LIS-PICS celebra primeiro mapeamento com documentários e publicação sobre práticas integrativas e complementares em saúde
Data de publicação: 05/05/2022
Projeto incentiva e fortalece a inserção, o reconhecimento e a regulamentação dessas práticas no SUS
Foto: Edgard Marra
O Laboratório de Inovação em Saúde sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – LIS-PICS segue avançando na consolidação do acervo de experiências inovadoras. Inédito, o projeto lançou nesta terça-feira (3/5) seis minidocumentários de iniciativas de PICS selecionadas na primeira edição do mapeamento. Todos os conteúdos estão disponíveis aqui.
A Coordenadora Nacional da PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) do Ministério da Saúde, Christiane Matos, comentou sobre a seleção de projetos: “Com o laboratório buscamos evidenciar práticas bem-sucedidas realizadas pelos profissionais que atuam com as PICS no SUS. O resultado já pode ser conferido nos documentários e na publicação. Nosso objetivo é valorizar e reconhecer as experiências que estão produzindo resultados exitosos na saúde pública”.
Os relatos vêm de São Paulo, Ceará, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal e demonstram o potencial das PICS como recursos terapêuticos de grande eficácia e receptividade das pessoas atendidas no SUS, de terapeutas e de profissionais, reafirmando a importância dessas terapias no cuidado à saúde.
Rafael Dall Alba, consultor Nacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ressaltou a força que a ação traz para a pauta no SUS: “A potência das práticas integrativas e complementares é que elas não vêm numa disputa, mas na ampliação dessa capacidade de cuidado, aumentando o conjunto de ferramentas que os profissionais têm. O LIS-PICS reforça essa estrutura alternativa de cuidado”.
O LIS-PICS é um projeto da Coordenação de Práticas Integrativas do Ministério da Saúde, realizado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil.
A integração do cuidado – relatos de duas experiências de sucesso
Conheça os relatos de duas experiências que participaram da primeira edição do Laboratório de Inovação em Saúde sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
O Projeto 4 Varas anos atua na área de prevenção da saúde comunitária no Pirambu, periferia de Fortaleza (CE). Na ativa há 36 anos, já atendeu mais de 2 milhões de pessoas e qualificou 40 mil alunos, que hoje atuam nos 46 polos formadores de terapia comunitária integrativa. A prática, entre as PICS, é a única nascida no Brasil, pelas mãos de Dr. Alberto Barreto, também idealizador do 4 Varas.
Barreto relatou a dinâmica dos encontros propostos: “Oferecemos um espaço para acolher as dores da alma por conta dos conflitos e crises. Quem procura o serviço é submetido a massagens antiestresse, yoga, quiropraxia e acupuntura. Além disso, participa de atividades de resgate da autoestima. Juntas, essas práticas tornam o método um espaço de cura e partilha”.
O Programa Farmácia da Natureza cultiva espécies vegetais medicinais para produção de fitoterápicos, além de também realizar o controle de qualidade. O projeto também oferta atendimento médico e a distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos às pessoas atendidas. Anualmente, cerca de 180 tipos de produtos são produzidos, e a coleção de plantas medicinais conta com mais de 250 espécies.
Responsável pelo Projeto Farmácia da Natureza, a Dra. Ana Maria Soares Pereira, mestre e doutora em Agronomia e pesquisadora do Departamento de Biotecnologia Vegetal da Universidade de Ribeirão Preto (SP), contou do curso realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).
“Os profissionais de saúde, inclusive os médicos, podem fazer esse curso, que capacita para a prescrição de fitoterápicos com segurança e a orientação aos pacientes quanto ao uso desses medicamentos. Com quase 20 anos de Farmácia da Natureza, já formamos cerca de 18 mil alunos”, contou a Dra. Ana Maria.
