quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Informe MS





Encontro discute os 10 anos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

Data de publicação: 26/11/2019

Brasil está no rol dos únicos três países do mundo com uma política de saúde voltada para a população masculina

Começou hoje e segue até amanhã (27) o Encontro Nacional de Coordenadores de Saúde do Homem, momento de balanço dos 10 anos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH).

O evento é promovido pelo Departamento de Ações Programáticas e estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (DAPES/SAPS/MS). Ele reúne, em Brasília, representantes de estados e capitais de todo o país, que compartilham estratégias e desafios de implementação da política, bem como planejam as ações para os próximos anos.

Para o coordenador de saúde do homem do Ministério da Saúde, Danilo Campos, passada uma década da implementação da política, o evento se coloca como um marco importante. “Entendemos a necessidade de nos reunirmos enquanto atores dessa história, para, juntos, realizarmos um balanço da PNAISH e produzirmos um planejamento coeso e coerente com a realidade brasileira, para continuarmos avançando enquanto política nacional”, destacou.

Apenas o Brasil e mais dois países em todo o mundo (Austrália e Irlanda) possuem uma política de saúde voltada para a população masculina. Para a consultora da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS), Mônica Iassanã dos Reis, esse fato é motivo de muito orgulho para o país. “É uma política ousada, que tem diretrizes integrais, que pretende colocar o homem no centro do cuidado”, apontou. Mônica também reforçou o apoio da OPAS/OMS nas ações de implementação da PNAISH, em parceria com o Ministério da Saúde, os governos estaduais e municipais, e os conselhos de saúde.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Urologia, Sebastião Westphal, a parceria entre a associação e o Ministério da Saúde é de longa data e fundamental para a implementação da PNAISH. “Nós somos parceiros. Queremos continuar trabalhando juntos, dentro do que está previsto nas diretrizes da política, sempre lembrando que nós estamos acolhendo as pessoas, considerando as suas especificidades e necessidades, de forma integral”, apontou.

O coordenador da Comissão Intersetorial de Atenção à Saúde nos Ciclos de Vida do Conselho Nacional de Saúde (CIASCV/CNS), José Araújo da Silva, destacou o compromisso da PNAISH com a população masculina, ao levar em consideração as particularidades e necessidades de saúde.
“Essa política destaca a singularidade masculina em seus diversos contextos sócioculturais, políticos e econômicos, bem como aponta princípios para o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas previsíveis, preveníveis e evitáveis na população masculina”.

A coordenadora geral de garantia dos atributos da atenção primária (CGFAP/DESF/SAPS), Paula Martina, refletiu sobre a agenda estratégica de gestão da Saps, levando em consideração os atributos da atenção primária e suas repercussões na saúde do homem. Destacou, ainda, algumas ações em curso da secretaria para o fortalecimento da saúde do homem, como o Programa Saúde na Hora, o Programa Previne Brasil, a Carteira de Serviços da APS, o Conect SUS e o Programa Médicos pelo Brasil.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Notícias

A área técnica das Doenças Transmissíveis Aguda da SEVS-PE divulga os seguintes painéis:


Em Pernambuco as DDA na SE 45 foram classificadas em Zona Epidêmica. As Regionais de Saúde II, III, VIII, XI e XII  foram classificadas em  Zona de Alerta e as IV, VI, VII e X geres encontram-se em Zona Epidêmica. 
Dos 185 municípios do Estado, 39,5% desses as DDA apresentaram-se em Zona de Alerta e 25,9% em Zona Epidêmica. 


Em Pernambuco as DDA na SE 46 foram classificadas em Zona de Controle. As Regionais de Saúde III, VI, VII, VIII, IX e XII  foram classificadas em  Zona de Alerta e as X e XI geres encontram-se em Zona Epidêmica. 
Dos 185 municípios do Estado, 30,8% desses as DDA apresentaram-se em Zona de Alerta e 19,5% em Zona Epidêmica.

Ressalta-se a importância da manutenção desse monitoramento em 100,0% dos municípios de forma regular e oportuna e da adoção das seguintes medidas:

  •  Zona Epidêmica: verificar a existência de surto; notificar a confirmação do surto (até 24h); seguir o protocolo para investigação epidemiológica de surto DTA e adotar as medidas de prevenção e controle indicadas. Mesmo na ausência de surto, recomendamos identificar o motivo do aumento de casos e realizar coleta de amostras clínicas na unidade de emergência do município.
  •  Zona de Alerta: caracterizar o aumento de casos quanto ao lugar (município, zona, bairro), mudança de faixa etária e plano de tratamento da DDA e adotar as medidas de prevenção e controle necessárias.

