou portaria que autoriza a liberação de recursos para financiamento mensal dos profissionais


Municípios no Pará, Amazonas, Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo poderão contar com novos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Em portaria assinada pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, nesta terça-feira (21), o Ministério da Saúde habilitou nove cidades a credenciarem 805 novos profissionais de saúde para atuarem nas localidades.

A medida foi assinada durante visita do secretário a Macapá (AP), um dos municípios atendidos com a portaria. Mais de 300 Agentes Comunitários de Saúde devem ser custeados pelo Ministério da Saúde mensalmente na capital do Amapá.  

Para Câmara, o papel dos agentes cria vínculos e aproxima a população da saúde, devendo ser realizado com comprometimento. "Vocês ACS têm papel importante e precisamos de vocês junto à comunidade, criando alternativas para melhorar as condições de saúde do Amapá e no contato direto com as equipes. Vocês são ainda parte chave no processo de rastreamento e monitoramento dos casos de covid e essenciais para que mais pessoas vacinem", disse.

Os recursos para custeio dos novos credenciamentos começam a ser repassados pelo Governo Federal aos estados e municípios a partir do momento em que são de fato implementados, ou seja, iniciam o atendimento à população. As contratações, assim como o início das atividades dos novos profissionais e serviços, competem aos gestores municipais e estaduais.

A secretária municipal de saúde de Macapá, Karlene Lamberg, destacou que as habilitações vão permitir avanços para a categoria de agentes. “Estamos muito felizes. É uma vitória. Os agentes comunitários sempre foram profissionais queridos pela gestão. Sempre tiveram importância. A nossa prioridade principal é a saúde da população de Macapá”, destacou.

Para Abimael dos Reis Santos, que atua como Agente Comunitário de Saúde em Macapá, a assinatura da portaria é uma vitória para os profissionais de saúde e para a população local. “Essa medida concretiza algo que esperávamos há anos. Nós só temos a comemorar essa grande vitória dessa nova gestão”, afirmou. 

Além de Macapá, confira os municípios credenciados pela portaria:

•    Barreirinha (AM): 12 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Careiro (AM): 4 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Bujaru (PA): 1 novo Agente Comunitário de Saúde;
•    Limoeiro do Ajuru (PA): 14 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Mojú (PA): 110 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Oeiras do Pará (PA): 15 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Macapá (AP): 304 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Campos os Goytacazes (RJ): 85 novos Agentes Comunitários de Saúde;
•    Osasco (SP): 260 novos Agentes Comunitários de Saúde.

Agentes Comunitários de Saúde

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica à saúde. Eles também são responsáveis por desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, tendo como foco as atividades educativas em saúde, em domicílios e coletividades. O ACS é o profissional que realiza a integração dos serviços de saúde da atenção básica com a comunidade, a porta de entrada da população ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Acese as fotos aqui.



Informe MS



 

Inscrições para o prêmio APS Forte no SUS seguem abertas até 31 de dezembro

Data de publicação: 21/12/2021


Gestores e profissionais de saúde que ainda não enviaram relatos de experiências na Atenção Primária têm mais uma oportunidade para participar


Com a normalização do servidor do Ministério da Saúde após instabilidades tecnológicas na rede, uma nova data foi definida para envio de relatos de experiências ao Prêmio APS Forte no SUS – integralidade do cuidado. Agora, o prazo para as inscrições é 31 de dezembro.

Gestores e profissionais de saúde que ainda não enviaram relatos de experiências na Atenção Primária terão, portanto, mais uma oportunidade para participar. A comissão organizadora lembra que também é possível editar projetos já inscritos e assegura que as inscrições confirmadas não foram afetadas pela instabilidade dos serviços enfrentada na semana passada.

Prêmio APS Forte no SUS
A iniciativa busca reconhecer as melhores experiências da assistência feita na APS em todo o País, levando em conta os desafios impostos pela pandemia. O objetivo é promover a troca de conhecimento e usar os melhores exemplos como subsídio para a melhoria das políticas desenvolvidas no âmbito federal. As quatro experiências vencedoras serão premiadas com uma viagem para os autores e até dois coautores. Será uma viagem de formação para conhecer uma experiência internacional de organização de rede de atenção à saúde centrada na Atenção Primária, ainda a ser indicada.

