segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Notícias

Webpalestra: Hipertensão na Gestação: Diagnóstico e manejo Terapêutico

Data: 30/11
Horário: 14 h

Link de transmissão: Telessaude SESPE 

Certificação: Ambiente Virtual de Aprendizagem - NET SES/PE






Informe MS



 

Indicadores de desempenho e premiação a gestores municipais são destaque durante 11ª reunião da CIT

Data de publicação: 26/11/2021


Plano de enfrentamento das mortalidades materna e infantil também foi tema levantado durante o encontro tripartite


Crédito: Mike | Ascom/MS

Crédito: Mike | Ascom/MS

A Atenção Primária à Saúde (APS) foi novamente tema de destaque durante a 11ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, nesta quinta-feira (25). Na ocasião, foram apresentadas propostas para alcance de indicadores de desempenho do Previne Brasil em 2022 e mais gestores municipais foram reconhecidos por seu trabalho no âmbito da APS.

Receberam os certificados de reconhecimento APS de Qualidade os secretários municipais de saúde dos municípios de Emas, na Paraíba; de São Francisco, também no estado paraibano; de Coqueiro Seco, em Alagoas; de Flor do Sertão, em Santa Catarina; e de Olímpio Noronha, em Minas Gerais. São eles, respectivamente: Hercília Karolina de Araújo Loureiro; Anniely Socorro Fernandes da Silva; Aline Augusta Tenório Toledo da Costa; Maristela de Fátima Cassol Valler; e Welington Rocha de Oliveira.

Indicadores de desempenho do Programa Previne Brasil

Quanto às novidades propostas para o alcance dos indicadores de desempenho do atual financiamento da APS, elas foram levadas pelo líder da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS), Raphael Câmara. “Nós discutimos com o Conass e o Conasems a necessidade de virarmos a chave. Para isso, estamos capacitando os municípios e rodando o País para conseguirmos que todos os municípios trabalhem bem e que tenham acréscimo em seu orçamento e não o contrário”, afirmou.

Ainda segundo o secretário, a pactuação deve alterar a Portaria nº 3.222, de 10 de dezembro de 2019. “É unânime o compromisso de que precisamos virar essa chave de forma cuidadosa e gradativa. E as mudanças que anunciaremos também refletem a escuta que estamos fazendo nas oficinas de capacitação que temos executado. Temos percorrido o Brasil inteiro e reunido representantes de todos os municípios, literalmente, o que amplia nossa percepção da diversidade e desafio de cada município brasileiro. E, se for importante mais alguma nova mudança, nós a faremos”, garantiu o secretário.

A proposta levantada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), e dialogada de forma tripartite, estipula que os municípios brasileiros alcancem dois indicadores para o primeiro quadrimestre de 2022, mais três indicadores para o segundo quadrimestre, e que completem o alcance dos sete indicadores totais no último quadrimestre de 2022.

“Importante dizer que já há um grupo de trabalho junto com ao Conass e ao Conasems criado para a discussão de eventuais ajustes dos indicadores, para que sejam sempre justos, e esse é um dos compromissos que temos. Também incluiremos na minuta da portaria a utilização de saldo remanescente dentro do PO Desempenho, e continuaremos as oficinas pelo Brasil também em 2022, já focados no desempenho”, afirmou a secretária substituta da Saps, Daniela Ribeiro.

Plano de Enfrentamento das Mortalidades Materna e Infantil

A 11ª Reunião da CIT também foi espaço para o anúncio do cronograma de finalização do Plano de Enfrentamento das Mortalidades Materna e Infantil (PEMMI). Durante o encontro, o secretário da Saps defendeu grande divulgação do planejamento e garantiu que este estará finalizado até o final do ano.

As ações em andamento incluem a revisão das portarias da Rede Cegonha com a proposta de criação de novos serviços; a criação de um Guia orientador para gestores na redução da mortalidade materna e infantil e a discussão dos indicadores de Mortalidade Materna e Infantil (MMI) que serão monitorados por macrorregião de saúde.

APS Forte

Durante a reunião, o secretário Raphael Câmara divulgou, ainda, o número parcial de inscritos na  terceira edição do Prêmio APS Forte no SUS: Integralidade no Cuidado, que visa reconhecer o esforço dos profissionais no âmbito da atenção primária. “Até o momento, são 62 experiências cadastradas de 46 municípios. Isso é muito importante não só para mostrar boas experiências para o Brasil inteiro e estimular mais avanços, mas também para darmos visibilidade a experiências de municípios menores que muitas vezes ficam escondidas e não são reconhecidas e nem alcançam aqueles que deveriam para inspirar boas práticas. Nós vamos mostrar pro Brasil quem trabalha bem”, frisou.

Assista o registro de transmissão da 11ª CIT/2021, na íntegra, aqui.