Notícias

A Gerência de Vigilância das Arboviroses divulga o Boletim SE 46/19.

Informe MS





Sobrepeso e obesidade no contexto da APS são temas de cursos da UNA-SUS/UFSC

Inscrições estão disponíveis no site da UNA-SUS


O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está ofertando o curso sobre abordagem do sobrepeso e obesidade na Atenção Primária à Saúde, que tem o objetivo de compartilhar ações de promoção de alimentação saudável para o enfrentamento do sobrepeso e da obesidade que possam ser incorporadas no processo de trabalho da Atenção Primária.

Outro curso com vagas disponíveis é o Reconhecendo o sobrepeso e a obesidade no contexto da Atenção Primária à Saúde, que visa capacitar o profissional a reconhecer a problemática de sobrepeso e obesidade como uma questão multifatorial relevante a ser abordada na Atenção Primária, além de torna-lo capaz de identificar os principais instrumentos de avaliação, diagnóstico e monitoramento alimentar e nutricional. Ao final, o profissional também será capaz de identificar as recomendações para escolhas de alimentos e refeições, na composição de uma alimentação adequada e saudável.

Os cursos são livres, gratuitos, totalmente autoinstrucional e têm início imediato. Possuem enfoque prático, baseado na rotina dos profissionais de saúde e em suas reais necessidades.

As inscrições podem ser realizadas até 30 de novembro de 2020 pelos links abaixo:


Curso Reconhecendo o sobrepeso e a obesidade no contexto da Atenção Primária à Saúde https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45782

Curso Abordagem do Sobrepeso e Obesidade na Atenção Primária em Saúde https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45782

Para saber mais sobre outros cursos da rede UNA-SUS, acesse: www.unasus.gov.br/cursos.

Notícias









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Informe MS





Mais de 800 municípios são contemplados com Equipamentos Odontológicos

Data de publicação: 25/11/2019

Ministério da Saúde vai beneficiar 2.068 equipes de Saúde Bucal por meio da Portaria nº 3.034, de 20 de novembro de 2019

O serviço de Saúde Bucal na Atenção Primária à Saúde de 841 municípios ganham, nesta reta final de 2019, mais um incentivo para atender melhor os cidadãos. A Portaria nº 3.034, de 20 de novembro de 2019, prevê R$ 36,6 milhões de recursos que deverão ser destinados à aquisição de equipamentos odontológicos para os municípios que implantaram novas Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família.
A publicação contempla 2.068 novas Equipes de Saúde Bucal que foram implantadas no período de outubro de 2009 a junho de 2019, beneficiando aproximadamente 7 milhões de pessoas. Foram excluídos os municípios que já receberam a doação de equipamentos ou o repasse financeiro federal, destinados para a mesma finalidade, em portarias anteriores.
Os municípios que já adquiriram a cadeira odontológica com recursos próprios poderão utilizar a verba para aquisição de outros equipamentos odontológicos, de acordo com a necessidade do atendimento e com a Relação Nacional de Equipamentos e Materiais Permanentes financiáveis pelo SUS (RENEN) no Sistema de Informação e Gerenciamento de Equipamentos e Materiais Permanentes para o SUS (SIGEM), no componente Saúde Bucal – Brasil Sorridente. A lista está disponível em www.fns.saude.gov.br.
Plano Nacional de Fornecimento de Equipamentos Odontológicos
Desde 2009, o Ministério da Saúde adota como estratégia para implantação de novas equipes de saúde bucal na Atenção Primária a doação da cadeira odontológica completa ou o repasse de incentivo financeiro para a aquisição destes equipamentos. Essa ação foi possível por meio da publicação da Portaria nº 2.372 de 07 de outubro de 2009, atualmente consolidada pela Portaria de Consolidação N° 6, capítulo 1 Seção IV. Nos últimos 10 anos, foram beneficiados 4.222 municípios, totalizando 12.068 equipamentos odontológicos ou repasse financeiro federal para compra.