ATENÇÃO!
A comissão organizadora alerta para que o banner que aparece ao clicar em “Faça sua inscrição aqui”, na plataforma para inscrição, seja desconsiderado, por trazer informação errônea sobre o prazo. Com as intercorrências na rede do Ministério, ainda não foi possível removê-lo. Assim, basta apenas clicar em “OK’ e seguir com a inscrição normalmente.

Confira o edital e acesse a plataforma para inscrição.

Leia também
Prêmio APS Forte no SUS 2021 abre inscrições
 


Informe MS



 

Entenda as principais diferenças entre o Mais Médicos e o Médicos pelo Brasil

Data de publicação: 17/12/2021


O programa federal de provimento de profissionais médicos para a Atenção Primária está em transição. Saiba o que muda


 Foto: arquivo EBC

O Médicos pelo Brasil (MpB) foi lançado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de fixar o profissional e com alta vulnerabilidade social. O programa vai substituir gradativamente o Mais Médicos. Há diferenças significativas entre os dois e, para que, durante o período de implementação do MpB, as equipes de saúde não fiquem sem os profissionais, ambos os programas seguirão vigentes durante a transição. Isso significa que diferentes editais estarão correndo paralelamente. Então, atenção para a operacionalização de cada um.

Tanto os gestores municipais e distritais quanto os profissionais médicos que queiram participar dos programas precisam estar atentos para não perderem nenhuma etapa dos cronogramas. Lembrando que Médicos pelo Brasil foi instituído pela Lei nº 13.958 e será executado pela Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps).

A agência foi instituída pelo Decreto nº 10.283, em março de 2020, e ela pode firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e outras ferramentas de gestão com órgãos e entidades públicas e privadas. A principal finalidade da Adaps é levar médicos para a Atenção Primária e organizar e qualificar o fluxo de assistência. Confira aqui as regras do programa. Com a implementação da Adaps, o Edital de seleção sairá ainda no primeiro trimestre de 2022, com até 5 mil profissionais para ingresso.

Confira o quadro abaixo que apresenta as principais diferenças.

MAIS MÉDICOS

MÉDICOS PELO BRASIL

Chamamento Público

Processo seletivo estruturado

Médico é bolsista durante toda a sua permanência no programa (3 anos prorrogáveis por igual período)

Médico selecionado, após especialização em medicina de família e comunidade, passa a ser contratado como celetista da Adaps com expectativa de progressão de carreira

Visa a atender municípios de todos os perfis, com representativa parcela de suas vagas, inclusive, em grandes centros urbanos

Visa a atender prioritariamente aos vazios assistenciais do Brasil, com vagas em municípios de difícil provimento e alta vulnerabilidade, com descrição estabelecida em lei e maior concentração de vagas no Norte e Nordeste do País

Operacionalizado pela Saps por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps)

Operacionalizado por meio da Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps) com supervisão do Ministério da Saúde

Programa interministerial (Ministério da Saúde e Ministério da Educação)

Programa do Ministério da Saúde

Como ficam os editais do Mais Médicos?

edital do 24º ciclo já em andamento tem possibilidade de ingresso de até 1.476 profissionais. Haverá um edital excepcional para cumprimento da Lei nº 14.259/2021, que prevê prorrogação por mais um ano de 26 intercambistas e reincorporação de 243 intercambistas, também pelo mesmo período.

Existe a possibilidade de um novo edital Mais Médicos, a depender do número de vagas preenchidas após a finalização do 24º ciclo. Mas não é só isso. Confira as últimas atualizações sobre a prorrogação dos editais vigentes:

15º ciclo: a partir de janeiro de 2022, 416 profissionais poderão ter os contratos prorrogados;
16º ciclo: está em andamento, e 2.003 profissionais manifestaram interesse na prorrogação
17º ciclo: a partir de janeiro de 2022, 1.709 profissionais poderão ter os contratos prorrogados;
18º ciclo: a partir de junho de 2022, 1.433 profissionais poderão ter os contratos prorrogados.