Leia também

Saúde reconhece o trabalho de municípios na gestão da Atenção Primária

 

Priscilla Leonel
Ministério da Saúde


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Informe MS



 

Secretário de Atenção Primária à Saúde participa de Dia D da megavacinação contra a Covid-19

Data de publicação: 22/11/2021


Força-tarefa realizada pelo Ministério da Saúde nas cinco regiões do Brasil incentiva a imunização completa contra a doença e a dose de reforço


Quem ainda não tomou a segunda dose da vacina Covid-19 ou já pode reforçar a imunidade com a dose de reforço teve a oportunidade de procurar os postos de vacinação neste sábado (20) em todo o Brasil. O Ministério da Saúde realizou a campanha nacional da Mega Vacinação em todo país. O Dia “D”, que abriu os trabalhos da campanha, ocorreu em todos os estados e contou com transmissão ao vivo de seis capitais brasileiras espalhadas pelas cinco regiões. No Sul, a ação ocorreu na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, em Curitiba, no Paraná. Até às 11 horas da manhã, a UBS já tinha vacinado cerca de 400 pessoas e o município imunizado mais de 3 mil paranaenses.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estava na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ), e falou com os secretários do Ministério que estavam em diferentes estados brasileiros. Ao chamar o Secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Raphael Câmara, em Curitiba, Queiroga reforçou que o governo do presidente Jair Bolsonaro prioriza a porta de entrada do SUS por ter ciência que ela consegue sanar cerca de 80% dos problemas de saúde dos brasileiros. “Mega Vacinação não é esse dia. Mega Vacinação é o que estamos fazendo. É a tradição do Brasil. O Sistema Único de Saúde tem essa tradição. E mesmo antes do SUS, nós já fazíamos isso com muita propriedade. O Programa Nacional de Imunizações existe desde 1976. E o que nós queremos? Queremos que cada um dos brasileiros que estão aptos a receber a vacina, procure livremente as nossas salas de vacinação”, afirmou Queiroga.

O secretário da Saps, Raphael Câmara, lembrou que a atenção primária é a porta de entrada do SUS e está sempre pronta para atender os brasileiros. “Esse esforço conjunto existe para que consigamos a imunização completa da nossa população. Nossa campanha reforça o comprometimento do governo Federal em cuidar dos brasileiros. O SUS está de portas abertas!”, afirmou.

 

Foto: Mike Sena / Ascom


Os postos de imunização da região Sul estarão prontos para intensificar o esquema vacinal dos brasileiros até o próximo dia 26. A iniciativa tem como objetivo ampliar a cobertura vacinal contra a Covid-19. Além de Curitiba, outras cinco capitais brasileiras também sediam o evento da Mega Vacinação, são elas: Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Manaus (AM) e São Paulo (SP).

A Mega Vacinação chamará mais de 21 milhões de pessoas que estão aptas para receber a segunda dose para completar o ciclo vacinal. A força-tarefa será realizada até 26 de novembro. Até lá, os mais de 38 mil postos de vacinação do Brasil estarão preparados para atender a população e aplicar as vacinas necessárias.

Na região Sul, 1,9 milhão de pessoas estão aptas para a segunda dose. O Paraná é o estado do Sul que registra o maior quantitativo de pessoas com o ciclo vacinal incompleto. São 728.7 mil paranaenses que ainda não tomaram a D2, enquanto que no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina têm, respectivamente, 692,7 mil e 531,7 mil pessoas que ainda não concluíram seus ciclos vacinais.

Até o momento, mais de 360 milhões de vacinas foram distribuídas para os estados e o Distrito Federal. Dessas, 297 milhões foram aplicadas, sendo 157 milhões de primeira dose e 128 de segunda dose. Para a Região Sul, foram enviadas 52,1 milhões de doses. Dessas, 49,9 milhões já foram aplicadas. Para o Paraná, o Ministério da Saúde enviou milhões de 20 de doses, sendo que 16,4 milhões já foram aplicadas. Até o momento, mais de 8,8 milhões de paranaenses tomaram a primeira dose e 7,3 milhões completaram seus ciclos vacinais.

Reforço na imunização

A campanha ainda anuncia mais uma etapa importante para a imunização dos brasileiros: a ampliação da dose de reforço para toda a população adulta acima de 18 anos. Ela deve ser feita cinco meses depois da segunda dose. Em novembro, mais de 12 milhões de brasileiros estão aptos para reforçar a imunização. No Sul, 1,3 milhão podem ter sua imunização reforçada neste mês. Nessa região, 1,7 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço. Entre os que já tomaram a dose de reforço, os números por estado são: Paraná: 624 mil; Santa Catarina: 351 mil; e Rio Grande do Sul: 750 mil.

Mahila Lara
Ministério da Saúde


Notícias

A Gerência de Expansão e Qualificação da Atenção Primária (GEQAP), por meio da Coordenação Estadual do Consultório na Rua de Pernambuco, convida para participar do:



II FÓRUM PERNAMBUCANO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, com a seguinte temática: ‘’SAÚDE INTEGRAL: AVANÇOS E CUIDADO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA.’’

O evento tem como objetivo promover o conhecimento a respeito do programa e refletir sobre o papel da Atenção Primária no acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, na Arte Educação como ferramenta na redução de danos, cuidado integral para a população em situação de rua e identificar as iniqüidades estruturais e transversalidade nas políticas em saúde para esta população.

Período de inscrição para participar do evento:
A partir de 23/11/2021 até o dia 30/11/2021.

Link da inscrição: https://telessaude.pe.gov.br/ead/

O evento ocorrerá de forma presencial seguindo todas as normas e protocolos contra a Covid-19.

Data: 02 e 03 de dezembro
Horário: das 08h às 16:30h
Local do evento: UNINASSAU - Auditório Bloco B
Endereço - Rua Guilherme Pinto, 400 A - Derby


quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Informe MS



 

Prêmio APS Forte no SUS 2021: confira o edital atualizado

Data de publicação: 22/11/2021


Gestores e profissionais de saúde podem enviar relatos de experiências na Atenção Primária até dia 1º de dezembro


Para valorizar o trabalho das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), foi lançado este mês a nova edição do Prêmio APS Forte no SUS. A iniciativa busca reconhecer as melhores experiências da assistência feita na APS em todo o País neste ano, especialmente por conta dos desafios impostos pela pandemia.