Informe MS





Seminário Nacional de Prontuário Eletrônico para APS

Data de publicação: 21/11/2019

Gestores, pesquisadores e especialistas debatem sobre benefícios para assistência e gestão do uso de sistemas de informação na Atenção Primária 

O que é essencial em um prontuário eletrônico para registro clínico na Atenção Primária? Essa é uma das perguntas levantadas no Seminário Nacional de Prontuário Eletrônico para APS. O evento trouxe experiências de municípios com a implementação da estratégia e-SUS AB, além de relatos de outros países quanto ao uso dos dados coletados por meio de sistemas de informação. O seminário, promovido pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ocorreu em São Paulo (SP) nos dias 18 e 19 de novembro de 2019.
Foram apenas dois dias de encontro, mas a programação intensa trouxe apresentações de especialistas da Espanha, de Portugal, da Holanda e do Reino Unido. O uso de sistemas de prontuário eletrônico está consolidado nesses países, e as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento da ferramenta, bem como análise dos bancos de dados, servem como referência para avanços na APS brasileira.
O seminário é o pontapé inicial para discutir o modelo de sistema de prontuário para a Atenção Primária, principalmente com o recente lançamento do programa do Ministério da Saúde que vai informatizar todas as unidades de saúde do país. “Para além do sistema já fornecido pelo Ministério da Saúde, o e-SUS, que é um bom prontuário eletrônico voltado para APS, as soluções que estão disponíveis no mercado têm que ser de qualidade, propiciar uma gestão adequada e garantir aos profissionais ferramentas facilitadoras para gestão de casos, complexos ou não, e para que possam identificar os brasileiros que estão sendo assistidos e os que não estão. É esse desenvolvimento como um todo que queremos estimular também”, explicou Lucas Pedebos, coordenador-geral da Gestão da Informação da Atenção Primária da Saps, sobre os objetivos do evento.
Um dos palestrantes do seminário, Kees van Boven, professor do Departamento de Cuidados Primários e Comunitários da Universidade de Radbound, na Holanda, e médico de família há 30 anos, falou sobre o prontuário eletrônico como ferramenta para melhorar a coleta das informações em saúde da APS, além de ressaltar a importância de definir os parâmetros dos sistemas que garantam a qualidade dos dados.

Informatização da APS

Recentemente, o Ministério da Saúde lançou o Conecte SUS, uma estratégia de saúde digital. Uma das frentes é a Informatização da Atenção Primária à Saúde. Será repassado aos municípios que aderirem ao programa o custeio mensal que varia de R$ 850,00 a R$ 2,3 mil pelas equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes de Atenção Primária (eAP) que produzirem informações qualificadas por meio de prontuário eletrônico.
O projeto vai além da instalação de dispositivos eletrônicos, ele busca investir na melhoria da qualidade da assistência à saúde por meio da tecnologia da informação. E foi isso que os participantes do seminário discutiram amplamente. “Temos um país grande em territorialidade, mas poucos dados que consigam refletir as diferentes realidades. Vejo esse programa como uma estruturação dos dados no Brasil, dando ao profissional de saúde ferramentas para melhorar a gestão do cuidado da população”, avaliou Cintia Baule, professora universitária em Curitiba.
Investir na informatização da Atenção Primária é fundamental quando se pensa na gestão da saúde pública, segundo o professor Mike Pringle, da University of Nottingham, no Reino Unido, “O Brasil começou bem e ainda tem um longo caminho pela frente. Uma das estratégias para estimular o uso do registro eletrônico e também para ampliar integração dos dados é dar incentivos financeiros para desenvolvimento de prontuários eletrônicos pelo país. Esse é um bom mecanismo para começar a informatizar a saúde”, afirmou.
Para Beatriz Battistella Nadas, superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PR), é impensável fazer gestão de serviços de saúde sem sistemas informatizados. “A quantidade de atendimentos e a complexidade deles nos obriga a ter sistematização das informações. É importante para o gestor poder compreender a demanda que está sendo atendida e a que não está, para, assim, trabalhar  adequadamente. É com um sistema informatizado que a gestão tem subsídios para o planejamento, e o novo recurso federal vai ser fundamental para mudar o cenário da Atenção Primária no país”, explicou a gestora.
A informatização traz benefícios, ao mesmo tempo, para gestores, profissionais de saúde e cidadãos. Para que o cidadão possa ter o histórico de atendimento em mãos, de fácil acesso e diretamente pelo celular, as informações do usuário precisam ser inseridas no prontuário eletrônico durante o atendimento. Um dos inúmeros benefícios de para os profissionais de saúde é o acesso rápido, sem uso de arquivo físico, às informações de saúde e intervenções realizadas para auxiliar a tomada decisão, além de proporcionar dados mais fidedignos sobre a condição do indivíduo. Já uma vantagem para a gestão municipal, estadual e federal é ter dados de qualidade que subsidiem as ações de saúde nas comunidades, podendo levar à redução de custos com otimização dos recursos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Informe MS