Para acessar todos os documentos dos editais do Mais Médicos, clique aqui.

Paula Bittar
Ministério da Saúde

Informe MS




Ministério da Saúde lança publicação para cuidados de gestantes com diabetes mellitus

Data de publicação: 16/12/2021


Documento propõe organização dos serviços de saúde e recomendações para o cuidado integral e resolutivo de pacientes com diabetes gestacional no SUS


Da esquerda para a direita - Presidente da Febrasgo, Agnaldo Lopes Filho; secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara; diretor do departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Antônio Braga Neto. Foto: Tatiany Volker

Para qualificar e aprimorar o cuidado integral e a assistência às gestantes com hiperglicemia no País, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (14/12), em Brasília, em parceria com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o livro Cuidados Obstétricos em Diabetes Mellitus Gestacional no Brasil. 

A publicação é voltada a gestores e profissionais de saúde e descreve a organização e a hierarquização da assistência obstétrica nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) e demais pontos de cuidado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“Reunimos as melhores evidências científicas neste livro, de acordo com as diversas condições técnicas e financeiras das regiões do País, de modo a proporcionarmos maior qualidade e integralidade no cuidado das gestantes com diabetes no País”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara. 

Para o diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Antônio Braga Neto, a ideia é otimizar os serviços de saúde, favorecendo suas potencialidades e minimizando eventuais fragilidades da rede, de forma a garantir os cuidados adequados às necessidades de cada gestante. "Esperamos garantir, de forma pública, gratuita e universal, como preconiza nosso sistema de saúde, a melhor assistência obstétrica e a segurança para nossas gestantes e para o fruto de seus ventres, as novas gerações de nossa Pátria Amada Brasil”, afirmou. 

Lopes Filho destaca pontos da publicação (à esquerda) - Foto: Tatiany Volker

O documento é o terceiro da série que aborda a temática de diagnóstico, tratamento e cuidados obstétricos do diabetes mellitus gestacional (DMG) no Brasil e que, de acordo com o presidente da Febrasgo, Agnaldo Lopes Filho, “apresenta recomendações elaboradas e validadas por consenso de profissionais especializados na assistência à saúde da mulher”, validou. 

O próximo desafio do grupo, segundo o presidente da SBD, Domingos Augusto Malerbi, é enfrentar o cenário dos “cuidados pós-parto” em mulheres com DMG. “Nossa perspectiva agora é manter os esforços do grupo e dar continuidade a esse trabalho de consenso entre especialistas para a elaboração de recomendações e respectivas estratégias para adesão aos cuidados pós-parto da mulher com DMG no Brasil”, apontou.

Homenagens

Durante o evento, foi realizado homenagem às médicas ginecologistas Dra. Iracema de Mattos Paranhos Calderon e a Dra.  Marilza Vieira Cunha Rudg, profissionais da saúde que dedicaram suas vidas aos cuidados das mulheres gestantes com diabetes no País.

Confira mais fotos do evento aqui. 

Diabetes mellitus

O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Desenvolvida durante a gravidez, o diabetes mellitus gestacional (DGM) pode acarretar riscos à saúde da gestante e do feto, em curto, médio e longo prazos, o que torna o cuidado e tratamento dessa síndrome metabólica uma prioridade nos cuidados em saúde. A atenção pré-natal diligente, promovendo microambiente uterino saudável para o desenvolvimento do feto, poderá reduzir, inclusive, doenças prevalentes na vida adulta, como hipertensão e diabetes mellitus.
 


Informe MS




omunicado do Programa Médicos pelo Brasil

Data de publicação: 15/12/2021


Em função da manutenção preventiva na rede do MS serão retificados os cronogramas para as etapas de manifestação de interesse no Edital para adesão dos municípios e distritos 


 

Prezado(a) gestor(a) municipal e coordenador DSEI,  

O Ministério da Saúde, por intermédio da Coordenação-Geral de Provisão de Profissionais para APS (CGPROP/DESF/SAPS/MS) informa que a manutenção preventiva que está sendo realizada na rede do Ministério da Saúde se estenderá durante toda esta quarta-feira 15/12/2021. 

