Previne Brasil: Fórum Nacional da APS com foco nos atributos essenciais debateu monitoramento de indicadores
Data de publicação: 17/03/2020
Qualificação das informações para consolidação dos avanços foi objeto de mesa temática que ainda contou com o relato de experiências municipais exitosas. Clique e confira materiais apresentados no evento.
O monitoramento e a qualificação dos dados de atendimento foram temas de debate no segundo dia do Fórum de Atenção Primária à Saúde (APS) com foco nos atributos essenciais. Na mesa “Monitoramento dos indicadores na APS brasileira e os atributos da integralidade e a coordenação do cuidado”, foi apresentado um panorama de como será realizado o pagamento com base na avaliação dos indicadores do Previne Brasil estabelecidos para este ano. Realizada nos dias 11 e 12 de março, a agenda integra uma série de ações para divulgação do novo financiamento da APS.
“Para consolidar mais avanços na construção do Sistema Único de Saúde (SUS) foi preciso pensar na reorganização do modelo de atenção à saúde. O novo financiamento da Atenção Primária à Saúde conta com instrumentos gerenciais, mecanismos e fluxos de financiamento e monitoramento dos indicadores para qualificação dos serviços com foco nas pessoas”, destacou Larissa Gabrielle Ramos, técnica do Departamento de Saúde da Família (Desf), da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps).
Exemplos de que o uso qualificado dos dados pode mudar a realidade dos serviços da APS foram apresentados em seguida à exposição da mesa. Três experiências exitosas divulgadas no evento mostraram o resultado da construção de ações voltadas para o fortalecimento do cuidado por meio da informatização e do gerenciamento de informações.
Thiago Frank, médico da família e gestor da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (RS), destacou conquistas que a equipe vem realizando nos serviços. “Conseguimos aumentar os investimentos em Porto Alegre mesmo em um contexto de crise. Atingimos a maior cobertura de saúde da história, e isso foi possível porque desenvolvemos um mapa de monitoramento que nos permite saber o perfil e o endereço das pessoas atendidas e os horários em que frequentam os serviços. Além disso, conseguimos acompanhar diariamente o número de atendimentos, quantas unidades estão funcionando em tempo real e a produção das equipes”, enumerou.
Representante do município de Uberlândia (MG), Eliane Márcia de Almeida é dentista e coordenadora do Centro de Monitoramento e Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com ela, as melhorias promovidas pela gestão atual estão diretamente ligadas à planificação da saúde pública de Uberlândia. “Nossa estratégia se deu pelo cadastramento massivo das pessoas que ainda não estavam incluídas nos serviços. Lançamos uma campanha nas redes e na TV para informar moradores que receber o ACS para fazer o cadastramento significava mais recursos para a saúde. Temos feito a coordenação do cuidado com base no modelo de risco, identificando as principais condições crônicas e tipificando os casos de hipertensos, diabéticos e pessoas idosas. Nossa meta para 2020 é chegar a 90% ou mais de tipificação desses grupos. Outra conquista é a garantia de todas as consultas para gestantes. Assim que nos procura, a mulher já tem marcadas todas as consultas de pré-natal até a 39ª semana”, relatou.
Caicó (RN) também foi destaque de boas práticas de indicadores. Celiza Garcia, apoiadora técnica do Cosems do Rio Grande do Norte, contou que, após as mudanças propostas, o município atingiu 100% de cobertura. “Enfatizamos a relação entre o processo de trabalho e o financiamento. Nesse processo, reconhecemos o potencial de ganho em capitação ponderada, e seu impacto no monitoramento dos indicadores, já que estávamos abaixo do cadastramento esperado. Para mudar esse cenário, investimos em um mutirão de cadastros e, em seguida, na capacitação dos profissionais”, elencou.
“Para consolidar mais avanços na construção do Sistema Único de Saúde (SUS) foi preciso pensar na reorganização do modelo de atenção à saúde. O novo financiamento da Atenção Primária à Saúde conta com instrumentos gerenciais, mecanismos e fluxos de financiamento e monitoramento dos indicadores para qualificação dos serviços com foco nas pessoas”, destacou Larissa Gabrielle Ramos, técnica do Departamento de Saúde da Família (Desf), da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps).
Exemplos de que o uso qualificado dos dados pode mudar a realidade dos serviços da APS foram apresentados em seguida à exposição da mesa. Três experiências exitosas divulgadas no evento mostraram o resultado da construção de ações voltadas para o fortalecimento do cuidado por meio da informatização e do gerenciamento de informações.
Thiago Frank, médico da família e gestor da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (RS), destacou conquistas que a equipe vem realizando nos serviços. “Conseguimos aumentar os investimentos em Porto Alegre mesmo em um contexto de crise. Atingimos a maior cobertura de saúde da história, e isso foi possível porque desenvolvemos um mapa de monitoramento que nos permite saber o perfil e o endereço das pessoas atendidas e os horários em que frequentam os serviços. Além disso, conseguimos acompanhar diariamente o número de atendimentos, quantas unidades estão funcionando em tempo real e a produção das equipes”, enumerou.
Representante do município de Uberlândia (MG), Eliane Márcia de Almeida é dentista e coordenadora do Centro de Monitoramento e Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com ela, as melhorias promovidas pela gestão atual estão diretamente ligadas à planificação da saúde pública de Uberlândia. “Nossa estratégia se deu pelo cadastramento massivo das pessoas que ainda não estavam incluídas nos serviços. Lançamos uma campanha nas redes e na TV para informar moradores que receber o ACS para fazer o cadastramento significava mais recursos para a saúde. Temos feito a coordenação do cuidado com base no modelo de risco, identificando as principais condições crônicas e tipificando os casos de hipertensos, diabéticos e pessoas idosas. Nossa meta para 2020 é chegar a 90% ou mais de tipificação desses grupos. Outra conquista é a garantia de todas as consultas para gestantes. Assim que nos procura, a mulher já tem marcadas todas as consultas de pré-natal até a 39ª semana”, relatou.
Caicó (RN) também foi destaque de boas práticas de indicadores. Celiza Garcia, apoiadora técnica do Cosems do Rio Grande do Norte, contou que, após as mudanças propostas, o município atingiu 100% de cobertura. “Enfatizamos a relação entre o processo de trabalho e o financiamento. Nesse processo, reconhecemos o potencial de ganho em capitação ponderada, e seu impacto no monitoramento dos indicadores, já que estávamos abaixo do cadastramento esperado. Para mudar esse cenário, investimos em um mutirão de cadastros e, em seguida, na capacitação dos profissionais”, elencou.
Previne Brasil
O Ministério da Saúde lançou em novembro de 2019 o programa Previne Brasil, com objetivo de reforçar a atenção primária ao incluir 50 milhões de brasileiros no Sistema Único de Saúde (SUS). Para a gestão da Saúde Pública, o principal impacto está relacionado às mudanças no repasse de verbas por parte do governo federal.Essa mudança prevê o pagamento vinculado ao monitoramento e cumprimento de indicadores específicos que avaliam cobertura e qualidade dos serviços.
Materiais
11/03
12/03
Exposição: Experiências municipais de boas práticas sobre indicadores
14h – Mesa: A informatização e organização dos serviços da APS na garantia do atributo de longitudinalidade