Sismob: Municípios têm propostas dos anos de 2017 e 2018 canceladas em função de contingenciamento

Data de publicação: 19/11/2019

Caso haja saldo disponível, gestores deverão cadastrar nova proposta

Dois blocos de propostas foram canceladas no Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob):
- Propostas com mérito favorável pela área técnica, emitido nos anos de 2017 e 2018 mas não publicadas em portaria. Para essas, aparece a seguinte mensagem no Sismob: “Considerando a publicação do Decreto 9711, de 15/02/2019, e alterações, informamos que a proposta em questão foi rejeitada em função de contingenciamento orçamentário. Caso haja saldo disponível, dever-se-á realizar o cadastramento de nova proposta.”
- Propostas com parecer não favorável emitido nos anos de 2017 e 2018 por não atenderem a critérios normativos.
No Sismob aparece a mensagem: “Considerando que não foram atendidos os critérios para emissão de parecer favorável, informamos que a proposta em questão foi rejeitada. Considerando a publicação do Decreto 9711, de 15/02/2019, e alterações, caso haja saldo disponível, dever-se-á realizar o cadastramento de nova proposta.”
Em ambos os casos, as propostas foram canceladas no Sismob. Se houver novos recursos orçamentários disponíveis, o Ministério divulgará, e o município deverá cadastrar nova solicitação.

Informe MS





Seminário Internacional discute Financiamento da APS

Data de publicação: 19/11/2019

Evento reuniu profissionais do Banco Mundial e de universidades estrangeiras, como Harvard, para debater o melhor uso de recursos públicos

As melhores formas de administrar os recursos dos sistemas de saúde no mundo foram discutidas na última quarta-feira (13), em Brasília (DF), no Seminário Internacional sobre Financiamento da Atenção Primária à Saúde. O evento reuniu especialistas brasileiros, do Reino Unido e dos Estados Unidos e gestores de saúde de vários estados brasileiros. Desafios, tendências, incentivos e alocação de recursos foram os temas do evento, promovido pelo Ministério da Saúde e Banco Mundial, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 
O seminário discutiu as melhores práticas existentes para condução dos recursos da saúde com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços pela população, além de garantir maior eficiência e sustentabilidade dos modelos. As apresentações feitas no evento servem como material para orientar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser assistidas aqui.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, reforçou a importância do programa Previne Brasil, lançado recentemente pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e que promoverá uma verdadeira reestruturação na distribuição de recursos federais para os municípios. “Estamos vivendo um momento histórico dentro do SUS. Cada gestor que passou pelo Ministério tomou decisões com as equipes de acordo com o contexto em que viviam. Os PABs Fixo e Variável foram um grande ganho para a população e o sistema de saúde, mas faz 22 anos que foi criado. Exigia-se há algum tempo uma mudança no financiamento para conseguir manter a incorporação da população ao sistema”, destacou.
As mudanças no financiamento devem permitir a inclusão no SUS de mais 50 milhões de brasileiros que não eram acompanhados pelos cuidados de saúde primários, que atendem aos problemas mais frequentes da população, como diabetes e hipertensão, por meio de consultas médicas, exames e vacinação. “A elaboração da nova estrutura de financiamento está entre um conjunto de políticas desta gestão para atender a toda a população brasileira da maneira mais adequada com foco em quem mais precisa”, resumiu o secretário de Atenção Primária à Saúde. 
Atualmente, existem 43 mil Equipes de Saúde da Família no país que poderiam cobrir até 140 milhões de brasileiros, considerando a capacidade de cada equipe em atender entre 3 e 4 mil pessoas. No entanto, apenas 90 milhões de pessoas estão registradas em alguma unidade de saúde da Atenção Primária. Isso significa que menos pessoas estão sendo acompanhadas do que a capacidade de atendimento nesse nível de atenção.
O representante do Banco Mundial, Edson Araújo, lembrou que a instituição tem sido um parceiro do governo brasileiro em várias áreas, em especial do Ministério da Saúde. Nos últimos 30 anos, fez parte da consolidação do Sistema Único de Saúde com vários projetos como o ReforSUS, Proesf 1 e 2 e QualiSUS. “O que a gente tem feito hoje com a secretaria [de Atenção Primária] é um exemplo do que o banco pode fazer de melhor. A gente tem contribuído na parte técnica, espero que também na parte financeira. Isso para a gente é estrategicamente importante, não só porque os programas que o Ministério da Saúde está propondo têm um impacto nos mais pobres, nas populações vulneráveis, que são os objetivos de qualquer ação que nós, do Banco Mundial, temos, mas também porque muitas dessas ações têm lições importantes para outros países”.