Entretanto, atenção: desde o dia do lançamento, o edital passou por uma atualização, bem como o endereço da plataforma de adesão, disponível neste link. Já o edital atualizado é acessado por aqui.

Experiências

A partir dos relatos dos gestores e trabalhadores, o objetivo é promover a troca de conhecimento e usar os melhores exemplos como subsídio para a melhoria das políticas desenvolvidas no âmbito federal. Poderão se inscrever profissionais individuais do SUS, equipes de Saúde da Família, coordenações de Atenção Básica/Primária ou Promoção da Saúde regionais ou municipais, Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde, além de entidades filantrópicas, instituições de ensino ou organizações sociais que trabalham em parceria com o SUS.

Os relatos de experiência deverão ser enviados em formato on-line, no portal APS Redes, até 1° de dezembro deste ano. Será permitida uma experiência por autor(a) com os seguintes campos preenchidos: linha temática; local da experiência; data de início da experiência; título do relato; autor(a); contextualização; objetivo; histórico da experiência, resultados; considerações finais; coautores (até dois); e integrantes da equipe (se houver).  Esses depoimentos poderão ser atualizados após a inscrição, durante o processo de curadoria.

Cuidado integral

O tema deste ano é a integralidade no cuidado. O termo integralidade é um princípio do SUS e também um atributo essencial da APS para compreender a amplitude do cuidado da saúde humana, extrapola a ciência biomédica  e avalia a pessoa em todas as esferas de sua vida. Esse olhar diferenciado faz com que as equipes de saúde da Atenção Primária sejam capazes de compreender as causas desses problemas de saúde, resolvê-los ou de direcioná-los a outros pontos da rede de assistência.

A escolha do tema também marca o reconhecimento da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) no Ministério da Saúde. Criada em 2019, a Saps uniu diversos departamentos do Ministério da Saúde em torno de um comando único, a fim de reforçar o papel da APS como ordenadora do sistema de saúde. Atualmente, ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, ciclos de vida, saúde mental e proteção a populações em situação de vulnerabilidade estão integradas aos serviços de saúde básicos, buscando promover o atendimento integral das necessidades da população.

Como funciona

Ao todo, a premiação contemplará quatro eixos: organização dos serviços de APS para o atendimento integral; integralidade e equidade; atenção integral nos ciclos de vida; e promoção da saúde. No primeiro eixo, as experiências inscritas poderão abarcar ações de enfrentamento à covid-19, ampliação do acesso a serviços, organização da saúde bucal e uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).

Já o segundo traz como linhas temáticas a organização dos serviços de APS para o acolhimento e atendimento das populações em situação de vulnerabilidade e ações e estratégias de acolhimento intersetoriais ou de saúde mental às populações em minoria, como quilombolas e refugiados. O terceiro eixo contempla a saúde da criança, dos adolescentes e jovens, da mulher, do homem e do idoso. E o último trata da alimentação adequada e saudável, atividades físicas, enfrentamento do uso do tabaco e derivados e enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas.

As quatro experiências vencedoras, uma de cada eixo, serão premiadas com uma viagem para os autores e até dois coautores por experiência. Será uma viagem de formação para conhecer uma experiência internacional de organização de rede de atenção à saúde centrada na Atenção Primária, ainda a ser indicada.

A iniciativa é organizada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), e conta como apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Notícias

A SVS / MS divulga o Boletim Epidemiológico 41 / 2021, que trata do Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes (dengue, chikungunya e zika), semanas epidemiológicas 1 a 44, 2021.

Informe MS



Sistemas de informação em vigilância alimentar serão abordados em webinário no dia 25 de novembro

Data de publicação: 18/11/2021


Profissionais de saúde e gestores das equipes da Atenção Primária poderão aprender e tirar dúvidas sobre a inserção de dados no e-SUS APS. Transmissão ficará gravada


Crédito: Pixabay

Com o objetivo de garantir a atenção nutricional adequada dos brasileiros, o Ministério da Saúde promoverá, na próxima quinta-feira (25), mais um encontro do Ciclo de Webinários Depros. Desta vez, o tema é Vigilância Alimentar e Nutricional e o uso de Sistemas de Informação em Saúde da Atenção Primária. 

“Além de abordar a importância do monitoramento da saúde alimentar dos atendidos, é essencial que os profissionais das equipes de saúde saibam inserir corretamente os dados coletados no e-SUS APS. Essas informações subsidiam o trabalho das unidades básicas e, também, a formulação e adequação de políticas públicas na área”, destaca a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini, responsável pela abertura do evento.

A programação segue com a técnica da CGAN Sara Silva fará uma apresentação sobre vigilância alimentar e nutricional na Atenção Primária à Saúde (APS) atualmente. Depois dela, os técnicos João Geraldo e Alyne Melo, da Coordenação de Informação da Atenção Primária da pasta, vão falar sobre o uso do e-SUS APS para o acompanhamento do estado nutricional e de marcadores de consumo alimentar da população; e também sobre os relatórios de validação do Sisab e a interface com municípios de sistema próprio.

Nos 30 minutos finais, os participantes poderão enviar perguntas aos palestrantes, que responderão ao vivo. O encontro será das 14h às 16h, pela página do Datasus, e ficará gravado. O webinário é organizado pelo Departamento de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.

