segunda-feira, 1 de junho de 2020

Informe MS



Mais Médicos: 1.807 profissionais renovam termo de adesão ao projeto

Data de publicação: 29/05/2020


Certame atendeu unidades de saúde de 1.003 municípios de todos os estados e no Distrito Federal, além dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas


Considerando as ações de aperfeiçoamento na área de Atenção Primária em Saúde em regiões prioritárias para o SUS e estratégias de combate ao novo coronavírus, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS) publicou o Edital nº Nº 10, de 19 de maio de 2020. Com ele, 1.807 médicos renovaram, por mais um ano, os Termos de Adesão ao Projeto Mais Médicos para o Brasil.

O processo de renovação do termo de adesão chegou ao fim nesta quinta-feira (28), resultando na renovação de 1.807 médicos, por mais um ano, ao Projeto Mais Médicos para o Brasil.

Do total de oportunidades de renovação dos termos de adesão, esse montante representa 96%, ou seja, a imensa maioria dos profissionais continuarão nas respectivas municipalidades oferendo serviço médico à população.

Os médicos integrantes do 14º Ciclo do PMMB, que iniciaram atividades no Projeto Mais Médicos em 2017, encerrariam suas participações ao longo das próximas semanas, o que acarretaria em perda de valiosa força de trabalho nas frentes de atendimento da Atenção Primária à Saúde dos municípios elencados no Edital, especialmente nesse momento crucial de combate à pandemia de Covid-19.

Com a expressiva adesão dos profissionais à prorrogação de suas atividades, fica garantida maior grau de assistência à saúde da população em municípios de diversos perfis, especialmente capitais e regiões metropolitanas (29%) e municipalidades caracterizadas pela extrema pobreza (20%).

São médicos que estarão atuando distribuídos nas cinco regiões brasileiras, conforme se verifica a partir dos infográficos seguintes:


 

O grupo de profissionais que prorrogou o tempo de participação no Projeto Mais Médicos é composto tanto por médicos intercambistas (1.089 médicos), como por médicos com registro no Conselho Federal de Medicina (718 médicos).

São ações concretas para prover o atendimento à população brasileira. É dessa forma que o Projeto Mais Médicos para o Brasil contribui efetivamente para o combate à pandemia, por meio de ações de saúde pública, garantindo acolhimento, reconhecimento precoce e controle de casos suspeitos da Covid-19.

 

 

 

Trajetória no PMMB

Lalita Kristana Silva de Oliveira é uma das profissionais com CRM que permanece no projeto, do qual faz parte desde 2017, lotada no município de Tabatinga (AM), classificado como Perfil 7 (de extrema pobreza) e distante a 1.200 km da capital amazonense. Para ela, o Projeto Mais Médicos para o Brasil tem papel fundamental para a região. “Somos um total de 10 médicos na Atenção Primária, em uma população de mais de 70 mil pessoas, e também atendemos estrangeiros. A cidade faz parte da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru), não tem hospital público nem consultas com especialistas. Então nos esforçamos para tentar resolver todos os problemas que podemos, antes de referir à capital Manaus”, apontou.

“Minha atuação no projeto, particularmente, creio que foi de extrema importância no âmbito da comunidade. Como estou na zona mais afastada do centro da cidade de Tabatinga, e a zona que mais cresce com novas invasões, a equipe da qual faço parte teve um aumento na demanda de consultas, tanto em enfermagem quanto médicas. Com muito esforço da equipe e compreensão da população, estamos realizando um bom trabalho” defendeu Lalita.

Para a profissional, o projeto é um marco em sua trajetória profissional. “O Mais Médicos foi meu primeiro emprego após formada. A minha graduação foi na Bolívia, e revalidei meu diploma no Brasil em 2017, mesmo ano em que consegui minha vaga no PMMB”, lembrou ao descrever como tem sido o trabalho na APS. “Pude me identificar ainda mais no acompanhamento da população, com os cuidados básicos e de prevenção”.

Uma das paixões da médica está na saúde da mulher e da criança. “Fui me apaixonando pelo processo do pré-natal e, depois, ao acompanhar as consultas de crescimento e desenvolvimento do bebê. Também gostei de entrar na casa dos pacientes e ser tratada como da família ao visitar um idoso ou acamado, de estar em contato com a saúde da família. Acho que o PMMB me mostrou a área da medicina em que me encontro como profissional”, finalizou, dizendo estar feliz por poder continuar no atendimento da atenção primária. 

 

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