quarta-feira, 15 de março de 2023

Informe MS

 



Vacina bivalente exige refrigeração diferenciada; entenda a distribuição de doses no país

Data de publicação: 01/03/2023


Neste momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.


Foto: Walterson Rosa/MS

Aproximadamente 18 milhões de brasileiros fazem parte dos grupos prioritários que apresentam maior risco de desenvolver formas graves da Covid-19. Para início do Movimento Nacional pela Vacinação, o Ministério da Saúde distribuiu, até o momento, cerca de 19 milhões de doses de imunizantes para todos os estados e o Distrito Federal. Nesta terça-feira (28), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explicou o motivo da distribuição escalonada das vacinas aos estados e municípios.

“O que acontece, e por isso a gente precisa fazer esse escalonamento, é que essa vacina de RNA, que é a vacina bivalente, exige uma refrigeração diferenciada e precisa de freezers especiais. Os estados têm uma limitação de estoque, não conseguem receber tantos imunizantes, então a gente precisa fracionar as entregas para organizar a distribuição”, esclareceu Ethel.

Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. “Novos envios de vacinas bivalentes contra a Covid-19 devem levar em conta a capacidade dos estados e municípios estocarem vacinas”, acrescentou a secretária.

O diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, explica que a ideia é que o processo de vacinação seja descomplicado. “Se o estado vacinou um determinado grupo, então não precisa esperar uma data para passar para o próximo. É para ser fluido, ele pode pedir mais vacina e pode, inclusive, ultrapassar para próxima etapa se tiver imunizante disponível”, exemplificou.

Gatti reforça, ainda, que a fluidez também deve ocorrer na oportunidade de se vacinar. “Os frascos de vacina são multidoses, ou seja, têm mais de uma dose ali. Uma vez que ele é aberto, tem que ser utilizado rapidamente. Caso tenha uma pessoa de outro grupo, por exemplo, de uma etapa seguinte, que está ali presente para ser vacinado, o município, obviamente, tem que usar o bom senso e aproveitar a dose do frasco que foi aberto e vacinar essa pessoa”, finaliza.

O Ministério da Saúde segue em tratativas para garantir a entrega de vacinas pelos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento deixado pela gestão passada. Novos envios de doses ocorrerão gradualmente, conforme o avanço da vacinação no público-alvo planejado.

Ascom/MS

Edição Nucom/Saps/MS