Desta forma, os cronogramas com as datas previstas para as etapas de manifestação de interesse no Edital de chamamento público para adesão dos municípios e distritos ao Programa Médicos pelo Brasil (PMpB) serão retificados. 

Ressaltamos que, na 1ª Etapa, o responsável legal deverá acessar o sistema e-Gestor, por meio do endereço eletrônico https://egestorab.saude.gov.br/paginas/login.xhtml, ler e aceitar a Declaração de Manifestação de Interesse no PMpB. 

Para os municípios e distritos que deverão proceder à 2ª Etapa, ressalta-se que o responsável legal deverá indicar o quantitativo de vagas, respeitando o quantitativo máximo de vagas disponibilizadas pela SAPS/MS para seleção de médicos no ano de 2022, e ler e aceitar o Termo de Adesão e Compromisso ao PMpB. 

Por fim, orientamos que o gestor da Atenção Básica faça o login no sistema e-Gestor AB, pelo do endereço eletrônico https://egestorab.saude.gov.br/, para verificar se o acesso se encontra normalizado. Caso o município não tenha esse perfil cadastrado e ativo, deverá solicitar o acesso ao gestor da Atenção Básica cadastrado na plataforma. E, para os municípios sem o acesso ao e-Gestor AB, estes deverão utilizar o CNPJ do Fundo Municipal para efetuar o primeiro cadastro e gerência dos usuários do município. 

Em caso de dúvidas, visite nossa página de suporte ao sistema (https://egestorab.saude.gov.br/paginas/documentos.xhtml) com vídeos e tutorias que orientam os usuários sobre os acessos ao sistema, bem como apresentam solução para as dúvidas frequentes do e-Gestor AB. 

Atenciosamente, 

Coordenação-Geral de Provisão de Profissionais para APS – CGPROP/DESF/SAPS/MS


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Notícias

A Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência, da SEVS/SES-PE, divulga o informe consolidado, referente aos casos de tentativas de suicídio notificados na Plataforma do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/PE), de janeiro a outubro de 2021.

Notícias

A Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência, da SEVS/SES-PE, divulga o informe consolidado, referente aos casos de violência sexual notificados na Plataforma do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/PE), de janeiro a outubro de 2021.


Portaria Nº 2.545

Habilita o Estado, Município ou Distrito Federal a receber recursos financeiros de capital destinados à execução de obras de ampliação.

Acesse a portaria na íntegra clicando aqui.

Portaria Nº 2.541

Habilita o Estado, Município ou Distrito Federal a receber recursos financeiros de capital destinados à execução de obras de construção.

Acesse a portaria na íntegra clicando aqui.

Informe MS



 

Ministério da Saúde não recomenda o parto domiciliar no Brasil

Data de publicação: 11/12/2021


Nota técnica traz orientações para garantir a segurança no cuidado materno-infantil durante o parto


Crédito: dliban/CC

O Ministério da Saúde publica Nota Técnica nº 2/2021 que traz recomendações para a escolha consciente e segura do local adequado para o parto. A Pasta defende o ambiente hospitalar como o local de maior segurança para o nascimento, devido, principalmente, à disponibilidade de equipe assistencial completa, equipamentos para assistência emergencial, entre outros insumos tecnológicos.

A Pasta empenha esforços para qualificar os cenários de parto e nascimento do país a partir da educação continuada para a atualização de práticas; da ampliação do acesso à rede, por meio do fomento técnico e financeiro; da garantia da segurança materno-infantil, caracterizada pelo suporte necessário para intervir, de forma adequada, de acordo com a necessidade; da gestão aprimorada das indicações das intervenções, tanto visando a reduzir os agravos evitáveis quanto a elevar a satisfação das gestantes em uma experiência positiva para o parto.

Cerca de 3 milhões de nascimentos acontecem no Brasil, a cada ano, sendo 98% deles em ambientes hospitalares, sejam públicos ou privados. Isso atesta a confiança da população brasileira no parto hospitalar. Além disso, a prática obstétrica, em conformidade com outras áreas em saúde, tem passado por mudanças importantes nos últimos 20 anos, direcionando-se na promoção do resgate às características fisiológicas do parto e nascimento, sem contrapor-se ao preceito fundamental da segurança integral da mãe e do bebê.