Ainda na mesa de abertura, o representante do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Fernando Barros, falou da importância do evento. “É um momento especial, em que a atenção primária, a atenção à saúde como um todo, se encontra com desafios e novos caminhos. Vejo com muito entusiasmo a proposta de um novo modelo de financiamento para a atenção primária, no sentido de corrigir a falta de eficiência”.  

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Notícias

A Gerência de Vigilância das Doenças de Transmissão Aguda divulga os seguintes Informes Epidemiológicos da área técnica de Doenças de Transmissão hídrica e alimentar:

Setembro/2019:


Outubro/2019:

Informe MS




Tire suas dúvidas sobre o novo financiamento

Data de publicação: 18/11/2019

Material com perguntas e respostas traz explicações do que muda no modelo de custeio da APS no SUS

As perguntas e respostas abaixo tratam de dúvidas sobre a mudança de modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019. Esta série de Questões Frequentes (FAQ) foram coletadas na apresentação da proposta aos estados e está dividida em quatro blocos de questões. 
O primeiro responde às dúvidas gerais relacionadas à mudança do modelo de financiamento. Já o segundo bloco traz respostas aos questionamentos a respeito da Capitação Ponderada. O terceiro dispõe sobre o Pagamento por Desempenho, e o quarto bloco aborda as dúvidas relacionadas aos Incentivos para Ações Estratégicas.
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) está elaborando um segundo FAQ é uma série de materiais de apoio para auxiliar gestores e profissionais de saúde sobre as mudanças que entram em vigor no próximo ano.

Perguntas Frequentes sobre o novo financiamento
DÚVIDAS GERAIS
1. Quais são as mudanças do novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária?
R: Até 31 de dezembro de 2019, o financiamento da Atenção Primária era composto pelos PABs Fixo e Variável. O PAB Fixo é obtido multiplicando a população residente do município pelo valor per capita que varia entre R$ 23 e R$ 28. Para esse cálculo, é usada a estimativa populacional de 2016 do IBGE e a distribuição dos municípios em quatro faixas, de acordo com os seguintes indicadores: PIB per capita, percentual da população com plano de saúde, percentual da população com Bolsa Família, percentual da população em extrema pobreza e densidade demográfica. O PAB Variável depende de credenciamento e implantação de estratégias e programas, tais como Equipes de Saúde da Família (eSF), Equipes de Saúde Bucal (eSB) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), entre outros. Resumidamente, o financiamento do PAB é baseado na lógica per capita populacional e por adesão de estratégias. O novo modelo de financiamento de custeio da APS é um modelo misto de pagamento que busca estimular o alcance de resultados e é composto pelos seguintes componentes: capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégias.

2. Quando se inicia o novo modelo?
R: O novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária terá início na competência financeira janeiro de 2020.

3. Será necessário fazer adesão ao novo modelo de financiamento?
R: Não será necessário fazer adesão ao novo modelo, pois todos os municípios já começarão a transição a partir da competência financeira janeiro de 2020, isto é, a partir de 1º de janeiro de 2020.

