terça-feira, 24 de outubro de 2017

Informe MS





Indicadores do PMAQ: NASF

Data de publicação: 23/10/2017

O último conteúdo da série aborda as especificidades do índice que norteia as ações dos NASF

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) têm o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
Nesse contexto, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) prevê o índice do NASF, que é composto por quatro indicadores importantes: a média de atendimentos individuais ou domiciliares registrados por profissional do NASF e a média de atendimentos compartilhados ou em grupo realizado por eles.
As atividades de apoio direto às equipes de SF e SB, por meio desses atendimentos, devem ser intervenções frequentes na rotina de trabalho de um profissional do NASF e abrangem tanto a dimensão clínica e sanitária quanto a pedagógica - ou até ambas ao mesmo tempo.
Os atendimentos compartilhados contribuem para que os profissionais da SF/SB possam conduzir casos semelhantes com maior autonomia, tornando estas equipes mais resolutivas.
Outro importante recurso a ser utilizados pelos profissionais do NASF são os trabalhos em grupo, especialmente grupos terapêuticos e operativos, e os atendimentos individuais específicos, que são essenciais para a resolutividade da AB e devem ser definidos e pactuados junto às equipes SF/SB apoiadas e com gestão municipal.
Essas atividades possuem um maior potencial de impacto tanto no trabalho das equipes de saúde da família quanto na população coberta, sendo necessário um equilíbrio na oferta de atividades realizadas por esses profissionais.
Conheça, abaixo, o índice NASF:
Média de atendimentos individuais registrados por profissional do NASF
A chegada de novas categorias profissionais, antes não presentes neste ponto de atenção, gera, frequentemente, um aumento na procura pelos profissionais do NASF por parte das equipes de AB. Isso acontece para dar resposta à demanda reprimida. Portanto, cabe aos profissionais do NASF, conforme as diretrizes preconizadas para o desenvolvimento de seu processo de trabalho, discutir estratégias com essas equipes, evitando a superlotação de suas agendas no início das atividades e o distanciamento da lógica preconizada (centrada no usuário e com base em discussões de casos, e não encaminhamentos), ainda que isso não elimine a possibilidade de atendimentos individuais por profissionais do NASF (BRASIL, 2014).
Esse indicador mede a relação entre a produção de atendimentos individuais de profissionais da equipe NASF e o número de profissionais da equipe NASF. O parâmetro é 50 atendimentos individuais específicos/profissional/mês.
Média de atendimentos domiciliares registrados por profissional do NASF
A atenção domiciliar realizada por profissionais do NASF à população cadastrada pelas equipes de saúde da família se caracteriza tanto como recurso diagnóstico na fase de avaliação inicial, quanto recurso terapêutico na fase de intervenção ou ainda no acompanhamento longitudinal dos usuários. É importante destacar que, para o sucesso de um atendimento domiciliar, o profissional que realiza o apoio deve ter habilidades de observação e comunicação, uma vez que o domicílio é o território íntimo e privativo da família, sendo extremamente necessário que seja mantida postura de respeito aos valores pessoais e culturais em questão. O indicador mede a relação entre a produção de atendimentos domiciliares de profissionais da equipe NASF e o número de profissionais da equipe NASF. O parâmetro é 12 atendimentos domiciliares/profissional/mês.
Média de atendimentos compartilhados realizados por profissional do NASF
Entre as atividades desenvolvidas pelo NASF no território, está o atendimento em conjunto com profissionais das equipes apoiadas. Este atendimento, considerado compartilhado e interdisciplinar, serve a vários propósitos: fortalecer o vínculo preexistente de confiança do usuário com a equipe de Saúde da Família - e agora com os profissionais do NASF; facilitar a comunicação e a coleta de dados por parte do apoiador; permitir a pactuação de ações por meio de um mediador externo e possibilitar ao apoiador contato com a realidade do usuário sem a necessidade de estabelecer uma relação terapêutica inédita. O indicador mede a relação entre o número de atendimentos compartilhados realizados por profissionais da equipe NASF em conjunto com profissionais da eSF vinculada ao NASF e o número de profissionais da equipe NASF. O parâmetro é 12 atendimentos compartilhados/profissional/mês.
Média de atendimentos em grupo registrados por profissional do NASF
O atendimento em grupo possibilita a ampliação da capacidade de cuidado das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família, bem como amplia as ofertas/ações de saúde na AB. As atividades desenvolvidas em grupo não devem ser pensadas apenas como uma possibilidade de atendimento à grande demanda, mas numa perspectiva de socialização, integração, apoio psíquico, trocas de experiências e de saberes e construção de projetos coletivos. A participação do NASF nesse atendimento pode ocorrer desde o planejamento conjunto das atividades à estruturação e aperfeiçoamento de grupos já existentes nas equipes de saúde ou ainda na formação de novos grupos, de acordo com a demanda. Cabe Salientar que esta atividade pode ser realizada tanto na própria unidade de saúde como em outros espaços no território. Esse indicador mede a relação entre o número de atendimentos em grupo realizado por profissionais da equipe NASF e o número de profissionais da equipe NASF. O parâmetro é 08 atendimentos em grupo/profissional/mês.
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