Essas mudanças aumentaram as expectativas para um cenário de parto e nascimento menos instrumentalizado, questionando a real necessidade de procedimentos que, por falta de evidências científicas, não devem ser indicados rotineiramente, como a episiotomia, além de reconhecer práticas que não devem mais ser utilizadas, como o enema pré-parto (preparação intestinal) e a tricotomia perineal (raspagem dos pelos pubianos).

Acesso à informação
A gestante deve ter suas escolhas respeitadas. Para que possa exercer seus direitos, ela precisa ser informada sobre as vantagens e os possíveis riscos a respeito do local de sua escolha para o cenário de parto e nascimento. As informações são fundamentais durante o pré-natal para trazer maior tranquilidade ao parto e nascimento. 

Quando comparado ao ambiente hospitalar, o parto que ocorre em ambiente domiciliar está associado a menor quantidade de intervenções como, por exemplo, a indução do trabalho de parto. Estar em casa pode trazer um conforto maior à mulher, entre outras possibilidades, contudo, não há estudos substanciais que atestem que não há riscos para a mulher e o bebê.

Tendo a segurança como principal fator a ser considerado na escolha do cenário de parto, uma parcela importante da literatura científica aponta que o ambiente para o nascimento nascimento em domicílio está associado a, pelo menos, risco duas vezes maior de morte perinatal e três vezes maior de disfunção neurológica grave do recém-nascido.

Vale ressaltar que, até o momento, não há grande oferta de estudos clínicos randomizados, com metodologia rigorosa, que corrobore uma suposta segurança no nascimento em ambiente domiciliar. A maioria das informações sobre o tema deriva de estudos observacionais, com sérias limitações metodológicas, incluindo: pequeno número amostral, preenchimento de dados inconsistentes, ausência de grupos controle, dificuldade em distinguir os partos planejados dos não planejados, ampla variação sobre a necessidade das habilidades dos profissionais assistentes ao parto, além de avaliação não precisa ou homogênea sobre as complicações.

Portanto, o Ministério da Saúde do Brasil, ancorado no princípio da precaução ou prudência, e baseando-se no eixo da garantia da segurança no cuidado materno-infantil, desaconselha o parto domiciliar no contexto brasileiro. Recomenda, ainda, que todas as gestantes recebam orientações sobre os riscos relacionados ao parto em ambiente domiciliar e pactua da necessidade de ampliação, organização e qualificação da estrutura física da rede de assistência materno-infantil brasileira, a fim de garantir melhores desfechos para as famílias.


Informe MS

 



Participe da pesquisa do Ministério da Saúde sobre temas para boletins temáticos da Biblioteca

Data de publicação: 10/12/2021


Dentre os assuntos sugeridos, estão prevenção à hanseníase, saúde mental e saúde do trabalhador


O Ministério da Saúde quer saber quais temas você gostaria de ver em 2022 nos boletins temáticos produzidos pela Biblioteca da pasta. As publicações são realizadas mensalmente, sempre com assuntos relevantes sobre as principais datas e pautas da Saúde.

Para participar, você pode escolher entre dois temas para cada mês, ou propor um assunto na linha "outro". Dentre as sugestões, estão prevenção à hanseníase, saúde mental, saúde do trabalhador, doação de sangue ou combate às hepatites virais, por exemplo.

Acesse aqui o formulário de pesquisa.

Confira aqui todas as publicações.


Informe MS



 

Gerente de unidade básica de saúde: participe da pesquisa sobre o trabalho nas UBS

Data de publicação: 08/12/2021


Iniciativa é fruto de parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal Fluminense, e pretende identificar perfil e desafios de gestão para elaborar orientações e serviços


Foto: Paula Bittar

Mais de 50 mil unidades básicas de saúde (UBS) estão espalhadas pelo Brasil, inseridas nas comunidades, e seu funcionamento impacta diretamente o bem-estar da população. Para entender os mecanismos de funcionamento desses espaços e contribuir com o melhor gerenciamento das UBS, o Ministério da Saúde lançou, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), a pesquisa Trabalho, gestão e micropolítica em Saúde: um estudo sobre a dinâmica da educação permanente na Atenção Primária.