4. Como será a transição entre o modelo atual e o novo modelo de financiamento?
R: Existem duas estratégias de transição para dois grupos diferentes de municípios.
1- Para os municípios que têm previsão de manutenção ou aumento de repasses com o novo modelo, a transição será da seguinte forma:
  • Para a Capitação Ponderada: a partir da competência financeira janeiro de 2020 até a competência financeira abril de 2020, o repasse considerará como se todas as equipes de Saúde da Família e equipes de Atenção Primária tivessem cadastrado todas as pessoas esperadas de acordo com o Quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe, descrito no anexo da portaria do novo financiamento, aplicando os pesos de vulnerabilidade socioeconômica, perfil demográfico e classificação geográfica. Esse cálculo é chamado de valor cheio da capitação. A partir da competência financeira maio de 2020, o valor considerará o quantitativo real de pessoas cadastradas nas equipes.
  • Para o Pagamento por Desempenho: a partir da competência financeira janeiro de 2020 até a competência financeira agosto de 2020, será mantido o repasse do PMAQ para as equipes certificadas pelo programa. A partir da competência financeira setembro de 2020, o valor considerará o resultado real dos indicadores alcançados por todas as equipes de Saúde da Família e equipes de Atenção Primária do Brasil, desde que credenciadas e cadastradas no SCNES. Isso quer dizer também que equipes que não participaram do PMAQ somente receberão pagamento por desempenho a partir da competência financeira de setembro de 2020.
  • Para o Incentivo para Ações Estratégicas: a partir da competência janeiro de 2020, os repasses desses incentivos seguirão conforme suas portarias específicas.
  • Além desses 3 tipos de repasse, para a transição também haverá o incentivo financeiro per capita de transição: será transferido o valor per capita anual de R$5,95 de acordo com a população IBGE 2019 do município, ao longo das 12 competências financeiras do ano de 2020.
2- Para os municípios que têm previsão de decréscimo de repasses com o novo modelo, Ministério da Saúde manterá, ao longo de 2020, os valores referentes a 2019 com a seguinte estratégia de transição:
  • Ministério da Saúde identificará a competência financeira de 2019 em que o município recebeu o maior valor de repasse financeiro de custeio. Essa análise não considerará os repasses referentes às estratégias e programas que se enquadram nos Incentivo para Ações Estratégicas. O repasse desse maior valor será mantido ao longo das 12 competências de 2020. Caso o município tenha interesse em encurtar essa transição, poderá optar a qualquer momento por mudar para o novo modelo (capitação ponderada + pagamento por desempenho + incentivos para ações estratégicas).

5. Como saber se o município tem previsão de decréscimo no valor de repasse com o novo financiamento e se terá os valores de 2019 mantidos ao longo de 2020?
R: Em breve o Ministério da Saúde publicará a lista dos municípios com todos os municípios com previsão de decréscimo no valor de repasse com o novo financiamento.

CAPITAÇÃO PONDERADA
6. Como funciona a Capitação Ponderada?
R: A capitação ponderada é um tipo de repasse calculado com base no número de pessoas cadastradas e sob responsabilidade das equipes de Saúde da Família ou equipes de Atenção Primária credenciadas. Ela considera fatores de ajuste como a vulnerabilidade socioeconômica, o perfil de idade e a classificação rural-urbana do município.

7. Que sistema será utilizado para os cadastros das pessoas acompanhadas pelas equipes?
R: As equipes poderão registrar as informações de cadastro por meio do sistema de Coleta de Dados Simplificada (CDS), Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) ou sistemas próprios/terceiros. Os cadastros serão monitorados pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab).

8. Para a capitação ponderada é necessário que as equipes estejam cadastradas no SCNES?
R. Sim. Para que as pessoas cadastradas nas equipes de Saúde da Família e equipes de Atenção Primária sejam contabilizadas para cálculo do repasse financeiro, primeiramente as equipes precisam estar credenciadas pelo Ministério da Saúde e cadastradas no SCNES.

9. Que tipo de cadastro valerá para a capitação ponderada?
R: Para o cálculo da capitação ponderada serão utilizados os cadastros individuais e cadastros simplificados. O cadastro individual pode ser feito por todos os profissionais das equipes, incluindo os Agentes Comunitários de Saúde. Já o cadastro simplificado pode ser feito durante o contato com o cidadão nos serviços de atenção primária pelos profissionais das equipes nos sistemas de prontuário eletrônico. Lembrando que apenas serão contabilizados cadastros com o preenchimento do Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou um CPF válidos.

10. Como as equipes de Atenção Primária farão o cadastro da população?
R: As equipes de Atenção Primária farão o cadastro da população da mesma forma que as equipes  de Saúde da Família, utilizando os cadastros individuais ou cadastros simplificados. O cadastro individual pode ser feito por todos os profissionais das equipes tanto na unidade de saúde quanto nas visitas domiciliares. Já o cadastro simplificado pode ser feito durante o contato com o cidadão nos serviços de atenção primária pelos profissionais das equipes nos sistemas de prontuário eletrônico.