Saiba mais

A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) consiste na descrição contínua e na predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população brasileira. Trata-se de uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), estratégia essencial para a atenção nutricional no Sistema Único de Saúde (SUS), pois influencia diretamente na organização e na gestão na rede. 

O procedimento pode incorporar a adoção de diferentes estratégias de vigilância epidemiológica, como inquéritos populacionais, chamadas nutricionais, produção científica, e ações desenvolvidas nos serviços de saúde, em especial na Atenção Primária. O Ministério da Saúde recomenda que seja realizada a avaliação de consumo alimentar, a antropometria de indivíduos de todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes) e o registro dos dados nos sistemas de informação da APS.




quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Notícias

Webpalestra: Pré-natal do Parceiro: desafios na Pandemia da Covid-19

Data: 18/11
Horário: 14h

Link de transmissão: Telessaude SESPE 
Certificação: Ambiente Virtual de Aprendizagem - NET SES/PE


Palestrantes:

Djalma Pereira de Lima Sobrinho

Enfermeiro especialista em Enfermagem Obstétrica e em Saúde Pública. Atua no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), gerente na USF Rio Doce V Etapa, Olinda – PE.

Jairo Santos
Psicólogo e Psicanalista, Coordenador de Saúde do Homem e da Pessoa Idosa de Olinda – PE.

Moderação
Valeria Pastor Alexandre de Araújo


Informe MS



Saps realiza Ciclo de Debates sobre a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)

Data de publicação: 17/11/2021


Eventos, realizados em parceria com a Opas, propõem debates sobre as práticas de atenção nutricional no SUS. Próximo encontro é dia 18/11. Inscreva-se!


Profissionais que atuam na promoção da alimentação adequada e saudável, estudantes, representantes da sociedade civil e demais interessados podem participar do Ciclo de Debates sobre a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), realizado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS/MS) e a Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Os encontros virtuais são transmitidos pelo canal da Opas no Youtube. O próximo evento será nesta quinta-feira (18/11) às 16 horas e terá como tema: “Saúde, Alimentação e Equidade”. O participante pode se inscrever no endereço: www.ciclopnan.com.br.

O objetivo da iniciativa é celebrar os 20 anos da PNAN, destacando também a evolução da agenda de alimentação e nutrição tanto no SUS como nas suas relações com as diferentes áreas de governo e sociedade civil. Os debates também são espaços para reflexões sobre os próximos desafios da política.

“A alimentação é o fator de risco que mais impacta na carga global de doenças da população brasileira. De dez indivíduos que entram numa Unidade Básica de Saúde, seis têm excesso de peso, o que pode ser consequência de uma alimentação inadequada. Nos encontros, propomos uma troca de saberes, estratégias e ferramentas que podem aprimorar as práticas dos profissionais”, explica Gisele Bortolini, coordenadora da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde.

A PNAN, dentre as suas diferentes ações e metas, propõe a deter o crescimento da obesidade, ampliar o consumo de frutas, legumes e verduras, reduzir o consumo regular de refrigerantes, organizar a atenção nutricional no SUS e estabelecer medidas para promover ambientes alimentares saudáveis. 

O encerramento do Ciclo de Debates será no dia 9/12 e abordará “A PNAN na perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional”.

Iniciado em setembro, o Ciclo disponibiliza os vídeos dos encontros anteriores para consulta e aprendizado. Confira abaixo. 



1º debate: Política Nacional de Alimentação e Nutrição no Brasil – 20 anos de história



2º debate: A demanda por novas práticas de atenção nutricional no Sistema Único de Saúde

3º debate: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável

 

Mais informações
Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)



 

Informe MS

 




População quilomba: plataforma do Ministério da Saúde tem novos campos para notificação de casos de Covid-19

Data de publicação: 16/11/2021


Ferramenta contribui para mapeamento detalhado da doença entre as 5,9 mil localidades quilombolas no Brasil, segundo dados do IBGE


Com o objetivo de reforçar a atenção à saúde da população quilombola e outras comunidades brasileiras no combate à pandemia, o Ministério da Saúde inseriu dois novos campos na ficha de notificação dos sistemas e-SUS Notifica para registro de Covid-19 em membros de povos ou populações tradicionais. A atualização é realizada por profissionais de Saúde.

A notificação mais específica é mais uma forma de reforçar o enfrentamento da pandemia e uma estratégia importante para mapear os casos nessas populações com mais detalhes. O Ministério da Saúde já enviou vacinas Covid-19 suficientes para a proteção de toda a população quilombola, estimada em 1,1 milhão de pessoas, em 5,9 mil localidades em várias regiões do país. Essa estimativa é feita de acordo com dados do IBGE.

Até agora, mais de 1 milhão de doses foram aplicadas nesse público. Do total, 578,1 mil foram para a primeira dose. Já 497,7 mil pessoas receberam a segunda dose.

A campanha de vacinação – a maior já feita na história do país – reflete em todos os índices do cenário epidemiológico do país. A média de móvel de casos e óbitos pela Covid-19 registram os patamares mais baixos desde o começo da pandemia. Desde abril de 2021, quando o pico da pandemia foi registrado, a queda na média móvel é de mais de 90%. A maioria dos estados também registra taxa de ocupação de leitos de UTI Covid abaixo de 50%.