A investigação tem o objetivo de conhecer o perfil e o processo de trabalho das pessoas que coordenam as UBS, reunir dados sobre a atuação prática do gerente e compreender os desafios cotidianos. A partir das informações reunidas, cujos resultados serão compartilhados com o público, será feita a organização de materiais de orientação para aprimoramento da gestão e oferta de serviços no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS).

“Os gerentes de unidades básicas de saúde são essenciais para o funcionamento da APS, e do SUS de forma geral”, lembra o coordenador-geral de Garantia dos Atributos de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Antônio Leopoldo Neto. “Vamos reunir evidências para justificar e valorizar as ações desenvolvidas por esses profissionais”, explica.

Ao todo, são 29 questões, além de um espaço para avaliar o formulário e deixar comentários. As perguntas englobam assuntos como cor, formação, tempo de experiência, relação com os atributos da APS, ferramentas de gestão utilizadas, manejo dos casos clínicos, dificuldades e principais ações realizadas, entre outros.

Para participar, basta preencher corretamente o formulário da pesquisa até 30 de março de 2022.

Acesse mais informações pelo site da pesquisa. Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail gestaoaps.cme@id.uff.br.


Informe MS



 

Saúde lança e-book para assistência a adolescentes em medida socioeducativa

Data de publicação: 07/12/2021


O instrutivo busca mudar a realidade do atendimento em saúde dos adolescentes em conflito com a lei com base na Pnaisari


Um longo caminho foi percorrido até a instituição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Conflito com a Lei (Pnaisari), em 2014. No contexto em que surgiu, buscava-se garantir assistência adequada aos jovens em medida socioeducativa. Em sete anos, conseguiu expandir as 62 equipes de referência presentes em 11 estados para 181 em 16 entes federativos. Para auxiliar os gestores na implementação da Política, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (7/12), em um encontro online com técnicos municipais e estaduais, e-book com orientações.

O instrutivo busca mudar a realidade do atendimento em saúde dos adolescentes em conflito com a lei com base na Pnaisari, incluindo essa população no Sistema Único de Saúde (SUS). Traz, ainda, as diretrizes para a promoção da saúde e organização dos serviços para a atenção integral à saúde de adolescentes, que orientam tanto as ações para aqueles que cumprem medida em meio aberto quanto em meio fechado.

A implementação da Política passa ser até uma tarefa fácil depois da leitura do e-book. O fato é que a equipe da Coordenação de Garantia da Equidade da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Coge/Saps) elaborou um material simples, direto e de fácil leitura. O instrutivo responde a todas as dúvidas dos gestores. Um dos capítulos traz o que é necessário para organizar o fluxo do atendimento de acordo com a Pnaisari. Outro aborda as ações de saúde mental que podem ser realizadas para essa população.

A Pnaisari
Para o coordenador da Coge, Marcus Peixinho, a Pnaisari implicou uma mudança de postura por parte dos profissionais, que passaram a escutar as demandas dos adolescentes, com o acolhimento de suas histórias, de suas condições de vida e, consequentemente, de suas necessidades em saúde. “A escuta permite que o profissional vá além da análise estrita do adoecimento e seus sintomas isolados para efetivar o cuidado integral à saúde dessa população. Somente nessa perspectiva é que a Saúde poderá contribuir, de fato, para a ressocialização dos adolescentes em atendimento socioeducativo”, afirmou o coordenador.

Na época em que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Conflito com a Lei foi publicada, mais da metade das instituições não tinha ambulatório, havia dificuldade para encaminhamento dos internos, entre outros problemas. A Política, nos últimos anos, buscou compreender o adolescente como sujeito de direito, integrar as ações de saúde e incluir o profissional de saúde mental na equipe de referência. Na perspectiva de continuar ampliando o acesso dos jovens em medida socioeducativa  à saúde, o instrutivo é um forte aliado dos gestores nesse trabalho contínuo de garantir a equidade em todos os âmbitos do SUS.