11. Os cadastros passam por alguma validação na base de dados federal?
Sim. As validações dos cadastros são as mesmas que ocorrem para os outros dados/fichas enviadas ao Sisab. As validações são: validação das informações de profissionais, equipes e estabelecimentos; data da realização do cadastro; e duplicidade do registro enviado, além da validação do CNS.

12. O que é o quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe de que fala a portaria do novo financiamento?
R. Esse é o potencial de pessoas cadastradas por equipe que será considerado para cálculo da capitação ponderada. Não é um quantitativo obrigatório de pessoas por equipe, e também não é o quantitativo máximo de pessoas cadastradas por equipe, trata-se de um parâmetro médio de pessoas por equipe dentro de cada município. Esse parâmetro considera a classificação geográfica do município (de acordo com a tipologia rural-urbana definida pelo IBGE) e os tipos de equipes que o município possui.
Exemplo: um município urbano tem 4 equipes de Saúde da Família. De acordo com a portaria do novo financiamento, para essa classificação geográfica (urbano) e para esse tipo de equipe (eSF), o quantitativo potencial de pessoas cadastradas é de 4 mil pessoas por equipe.
Sendo assim, para cálculo do repasse da capitação ponderada, será considerado para esse município o cadastro de até de 16 mil pessoas (4 eSF x 4 mil pessoas = 16 mil pessoas). A quantidade de pessoas cadastradas nas equipes pode variar, porém sempre será considerado o limite de 16 mil pessoas nesse município, como no exemplo abaixo:
Equipe A com 4.000 pessoas +
Equipe B com 3.500 pessoas +
Equipe C com 4.250 pessoas +
Equipe D com 4.250 pessoas =
Total de 16 mil pessoas cadastradas

13. Para cálculo da capitação ponderada, haverá um limite de pessoas cadastradas por equipe? E por município?
R. Para o cálculo da capitação ponderada não há limite de pessoas cadastradas por equipe, entretanto há limite de pessoas cadastradas por município. Para fins do repasse, esse limite por município será igual ao número de equipes (eSF e eAP) multiplicado pelo Quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe.
- Se o limite de pessoas cadastradas por município for maior do que o número de habitantes do município de acordo com o IBGE, o total da população IBGE será o limite considerado.
- Se o município cadastrar mais pessoas do que seu limite, este será respeitado priorizando os cadastros das pessoas com vulnerabilidade socioeconômica,  com até 5 anos ou com 65 anos ou mais
Exemplo: um município urbano tem 4 equipes de Saúde da Família. Para essa classificação geográfica (urbano) e para esse tipo de equipe (eSF), o quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe é de 4 mil pessoas. Sendo assim, para cálculo do repasse da capitação ponderada, será considerado para esse município o limite de cadastro de até 16 mil pessoas (4 equipes x 4 mil pessoas = 16 mil pessoas).
- Vamos considerar que o município tenha 15 mil habitantes, o limite de cadastro desse município será 15 mil.
- Em outra situação,  esse município tem população de  17 mil habitantes. Aqui, mesmo que o município cadastre 17 mil pessoas, serão consideradas para fins de repasse 16 mil cadastros (4 equipes x 4 mil cadastros), priorizando as pessoas com vulnerabilidade socioeconômica e dentro do perfil demográfico de faixa etária (com até 5 anos ou com 65 anos ou mais). Para receber o valor da capitação referente a estas 1 mil pessoas excedentes será necessária a implantação de mais 1 eSF ou mais 1 eAP.

14. Qual será a periodicidade do cálculo e do repasse da capitação ponderada?
R. Os valores da capitação ponderada serão recalculados a cada 4 competências e serão transferidos mensalmente.
Por exemplo: Os cadastros realizados até a competência abril serão considerados para calcular os valores da capitação ponderada transferidos mensalmente nas 4 competências seguintes (maio, junho, julho e agosto). Os cadastros realizados até a competência agosto serão considerados para calcular os valores da capitação ponderada transferidos mensalmente nas 4 competências seguintes (setembro, outubro, novembro e dezembro), e assim sucessivamente. Lembrando que os cadastrados são contabilizados cumulativamente, ou seja, os cadastros inseridos em janeiro se somam aos de fevereiro, e assim por diante.