Como deve ser feita a notificação

No primeiro campo deve ser informado se o paciente é membro de um povo ou comunidade tradicional (“sim/não”). Caso seja informado “sim”, é necessário selecionar a respectiva categoria de povos e comunidades tradicionais, com a disponibilização da relação, a qual inclui a população quilombola.

Veja a seguir como realizar o cadastro:

A plataforma de notificação contribui para o mapeamento dos casos de coronavírus no país, e atende à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à proteção da saúde pública da população quilombola.

O Ministério da Saúde vai realizar webinários e peças de divulgação para preparar as equipes de saúde para o preenchimento apropriado das informações no sistema oficial de notificação.

Leia aqui a lista de povos e comunidades tradicionais estabelecida em portaria do Ministério da Saúde.
 

Informe MS

 



Política Nacional de Promoção da Saúde completa 15 anos com seminário comemorativo

Data de publicação: 15/11/2021


De 16 a 25 de novembro serão realizadas uma série de atividades, palestras e debates sobre o tema. Inscreva-se


A ampliação e o fortalecimento das ações de promoção da saúde nos serviços e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) estão entre as diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), que completa 15 anos em 2021. A data será marcada por uma série de atividades, palestras e debates sobre o tema.

As ações terão a participação dos secretários de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, e de Atenção Primária, Raphael Câmara, que integram a estrutura do Ministério da Saúde. O objetivo é apresentar e debater as iniciativas estratégicas desenvolvidas a partir da política ao longo desse tempo, além de valorizar e dar visibilidade às ações de promoção da saúde desenvolvidas em todo o Brasil.

O Seminário de Comemoração dos 15 anos da PNPS apresentará informações e descobertas realizadas em diferentes contextos, que impactam no cotidiano e na realidade mediante às necessidades de cada território. Serão abordadas estratégias que têm o objetivo de promover a saúde da população, buscar melhores condições e modos de viver, tanto na saúde individual quanto coletiva, e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.¿

Realizado nos dias 16, 17, 18, 23 e 25 de novembro, o evento contará com a participação de estados, municípios e sociedade civil para reflexões e balanços nas perspectivas relacionadas à promoção da saúde no âmbito da atenção primária e da vigilância em saúde. Serão apresentadas experiências exitosas e boas práticas em promoção da saúde realizadas em diversos territórios brasileiros. Voltado para profissionais da saúde, gestores e sociedade, o seminário será transmitido pela plataforma Zoom, com acesso por aqui.

Os temas abordados serão os seguintes:

• Promoção da Saúde no Brasil;
• Gestão de Políticas e Planos de Promoção da Saúde;
• Estratégias para Municípios e Cidades Saudáveis;
• Promoção do Autocuidado;
• Cuidado em Rede e Promoção da Saúde;
• Intersetorialidade e seu Papel Central na Promoção da Saúde;
• Promoção da Saúde em Tempos de Pandemia da Covid-19;
• Promoção da Saúde e Prevenção e Controle do tabagismo;
• Estratégia de Monitoramento das Ações de Promoção da Saúde do Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças e Agravos não Transmissíveis, Brasil- 2021-2030;
• Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: Caminhos para a Construção Integrada da Agenda 2030 no país na Perspectiva da Promoção da Saúde;
• Vigilância de DANT Integrada: Discutindo Possibilidades para uma Inovação na Gestão em Saúde: Construa Conosco essa Proposta;
• Ruas Completas como Estratégia de Promoção da Saúde no Trânsito.

Acesse a programação neste link. E para garantir sua vaga, inscreva-se no webinar.aids.gov.br.

PNPS

Entre as iniciativas de promoção da saúde realizadas pelo ministério estão o repasse de recursos para Estados, Distrito Federal e municípios para a implementação programas como o Vida no Trânsito, Saúde na Escola, Estratégia Nacional para Prevenção e Atenção à Obesidade (Proteja) e Academia da Saúde. Além disso, foram realizados o monitoramento das ações de Promoção da Saúde por meio do Plano de Ações estratégicas para Enfretamento e por inquéritos de fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (Vigitel),¿Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), realizada a cada três anos, e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), com recente edição realizada em 2019, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Com a criação da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) há dois anos, foi criado, também, o Departamento de Promoção da Saúde (Depros), sendo uma de suas competências orientar e coordenar a Política Nacional de Promoção da Saúde. Com o intuito de orientar a gestão e equipes da unidades básicas de saúde, o Depros lançará, neste seminário, o documento “Recomendações para a Operacionalização da Política Nacional de Promoção da Saúde na Atenção Primária à Saúde”.

No contexto da pandemia de covid-19, foram realizados repasses financeiros específicos para o fomento de ações de promoção da saúde e apoio aos gestores por meio de reuniões virtuais e webinários. Além disso, foram repassados mais de R$ 200 milhões para estados e municípios, com o intuito de fortalecer a atenção precoce às pessoas com obesidade, diabetes mellitus, e hipertensão arterial sistêmica na APS no contexto da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) decorrente da pandemia do novo coronavírus.


Informe MS

 



Dia Mundial do Diabetes comemora os 100 anos da descoberta da insulina

Data de publicação: 14/11/2021


Atualmente, estão cadastrados 11,2 milhões de brasileiros com diabetes na Atenção Primária à Saúde do SUS. Confira dicas de prevenção e tratamento


Anualmente, o Dia Mundial do Diabetes é celebrado em 14 de novembro, uma data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar a conscientização a respeito da doença. E em 2021 há mais um motivo para comemorar: a descoberta da insulina, medicamento essencial para a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo, completou 100 anos.

“Com alta incidência na população brasileira, o diabetes é uma das prioridades nas ações de promoção da saúde do ministério”, reforça a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Patrícia Lisboa Izetti Ribeiro. “O centenário da insulina, distribuída gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), é um dos grandes marcos da ciência e uma conquista para a população”, opina.

Estima-se que, no Brasil, vivam aproximadamente 17 milhões de pessoas com diabetes - número que pode ser maior se considerados os não diagnosticados. Atualmente, estão cadastradas na Atenção Primária à Saúde (APS), 11,2 milhões de pessoas com diabetes, o que corresponde a 7,4% do total de cadastros. Em 2021, foram realizados 9,6 milhões de atendimentos para diabetes na APS, de janeiro a setembro, de acordo com dados do Sisab. Para mais dados sobre a doença no país, clique aqui .

Sobre o diabetes

O diabetes mellitus é uma doença endócrino-metabólica com fatores genéticos, biológicos e ambientais, caracterizada por hiperglicemia crônica e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina. Quem explica melhor é a doutora em endocrinologia Karla Melo, médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Departamento de Saúde Pública da Sociedade Brasileira de Diabetes.

“O diabetes pode ser de dois tipos, e eles são bem diferentes. O tipo 1 acomete principalmente crianças e jovens de forma abrupta com o comprometimento da secreção de insulina. Há predisposição genética e fatores ambientes que ainda não estão claros. Já o tipo 2, que acomete a maioria das pessoas com diabetes (entre 85 e 90% dos pacientes) refere-se à resistência à insulina, geralmente em adultos com excesso de peso e histórico de diabetes ou obesidade na família. Costuma se apresentar aos poucos, de maneira gradativa.”

Apesar disso, ela lembra que o aumento da obesidade na população faz com que as pessoas com histórico familiar de diabetes tipo 2 tenham o diagnóstico mais precocemente, inclusive na infância. O tipo 2 está relacionado a hábitos de vida, como a alimentação inadequada e o sedentarismo. Dados do Vigitel de 2019 apontam que, dentre as pessoas com diabetes mellitus, 35,7% apresentam obesidade e 71,6% excesso de peso. Por isso, pessoas com excesso de peso e fator genético com mais de 45 anos devem ir ao médico regularmente e procurar um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação equilibrada e prática de exercícios.

No caso do tipo 1, a pessoa deve prestar atenção aos seguintes sintomas, que são indicativos da doença: levantar várias vezes à noite para fazer xixi e em volume maior, ter muita sede e beber muita água e perda de peso (mesmo comendo muito). Eles são mais aparentes e fáceis de identificar.

Karla Melo também tem uma relação pessoal com a doença, pois foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando tinha sete anos. “O meu diagnóstico foi logo após uma noite que eu levantei sete vezes para ir ao banheiro, e minha mãe desconfiou”, conta. “Passei a desenvolver anticorpos que agrediram as células condutoras de insulina. Por isso, minhas células morreram, e sem insulina a gente não vive”, explica.

Cuidados

O diagnóstico de diabetes é feito por meio do exame que avalia a quantidade de glicemia no sangue. “O nível considerado normal gira entre 70 a 99. De 100 até 125 é preciso atenção, mas ainda não se fecha o diagnóstico de diabetes. Já com a glicemia de jejum maior ou igual a 126, você fecha o diagnóstico”, diz a endocrinologista.

O tratamento de diabetes tipo 2 não é o mesmo para todos os pacientes. Pode ser iniciado apenas com mudanças no estilo de vida ou com medicamentos orais ou com a insulina. Todos os casos devem ser acompanhados de hábitos saudáveis. A recomendação de Karla Melo é ficar atento ao peso, seguir a clássica pirâmide alimentar como referência e fazer ao menos 150 minutos de exercícios por semana. “Não é só academia, mas movimentações em geral. E não focar só nos aeróbicos, mas na musculação também, que aumenta a massa magra, e nos exercícios de flexibilidade, para reduzir quedas, melhorar o equilíbrio, a articulação, etc”, orienta.

Esse cuidado é extremamente importante: cerca de 80% das mortes de pessoas com diabetes estão relacionadas a doenças cardiovasculares e renais e o diabetes tipo 2 aumenta em até quatro vezes a propensão ao AVC. No contexto da pandemia de covid-19, os números também são alarmantes. O boletim epidemiológico 31 mostra que, dentre as pessoas que evoluíram à óbito por SARS-CoV-2, a maioria apresentava pelo menos uma das doenças crônicas não-transmissíveis como comorbidade ou fator de risco. Cardiopatias e diabetes foram as condições mais frequentes encontradas.

Se não tratada ou identificada precocemente, o diabetes pode evoluir com complicações agudas (hipoglicemia, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica) e crônicas, microvasculares (retinopatia a nefropatia, neuropatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana, arterial periférica e cerebrovascular).

No caso das pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 é necessário começar a aplicação de insulina imediatamente - e isso vale para todos. O que vai variar é a dosagem.

Insulina é vida

A insulinoterapia é um tratamento individualizado. No tipo 1, a prescrição é de dois tipos de insulina: a basal, que cobre as necessidades de insulina no período entre as refeições e durante o sono; e a insulina de ação rápida, que deve ser aplicada cerca de 30 minutos antes das refeições principais. O segundo tipo é necessário porque a comida aumenta a glicemia no sangue muito rapidamente, e o organismo precisa da insulina para baixar a glicemia. O que aumenta os níveis de glicemia mais rapidamente são, na seguinte ordem: açúcar, carboidrato, proteína e gordura.