15. Como será o financiamento das equipes de Atenção Primária na capitação ponderada? Será o mesmo valor da eSF?
R. O método de cálculo da capitação ponderada para as equipes de Atenção Primária é o mesmo da equipe de Saúde da Família: calculado com base no número de pessoas cadastradas nas equipes, considerando fatores de ajuste como a vulnerabilidade socioeconômica, o perfil de idade e a classificação rural-urbana do município. Porém, para as equipes de Atenção Primária, o Quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe é menor e proporcional à sua carga horária.
Exemplo: em municípios urbanos o Quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe é de:
• 4 mil pessoas por equipe de Saúde da Família com carga horária de 40 horas semanais;
• 2 mil pessoas por equipe de Atenção Primária com carga horária de 20 horas semanais; e
• 3 mil pessoas por equipe de Atenção Primária com carga horária de 30 horas semanais.

PAGAMENTO POR DESEMPENHO
16. O que será considerado para cálculo do valor do pagamento por desempenho?
R: Para cálculo do valor do pagamento por desempenho, serão considerados os resultados dos indicadores alcançados pelas equipes. Para tanto,  é importante que as equipes registrem e enviem seus dados e informações de produção, bem como organizem o processo de trabalho para melhoria do desempenho.

17. Qual será a periodicidade do cálculo e do repasse do pagamento por desempenho?
R. Os valores do pagamento por desempenho serão recalculados a cada 4 competências e serão transferidos mensalmente. A melhora ou piora nos resultados dos indicadores ao longo dessas 4 competências resultarão em mudanças nos valores repassados.
Por exemplo, os resultados alcançados nos indicadores durante as competências janeiro, fevereiro, março e abril serão considerados para calcular os valores do pagamento por desempenho transferidos mensalmente nas 4 competências seguintes (maio, junho, julho e agosto), e assim sucessivamente.

18. Ainda existirá avaliação externa (entrevista com as equipes) ? 
R. Não.  Para o novo pagamento por desempenho serão considerados apenas os resultados alcançados nos indicadores que serão verificados pelo Sisab.

19. Será necessário fazer adesão para o pagamento por desempenho?
R. Não será necessário fazer adesão. Todas as equipes de Saúde da Família, equipes de Atenção Primária e equipes de Saúde Bucal credenciadas e cadastradas no SCNES serão avaliadas, e seus resultados nos indicadores, utilizados para o pagamento por desempenho.

20. O gestor municipal poderá instituir pagamento por desempenho aos profissionais? E como ficará o pagamento por desempenho aos profissionais com recursos do PMAQ a partir do novo modelo?
R.  Municípios têm autonomia para estabelecer pagamento por desempenho aos profissionais. O município que tiver normativa própria para pagamento por desempenho aos profissionais vinculados aos recursos do PMAQ precisará avaliar o interesse em manter tal pagamento e a necessidade administrativa e jurídica de alteração de suas normativas locais.  

21. Quais serão os indicadores avaliados, bem como suas metas e valores?
R. Os indicadores, metas e valores serão publicados em portaria e detalhados em Ficha de Qualificação a ser disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Até 2022 estão previstos 21 indicadores que combinarão as ações relativas a:
• Gestantes
• Saúde da Mulher
• Saúde da Criança
• Doenças Crônicas
• Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
• Tuberculose
• Saúde Bucal
• Saúde Mental
• Indicadores Globais

INCENTIVO PARA AÇÕES ESTRATÉGICAS
22. Como será o financiamento das ações, programas e estratégias contemplados nos incentivos para ações estratégicas?
R: O financiamento dessas ações, programas e estratégias continuará seguindo o regramento vigente nas portarias que os instituíram.

23. Como as equipes multiprofissionais se encaixam no novo modelo de financiamento de custeio da APS?
R: Para as equipes multiprofissionais, a lógica do novo financiamento deixa de ser somente pela existência dos profissionais cadastrados no SCNES e passa a ser fundamentada no desempenho e alcance de resultados em saúde (indicadores do pagamento por desempenho). Compreendendo que o novo modelo é focado na pessoa assistida, nenhum componente do novo financiamento é exclusivo de determinado profissional ou equipe, pelo contrário, as equipes multiprofissionais são importantes para o desempenho da atenção primária do município em todos os componentes. A melhoria dos indicadores em saúde está diretamente relacionada à capacidade resolutiva das equipes, às ações e serviços que ofertam e aos profissionais que as compõem.

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