“A gente fura o dedo ou usa sensor para saber como está a glicose no sangue pelo menos antes das principais refeições. Se eu estiver com a glicemia baixa, de 90, com hipoglicemia, não continuo precisando aplicar a insulina, mas com uma dose menor. E o contrário? Se eu estou com 250, eu posso aumentar essa dose para, além de cobrir minha refeição, eu também vou aplicar a dose de correção da glicemia,” explica Karla Melo.

Comer algo fora do habitual ou em exagero e situações emocionais, como estresse, causam um aumento extra da glicemia. Por isso, o ideal é que o diabético que faz uso de insulina, no dia a dia, procure comer sempre a mesma quantidade, os mesmos nutrientes e nos mesmos horários. Para ajudar a calcular as doses da insulina de ação rápida, a endocrinologista indica o uso de aplicativos gratuitos, que fazem os cálculos com base nas quantidades e tipos de alimentos que o paciente insere na ferramenta. Ela, inclusive, é um fundadora de um deles, o Glic. “Notei que os pacientes entendiam o conceito, mas tinham dificuldade de colocar em prática. Como meu marido é desenvolvedor de software, ele me ajudou a pensar nessa solição”, conta.

Ela lembra que se educar em diabetes, monitorar e perceber as reações do organismo aos alimentos e hábitos que a pessoa tem continuam sendo essenciais e ajudam muito no planejamento da rotina. Comer mais ou menos os mesmos nutrientes, mesmas quantidades e fazer as refeições nos mesmos horários todos os dias, também simplifica o dia a dia, pois não reduz a necessidade de variar a dose de ação rápida - já a dose basal é a mesma todos os dias.

Quem tem diabetes tipo 1 usa insulina por toda a vida. Já quem tem diabetes tipo 2 e precisa da insulina (que são os que têm a glicemia muito elevada) pode fazer um tratamento temporário com as canetas de aplicação e depois tentar mudar para os antidiabéticos orais.
A insulina foi descoberta por Frederick Banting e Charles Best em 1921, e recebeu o prêmio Nobel pela inovação e capacidade de salvar as vidas de milhares de pessoas. “Insulina é o que permite a vida. Ela não é um castigo, pelo contrário. Minha vida é absolutamente normal, eu só preciso de alguns cuidados. Ainda bem que ela existe e está disponível”, comemora.

Os caminhos no SUS

A porta de entrada preferencial da pessoa com diabetes mellitus deve ser a Atenção Primária à Saúde (APS), por meio das unidades básicas de saúde (UBS), considerando o enfoque na prevenção, diagnóstico precoce, tratamento contínuo, controle dos fatores de risco associados e prevenção de complicações, ações de vigilância e promoção da saúde. Já o paciente com quadro agudo da doença pode ser manejado na Atenção Especializada e, posteriormente, deverá ter o cuidado continuado na UBS de referência para avaliação e seguimento do planejamento terapêutico.

A distribuição de canetas aplicadoras de insulina humana disponíveis no SUS são do tipo NPH e Regular. Elas podem ser dispensadas a pacientes com diabetes mellitus 1 ou 2, nas seguintes faixas-etárias: menor ou igual a 19 anos; maior ou igual a 50 anos. A seleção desses usuários é de responsabilidade dos municípios, no âmbito da APS. O fornecimento das canetas é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Além da insulina, também são distribuídos pelo SUS os antidiabéticos orais, que podem ser adquiridos nas UBS, farmácias municipais, farmácias populares ou via Componente Especializado de Assistência Farmacêutica, a depender do medicamento. Atualmente, são oferecidos Cloridrato de metformina, Glibenclamida, Gliclazida - liberação prolongada, Cloridrato de metformina - XR - liberação prolongada e Dapagliflozina.

Previne Brasil

A solicitação de hemoglobina glicada é um dos sete indicadores do pagamento por desempenho, um dos componentes do Previne Brasil, o modelo de financiamento da Atenção Primária no Brasil. Isso significa que quanto mais exames as equipes de saúde fizerem, maior é o repasse federal que o município recebe. A medida busca a identificação precoce dos indivíduos diabéticos, já que a hemoglobina glicada é necessária para o diagnóstico do diabetes. O percentual de diabéticos com solicitação do exame nos últimos 12 meses foi de 18%, com 9.315.559 solicitações (Sisab).

Outras ações do Ministério da Saúde na prevenção e no tratamento do diabetes são a Linha de Cuidado Diabetes Mellitus, o projeto “Boas Práticas na Atenção à Hipertensão Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde no Brasil”, os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, o Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis no Brasil, o manual “Como organizar o cuidado das pessoas com doença crônica na APS durante a pandemia”, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, o Guia Alimentar a População Brasileira e a publicação Alimentação Cardioprotetora.


Laísa Queiroz
Ministério da Saúde


Informe MS

 



Ministério da Saúde lança protocolo de uso do Guia Alimentar para gestantes

Data de publicação: 12/11/2021


Material ajuda profissionais de saúde no atendimento individual e na orientação sobre alimentação saudável durante a gestação. Baixe gratuitamente


Crédito: Pexels

O Guia Alimentar para a População Brasileira é um dos documentos mais importantes já lançados pelo Ministério da Saúde, reconhecido e aclamado mundialmente. Agora a pasta lançou um complemento específico sobre a alimentação durante a gravidez: o Protocolo de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na orientação alimentar da gestante, disponível on-line e para download.

O objetivo é fornecer subsídios aos profissionais de saúde, para que orientem as gestantes da forma mais adequada. “Partimos da recomendação central do guia, que é dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados e às preparações culinárias ao invés dos ultraprocessados, e seguimos com orientações específicas para esse momento da vida, a partir de evidências científicas atualizadas”, justifica a Coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini.

A má alimentação está no topo do¿ranking¿dos fatores de risco relacionados à carga global de doenças no mundo, sendo o que mais contribui para a mortalidade. A melhoria nas condições alimentares da população pode prevenir uma em cada cinco mortes no mundo.¿“Ao investir em recomendações alimentares acessíveis para a população, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com a promoção da saúde e com o desenvolvimento de políticas, ações e programas de qualidade”, declara a Diretora do Departamento de Promoção da Saúde (DEPROS) do Ministério da Saúde, Juliana Rezende.

Em 2020, das gestantes acompanhadas na Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), 51,9% apresentavam excesso de peso (que compreende o sobrepeso e a obesidade); e 76% consumiram algum alimento ultraprocessado no dia anterior da entrevista, segundo o Relatório Público do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional

Sobre a publicação

O protocolo defende que na gestação é particularmente relevante o cuidado com a alimentação. O consumo de uma grande variedade de alimentos in natura e minimamente processados, além da ingestão de água, é uma das principais recomendações, pois ajudam a suprir a necessidade de nutrientes fundamentais para esse evento da vida, como ferro, ácido fólico, cálcio e vitaminas A e D. A alimentação saudável durante a gravidez favorece o bom desenvolvimento fetal e a saúde e o bem-estar da gestante, além de prevenir o surgimento de agravos, como diabetes gestacional, hipertensão e ganho de peso excessivo.

Destinado a profissionais de saúde de nível superior, para uso no âmbito do atendimento clínico individual, o protocolo organiza a abordagem à usuária em fluxograma. Primeiro, o profissional deve preencher o formulário de marcadores de consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional com as respostas coletadas da gestante no momento da consulta. Depois, ele poderá seguir o fluxograma, priorizando as mensagens (curtas e diretas) mais importantes para a alimentação saudável daquela paciente - ou seja, as orientações são personalizadas. Além disso, também há sugestões práticas para todas as gestantes - abrangendo, inclusive, a higienização de alimentos e o ambiente onde são feitas as refeições - e estratégias de superação de possíveis obstáculos.

Depois, ele poderá seguir o fluxograma, com a priorização das mensagens que são mais importantes para a construção de uma alimentação mais saudável para a paciente. As recomendações estão estruturadas, inicialmente, com uma orientação principal seguida por sugestões práticas para orientar o que pode ser feito pela usuária, uma justificativa para essas orientações e, por fim, algumas estratégias de superação de possíveis obstáculos. 

Este é o terceiro fascículo da série Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira, que cujas edições anteriores focaram na orientação alimentar de adultos e de idosos. Essas publicações têm o potencial de contribuir para a qualificação do trabalho dos profissionais e equipes de Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) e apoiar o reforço da disseminação das recomendações para uma alimentação saudável, tornando essas mensagens mais acessíveis à população.

Dicas para as gestantes

  • Cuidado com a quantidade de sal e o uso de temperos industrializados. O alto teor de sódio e aditivos pode causar complicações na gestação e aumentar o risco de descompensação na pressão arterial;

  • É estimulado o consumo diário de feijão ou outras leguminosas, principalmente combinado com arroz, para manter bons níveis de fibras e de ferro, diminuindo a chance de desenvolver sobrepeso, além de auxiliar em quadros de constipação;

  • Especialmente para as gestantes que não consomem carne, é importante ingerir na mesma refeição leguminosas e frutas cítricas (laranja, acerola, limão, caju, etc) ou frutas ou legumes amarelo-alaranjados (como mamão, abóbora e cenoura);

  • Evite bebidas adoçadas, como refrigerante e suco de caixinha ou em pó, e também os adoçantes, que podem aumentar a probabilidade de nascimento prematuro e desenvolvimento de asma e sobrepeso em crianças, além de estarem associados a alterações metabólicas nas mulheres;

  • Evite os ultraprocessados, como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos/bolachas salgados ou recheados e guloseimas, pois o consumo desses alimentos pode aumentar a retenção de peso no pós-parto, especialmente se consumidos no último trimestre da gestação. Em gestantes adolescentes, os ultraprocessados estão relacionados ao maior peso dos bebês;

  • Consuma diariamente frutas, verduras e legumes, pois esses alimentos são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, nutrientes essenciais durante a gestação. Seu consumo ajuda na prevenção de desfechos negativos, como nascimento prematuro, desenvolvimento de anomalias congênitas e ganho de peso gestacional excessivo. Além disso, as fibras contribuem para o metabolismo glicêmico e o funcionamento saudável do intestino, ajudando a evitar a constipação intestinal, que pode ser comum nessa fase. E para reduzir custos e aumentar a qualidade, priorize legumes e verduras da época e da região e a aquisição desses alimentos diretamente dos produtores;

  • O consumo de pequenos lanches, baseados em alimentos in natura e minimamente processados, ao longo do dia pode evitar fraquezas e desmaios comuns nessa fase;

  • Procure a unidade básica de saúde mais próxima para fazer o acompanhamento de todo o seu pré-natal e receber orientações das equipes de saúde.

Saiba mais no protocolo aqui.